Israel Pinheiro
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Israel Pinheiro (Caeté, 1896 — Caeté, 1973) foi um político brasileiro, autoridade responsável pela construção da cidade de Brasília e seu primeiro administrador.
Israel Pinheiro começou na política quando ainda era jovem.Elegeu-se vereador de Caeté e agente executivo - o prefeito da época-quando tinha somente 26 anos.Logo depois o governador Benedito Valadares para ser secretário de Agricultura, Obras Públicas, Indústria e Viação.
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[editar] Formação Política
Em 1945, tornou-se deputado constituinte por Minas Gerais, elaborando a Constituição de 1946, mantendo-se na câmara, reelegendo-se em 1950 e 1954. Apoiou Juscelino Kubitschek ao Governo de Minas Gerais em 1950 e para presidente em 1955, tornando-se o presidente da Novacap (empresa pública que construiu Brasília), tendo sido, após a inauguração oficial em 1960, seu 1º prefeito, durante os últimos meses do governo JK.
Em 1965, após o golpe de 1964, candidatou-se ao Governo de Minas Gerais, logrando êxito. A sua vitória, junto com a de Negrão de Lima na Guanabara, fez com que o Governo Militar editasse o AI-2 acabando com o multipartidarismo.
Apesar de ser oposição ao Governo, que durante o seu mandato editou o AI-5, manteve razoáveis relações com o governo, completando o mandato. Acabou seu mandato em 1971, falecendo em 1973, sendo enterrado na sua terra natal.
[editar] Períodos políticos
A vida política de Israel Pinheiro pode ser divida em cinco períodos.Eles vão de 1922 a 1970, cada período contando sua evolução na política.
[editar] Primeiro período
O início de sua carreira política, quando ainda era jovem, mas já prefeito e vereador de sua cidade natal,Caeté (v. parág. introdutório) .
No fim dos anos 60 o senador Benedito Valadares relatou em seu governo de ter escolhido Israel Pinheiro foi função de Israel ter sido filho de João Pinheiro, ajudando-o na interventoria que se instalava. Mais tarde a secretaria foi dividida em duas:
- Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho
- Viação e Obras Públicas
Percebendo a importância da agricultura no processo de desenvolvimento econômico, foi cogitado pelo Ministério da Agricultura no governo de Gaspar Dutra. Preterido ficou frustrado.
No projeto de Juscelino Kubitschek para retornar em 1965, cenvenceu-o de que a grande a meta seria a agricultura.JK já o encarregara o planejamento do setor de Agricultura - apesar de Israel ter o criticada pela inoportunidade do movimento JK-65.
[editar] Segundo período
Secretário de Obras e posteriormente da Agricultura, incorporador e primeiro presidente da Compania do Vale do Rio Doce, foia fase dinâmica de sua vida. Anos de imensa actividade, predominantemente executiva. A Compania do Vale do Rio Doce era um desafio.Sonhava com o Rhur brasileiro. Confessou a imprensa que era a impressionante batalha de sua vida.
[editar] História de Israel Pinheiro
Israel Pinheiro da Silva, nasceu em Caeté, Minas Gerais em 1896. Foi um dos pioneiros da siderurgia no Brasil, diretor da Cia. Cerâmica João Pinheiro, e vereador, na sua cidade natal. Apoiou a Revolução de 1930 e o Estado Novo de 1937, sendo Secretário de Agricultura, Indústria e Comércio do Estado e depois superintendente da Vale do Rio Doce, tornando-se o primeiro presidente da Companhia, após a sua instituição como empresa.
[editar] Escolarização
Israel Pinheiro começou com suas primeiras letras com a precptora francesa Marie Haulzhuns Melle, que lhe ensinou também francês.Ele teve também outra preceptora da família, com João Pinheiro no governo de Minas Gerais, foi a alemã Marie Lippelt. Apesar de João Pinheiro ter sua formação de modo positivo, despediu a preceptora por motivos religiosos, tendo os motivos de ensinar seus protestos religiosos que não o agradava.
Com a morte de João Pinheiro,Helena Pinheiro (sua mãe), deixou momentaneamente em sérias dificuldades financeiras, pois a cerâmica que era de pertence à ele estava em dívidas.A educação dos filhos foi feita com sacrifício, principalmente na área que incluia a escolarização. Israel que estava com 12 anos, estava pronto para cursar o secundário (segunda série), foi chamado para estudar gratuitamente no Colégio Santa Rosa, mas para seus estudos acabou aceitando a ajuda de Luiz de Vasconcelos que custeou todos os seus estudos, e também, o ensino superior.Assim, matriculou-se, como aluno interno, no Colégio Preparatório Santo Estanislau, atual Colégio Anchieta.Ele matriculou-se em tal colégio no dia 13 de Março de 1901.
[editar] Casamento
Casou-se (Belo Horizonte, 2 de Fevereiro de 1924) com Coracy Uchôa.Coracy era companheira dele nas viagens e encontros políticos, pouco palpitando em seus assuntos particulares e políticos, onde ele poderia ter opnião.
