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Jagunço - Wikipédia, a enciclopédia livre

Jagunço

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Jagunço ou capanga é o nome que se dá, no Nordeste do Brasil, ao indivíduo que, usando de armas, prestava-se ao trabalho paramilitar de proteção e segurança aos líderes políticos.

Índice

[editar] Origens e histórico

Já no século XIX diversos relatos registam o uso dessas forças particulares nos sertões onde, especialmente pelas grandes distâncias ermas, não alcançavam as forças regulares e estruturas estatais.

De 1880 é o relato do Dr. Teodoro Sampaio, registrando os distúrbios existentes ao largo de diversas comunidades ao largo do Rio São Francisco, pelo jagunço Neco[1].

O jagunço e o número dele à disposição dos chefes políticos era símbolo de status quo. Muitas vezes o seu uso prestava-se a auxiliar as mal-preparadas e insuficientes forças policiais do estado[2]

Na Bahia o líder de jagunços Horácio de Mattos chegou a constituir um governo paralelo ao da capital, envolvendo-se em diversas guerras pelo poder no começo do século XX. Sob seu comando um pelotão de jagunços, denominado Batalhão Patriótico Chapada Diamantina veio a perseguir e derrotar a Coluna Prestes.

[editar] Canudos

Com a crise provocada pela Proclamação da República, o termo foi largamente utilizado pelo país para definir erroneamente os seguidores de Antônio Conselheiro (1828-1897), líder místico da Guerra de Canudos.

Dentre os seguidores do líder messiânico estavam dezenas de jagunços que, quer por haverem perdido seus postos com as mudanças políticas, quer por acreditarem na pregação do Conselheiro, aderiram à causa de Canudos.[3]

Dentre os jagunços que procederam ao comando das batalhas, ao lado dos sertanejos, alguns faziam diretamente a segurança do Conselheiro. Graças ao seu conhecimento do terreno e experiência no combate, impingiram a três expedições militares a derrota fragorosa, sucumbindo apenas à quarta, onde até aviões e modernos armamentos foram utilizados para dizimar o povo de Canudos.

[editar] Banditismo

Os jagunços deram origem a outro fenômeno social importante, que foi o Cangaço. Diversas causas são apontadas para justificar sua origem, mas as econômicas, com o empobrecimento provocado por mudanças políticas e sucessivas estiagens é a principal. Homens, como Virgulino Ferreira - Lampião - e até mulheres, como Sérgia Ribeiro da Silva, a Dadá, aterrorizaram o interior dos estados nordestinos. Também em seu combate diversos jagunços foram empregados.

Com o fim do poder oligárquico dos antigos coronéis, os jagunços subsistiram na prática da chamada pistolagem - ainda freqüente em estados como Pernambuco, Alagoas, São Paulo e do Norte.

Fenômeno similar ocorreu no risorgimento italiano, na figura do brigantaggio.

[editar] Cultura e folclore

Dentre os termos também usados para denominar aos capangas, no Nordeste, usam-se os seguintes sinônimos: cabra, cabra-de-peia, cacundeiro, curimbaba, espoleta, guarda-costas, jagunço, mumbava, peito-largo, pistoleiro, quatro-paus, satélite e sombra[4].

Os jagunços estão presentes nas músicas[5] e na literatura, sobretudo no popular cordel.

[editar] Fontes e referências

  1. in: O Rio São Francisco e a Chapada Diamantina
  2. Neste sentido, o romance "Lavras Diamantinas", do escritor baiano Marcelino Neves, retrata o papel desses homens na garantia da segurança dos lugares.
  3. Como exemplo dessa generalização equivocada do termo, tem-se na obra de A. Souto Maior, História do Brasil (Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1968, p. 378), onde diz-se: "pregava entre jagunços (sertanejos analfabetos, esquecidos pelo Império)". Essa percepção, oriunda de preconceito e visão republicana que visava justificar a ação do estado, usando o próprio exército para dizimar seu próprio povo foi denunciada já no século XIX na obra Libelo Republicano acompanhado de comentários sobre a campanha de Canudos, de Cezar Zama.
  4. FERREIRA, Aurélio Buarque de Hollanda. Novo Dicionário da língua portuguesa, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1986 (ISBN 85-209-0411-4)
  5. Como exemplo há uma composição de Moraes Moreira, que narra a saga dum sanfoneiro valentão que, desafiando um pistoleiro, mata o desafeto e acaba morrendo, também.

[editar] Ver também


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