Henrik Ibsen
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Henrik Johan Ibsen (20 de Março de 1828, Skien, Noruega - 23 de Maio de 1906, Kristiania) foi um famoso dramaturgo norueguês, um dos principais expoentes do teatro realista moderno.
As suas peças causaram escândalo na sociedade da época, quando os valores morais vitorianos da família e da propriedade eram ainda largamente predominantes e qualquer contestação desses valores era imoral e ofensiva.
Entre as suas obras de maior destaque encontra-se "O Inimigo do Povo", onde o autor critica a ambição por poder quando este não traz problemas; porém, quando as dificuldades se tornam claras, é normal a fuga e busca de alvos para serem culpados. Na história, um médico recebe a confirmação de problemas ambientais ligados às condições do balneário da cidade que é dirigido pelo prefeito - seu irmão mais velho - da cidade. A partir da declaração desses problemas o médico enfrenta a ira dos burocratas e o desmantelamento de sua família. Além de lutar contra o grande inimigo de qualquer cidadão em seus plenos direitos civis: a maioria contrária e ignorante seduzida pelas artimanhas dos altos escalões políticos.
Na sua fase simbolista, a peça "O Pequeno Eyolf" do autor critica os papéis sociais da família do século XIX. Nela, a tragédia da morte do filho Eyolf traz à tona os erros do casal, com as dificuldades do compromisso social do casamento. Por não se realizar em suas vidas individuais, o casal compensa todos seus sonhos e expectativas na vida do frágil Eyolf, que como uma atitude de libertação segue a "Senhora dos Ratos", a morte na mitologia norueguesa. Cada personagem simboliza um elemento de conflitos humanos. A covardia, o pessimismo, a pureza, a sensibilidade e a morte.
A tragicomédia "Hedda Gabler", escrita em 1890, talvez seja a obra mais conhecida de Ibsen no Brasil. Através da discussão do papel da mulher na sociedade, o autor leva o espectador a refletir sobre a própria existência humana. Por aqui, há o registro de três montagens: A primeira foi em 1960, com tradução de Clarice Lispector, tinha Nídia Lícia no papel de Hedda Gabler. A segunda, já nos anos 80, com tradução de Millor Fernandes, com Dina Sfat no papel da protagonista e a mais recente, já tendo feito temporada no Rio de Janeiro e em Brasília, em cartaz em São Paulo em maio de 2007 com Virgínia Cavendish como Hedda Gabler, com tradução do texto a cargo de Rubem Fonseca.
"Venha conhecer Hedda Gabler". Assim era a chamada televisiva de Francisco Cuoco para a montagem protagonizada por Dina Sfat, em 1983.
