Hipólito Yrigoyen
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presidente de (país): | Argentina |
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Data de nascimento: | 12 de Julho de 1852 |
Local de nascimento: | Buenos Aires, Argentina |
Data de falecimento: | 3 de Julho, 1933 |
Local de falecimento: | Buenos Aires, Argentina |
Profissão: | professor |
Partido político: | Unión Cívica Radical - UCR |
Hipólito Yrigoyen (12 de julho 1852 - 3 de julho de 1933). Foi um político argentino, duas vezes presidente de seu país (1916-1922 e 1928-1930)
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[editar] A Causa contra o Regime
Juan Hipólito del Sagrado Corazón de Jesús Irigoyen Alem, conhecido como Hipólito Yrigoyen, foi o terceiro filho do basco francês Martín Irigoyen e de Marcelina Alem, irmã de Leandro Alem, o fundador da Unión Cívica Radical (UCR).
Yrigoyen se graduou em direito pela Universidade de Buenos Aires em 1878, exercendo sua profissão no escritório de Alem e de Aristóbulo del Valle. Foi eleito deputado nacional pela província de Buenos Aires em 1880.
Após o suicídio de seu tio Leandro Alem, Hipólito Yrigoyen torna-se líder da UCR. Assume como política a Intransigência, uma postura de total oposição ao regime conhecido como Concordância, que estabelecia, mediante fraude eleitoral, a alternância no governo de distintos setores conservadores. Seu zelo levou o seu partido à ação armada em 1893 e 1905. Mais tarde, orienta sua ação de forma não violenta mediante a abstenção revolucionária. Sua luta chega a bom termo con a promulgação da Lei Sáenz Peña, que estabeleceu o sufrágio obrigatório, secreto e universal (ainda que excluindo as mulheres).
Era conhecido como el Peludo, por seu caráter pouco sociável e introvertido. Filosoficamente, tem sido associado com o krausismo espanhol.
[editar] Primeira presidência (1916-1922)
O impulso inicial da conquista dos direitos democráticos se vê freado ao não controlar nem o Senado, nem o governo de muitas das províncias. Yrigoyen recorre em vários casos à intervenção federal, aprofundando o enfrentamento com os setores conservadores.
Economicamente, a Argentina se beneficia do fim da Primeira Guerra Mundial, com a abertura dos mercados aos produtos primários (carne e cereais) que eram a base de sua riqueza. A Argentina era conhecida como o celeiro do mundo e figurava entre os primeiros lugares em PIB por habitante.
Apesar de suas medidas de caráter social (como a obrigatoriedade do descanso dominical), por ação ou omissão reprimiu ou deixou que setores do exército e que grupos paramilitares atuassem contra os movimentos de trabalhadores e contra minorias.
Ao não poder ser reeleito conforme decisão constitucional, foi sucedido por Marcelo Torcuato de Alvear, líder da facção antipersonalista de seu partido.
[editar] Segunda presidência (1928-1930)
Ao ser reeleito, Yrigoyen já se encontra idoso e se vê rodeado por assessores que, ao lhe falarem das oposiçőes socialista e conservadora, lhe ocultavam a realidade, filtrando-lhe assim o acesso às notícias do que se passava no país e no mundo (o assim chamado Diário de Yrigoyen).
A situação econômica se agravava ao sentirem-se já os primeiros sinais da Grande Depressão, e os setores filofascistas do exército e os intelectuais (como Leopoldo Lugones) conpiravam abertamente por uma mudança de regime.
Finalmente, em 16 de Setembro de 1930, foi deposto por José Félix Uriburu, no primeiro golpe de estado da época constitucional.
[editar] Últimos Anos
Depois de sua derrubada, Yrigoyen foi detido e confinado reiteradamente à ilha de Martín García. Após seu falecimento em Buenos Aires a 3 de julho de 1933, seu cortejo fúnebre foi acompanhado por uma impressionante multidão.
Precedido por Victorino de la Plaza |
Presidente da Argentina 1916 - 1922 |
Sucedido por Marcelo Torcuato de Alvear |
Precedido por Marcelo Torcuato de Alvear |
Presidente da Argentina 1928 - 1930 |
Sucedido por José Félix Uriburu |