[editar] Filhos
Junto com Coracy Uchôa teve 9 filhos:
- Coracy Uchôa Pinheiro
- Israel Pinheiro Filho
- Helena Uchôa Pinheiro
- Maria Amélia Pinheiro
- João Virgílio Pinheiro
- Maria Eliza Pinheiro
- Maria Inês Uchôa
- Maria Regina Uchôa
- Otávio Uchôa Pinheiro
[editar] Morte
No dia 4 de julho de 1973, durante um almoço no Palácio da Liberdade, com o ex-embaixador no Brasil, Fumio Miura, Israel passou mal. Foi levado para o Hospital das Clínicas de Belo Horizonte, onde foi asssitido por médicos. Depois de fazer exames, permaneceu internado por 1 dia, em observação médica.Os exames estvam normais, exceto uma hérnia diafragmática antiga, a hérnia parecia estrangulada, projetando uma massa na parte alta do abdômen. A comprensão da massa causava vários problemas respiratórios, incluse angor pectoris.
No dia seguinte, à noite, Israel reclamou com seu médico que a dor esta terrível. No dia 6 de Julho de 1973, ele morreu de fulminante angina pectoris.
[editar] Atuação Parlamentar
A tragetória de Israel Pinheiro na Câmara dos Deputados vai da Constituinte de 1946 até a renúncia do mandato, convocado pelo então presidente Juscelino Kubitscheck, assumindo a direção da Novacap.
Não sendo um parlamentar de plenário, nem sendo um político voltado para as questões específicas de sua região eleitoral., sua intervenção nos debates se deu através do trabalho nas comissões técnicas, onde tratava das questões do desenvolvimento econômico do país, ao qual procurou dar base estrutural.Basta citarmos um de seus projetos, o da criação do Ministério da Economia, apresentado, com exposição de motivos ao Presidente do Brasil, Dutra, em 1947.
Ingressando na política em 1922, quando foi eleito vereador em Caeté, presidente da Câmara Municipal, e conseqüentemente agente executivo, não podia deixar de ser um homem emvolvido com sua época, participando ativamente do debate que se tratava, principalmente depois da Revolução de 1930, entre as correntes agralista e indrustrialista, que predominavam os debates parlamentares, sem falta.
Herdeiro e seguidor de um dos pensamentos mais férteis da política minaeira, o de seu pai João Pinheiro, não se filiou a nenhuma das correntes, adotando um próprio discurso liberal, com tentativa de encontar uma solução viável para o desenvolvimento econônico, que aliasse as duas posições.
A actuação de Israel na Câmara dos Deputados, entre 1946 e 1956, foi marcada por suas intervenções nos debates sobre problemas econômicos, mas muito mais que nos debates eminentemente políticos que se tratavam em plenário.
Mais voltado para os trabalhos nas comissões, sua presença estava sempre ligada às discussões em temas sobre os problemas econônicos e falhas no sistema de economia do país que marcavam o período, como, por exemplo, a criação da Petrobrás, a mudança na capital federal e a aprovaão dos planos de desenvolvimenteos no país.
Iniciando sua carreira parlamentar na Constituinte de 1946, teve papel de destaque quando na discussão do capítulo da Ordem Econômica, ao qual apresentou emendas que iriam deliniar seu pensamento que em relação ao modelo de desenvolvimente que pretendia ver implantando, além de marcar sua posição como presidente da influente Comissão de Finanças.
O papel que Israel pinheiro desenvolveu no Parlamento Brasileiro, durante o período que exerceu seu mandato é algo incompriendível, exceto que se conheça o pensamento pelas emendas que apresentou ao projeto constitucional.
Quando se iniciou a discussão sobre o ante projeto constitucional, já se sabia que iria ser aprovado uma Constituição que fosse a imagem do PSD, partido em que fora eleito o marechal Dutra. A tentativa de se elaborar uma Constituição mais avançada ficaria por conta dos parlamentares do PCB, da Esquerda Democrática, de uma ala do PTB e de alguns deputados e senadores da UDN.
[editar] Humanismo
Israel Pinheiro optou por ser humanista e com pensamento positivo. Um caso exemplar do humanismo de Israel se dá na construção de Brasília.Lúcio Costa não havia incluido em seu projeto urbanístico as cidades-satélites.
Na verdade, essas cidades nasceram da oposição de Israel, que percebeu que os operários que estavam trabalhando na construção da nova capital, necessitavam de um local para moradia imediatamente e que, assim que se concluissem as obras do Plano Piloto não haveria condições dos operários comprarem casa ou apartamento, surgindo assim as periferias na cidade.
Então, Israel Pinheiro pediu e se dispôs a ajudar a construir as cidade3s-satélites com toda a infra-estrutura viária e sanitária, além de ter também uma assitência educacional, social sendo que as compras de lotes foi facilitada.
[editar] JK (minissérie)
Israel Pinheiro foi um dos personagens retratados na minissérie JK, escrita por Maria Adelaide Amaral e Alcides Nogueira, exibida pela Rede Globo em de janeiro a março de 2006. Na trama, foi interpretado por Paulo Goulart.
| Precedido por Cargo inexistente |
Governador do Distrito Federal 1960 — 1961 |
Sucedido por Bayard Lucas de Lima |
| Precedido por José de Magalhães Pinto |
Governador de Minas Gerais 1966 — 1971 |
Sucedido por Rondon Pacheco |
