Indianismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O indianismo é a forma como os escritores contavam a vida do índio brasileiro.
O Indianismo, que idealizou o índio como herói nacional, foi uma das formas que o Romantismo assumiu na literatura brasileira durante o século XIX.
Na Europa, o Romantismo foi buscar seu herói nos cavaleiros medievais. No Brasil, o herói cavaleiro não poderia existir, pois não houve Idade Média; os portugueses também não poderiam ser os heróis, pois o Brasil acabara de conquistar sua independência, mantendo, por essa razão, ressentimentos em relação aos portugueses; muito menos os negros, vindos da África, pois o pensamento da época não permitia isso. Restaram os índios, a população que habitava o país antes da conquista européia. Contudo, divergindo do Indianismo, e voz marginal dentro do Romantismo, Castro Alves passou à História como o "Poeta dos Escravos", ao criar poemas abolicionistas como Navio negreiro e Vozes d'África.
Um dos fatos que estimulou o surgimento do romantismo no Brasil, foi a proclamação da independência em 1822, que, por sua vez, iniciou a definição da identidade brasileira. Conhecidos também como nativistas, povoam seus romances e versos de índios que correm livres em seu meio natural e belo.É importante lembrar, que a preocupação romântica não era reconstituir uma verdade histórica, mas sim encontrar valores apresentáveis à seu público leitor, que na Europa era o cavaleiro medieval, e no Brasil, o índio.
[editar] Fases do Indianismo e autores mais destacados
- Indianismo barroco - Padre José de Anchieta;
- Indianismo arcádico - Basílio da Gama, autor do poema épico O Uraguai;
- Indianismo romântico - José de Alencar, na prosa, com os romances O guarani, Iracema e Ubirajara, entre outros;
- Indianismo gonçalvino - Gonçalves Dias, na poesia, com poemas espalhadas por vários livros, destacando-se I-Juca Pirama, na qual relata a morte do último remanescente da tribo Tupi, devorado por índios da tribo dos Timbiras ; Marabá; bem como o inacabado Os timbiras.