Helvídio Nunes de Barros
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Helvídio Nunes de Barros (Picos, 28 de setembro de 1925 — Picos, 3 de novembro de 2000) foi um advogado e político brasileiro que governou o Piauí entre 1966 e 1970.
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[editar] Biografia
Filho de Joaquim Baldoíno de Barros e Isabel Nunes de Barros, formou-se em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (então Universidade do Brasil) e a seguir retornou ao Piauí onde passou a trabalhar como advogado. NOME: Helvídio Nunes de Barros FILIAÇÃO: Joaquim Baldoíno de Barros e Isabel Nunes de Barros NASCIMENTO: 28 de setembro de 1925. LOCAL: Picos – Piauí PROFISSÃO: Advogado CÔNJUGE: Maria Teresinha Nunes de Barros FILHOS: Maria Elisabeth, Teresa Mônica, Ana Zélia, Carlos Luis, Verônica Maria e Márcia Maria
CURSOS:
PRIMÁRIO: Grupo Escolar “Coêlho Rodrigues” – Picos – PI GINÁSIO: Ginásio de Crato – Crato – CE CIENTÍFICO: Colégio Pedro II – Rio de Janeiro – RJ SUPERIOR: Faculdade Nacional de Direito da Universidade do Brasil – Rio de Janeiro – RJ (1945-1949)
ATIVIDADES E CARGOS EXERCIDOS:
Diretor-redator-chefe de “Crítica”, órgão do Centro Acadêmico “Cândido de Oliveira”, da F.N.D. – Rio de Janeiro – RJ ( 1947/48) Advogado – Piauí Prefeito Municipal de Picos – Piauí – 31/01/55 a 31/01/59 Deputado Estadual (Piauí) – 31/01/59 a 31/01/63 Deputado Estadual (Piauí) – 31/01/63 a 11/09/66 Presidente do Diretório Regional da União Democrática Nacional ( 1959 a 1963) Líder da UDN na Assembléia Legislativa Líder do Governo na Assembléia Legislativa Membro da Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa Membro da Comissão de Finanças da Assembléia Legislativa Secretário de Estado de Viação, Obras Públicas, Agricultura, Indústria e Comércio – 04/02/63 a 02/09/66 (Piauí) Secretário de Educação e Cultura (Piauí) – Substituição Governador do Estado do Piauí – 12/09/66 a 14/05/70 Senador da República – 31/01/71 a 31/01/79 Senador da República – 31/01/79 a 31/01/87 Membro efetivo da Comissão de Constituição e Justiça do Senado Federal 9 1971 a 1987) Membro efetivo da Comissão de Economia do Senado Federal (1971/72) Membro suplente da Comissão de Educação e Cultura e de Relações Exteriores do Senado Federal Membro efetivo da Comissão de Finanças – 1975/76 Vice-Presidente da Comissão de Redação – 1977 Vice-Presidente da Maioria e da ARENA – 1977/78 Presidente da Comissão de Legislação Social - 1979 Membro da Comissão de Constituição e Justiça – 1979 - 1984 Presidente da Comissão de Constituição e Justiça – 1984 Vice-Presidente da Comissão de Constituição e Justiça – 1985/86 Membro efetivo da Comissão de Finanças – 1985/86 Membro efetivo da Comissão do Distrito Federal – 1985/86
CURSOS:
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra – Brasília – 1971
CONFERÊNCIAS:
PROBLEMAS DO PIAUÍ – para alunos da Escola Superior de Guerra – Teresina - 1968 O PIAUÍ DE HOJE – para alunos da Escola Superior de Guerra – Teresina - 1969 REALIDADE PIAUIENSE – para a Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra de São Paulo - 1969 O PIAUÍ – para os participantes do 4° Encontro Nacional de Jornalistas – Teresina - 1970 REALIDADE DA AGRICULTURA NORDESTINA – Simpósio “O Homem e o Campo” promovido pela Fundação Milton Campos - 1976 FUNDOS DE INVESTIMENTO DO NORDESTE – FINOR – Simpósio promovido pelo Centro de Estudos do Nordeste – CENOR – Recife - 1977
MISSÕES NO EXTERIOR:
Representante do Senado Federal na Delegação do Congresso Nacional à Conferência Interamericana de Turismo – Panamá – 1971 Representante do Senado Federal na Delegação do Congresso Nacional à Conferência Interamericana de Turismo – Lima – Peru – 1974 Representante do Senado Federal na Delegação ao Congresso do Parlamento Latino-Americano – Buenos Aires – Argentina - 1975 Representante do Senado Federal na Delegação à Conferência Internacional de Turismo – Zurique – Suíça – 1976 Observador Parlamentar na 32ª Assembléia Geral das Nações Unidas – New York – Estados Unidos da América do Norte – 1977 Representante do Senado Federal na Delegação ao Congresso do Parlamento Latino-Americano – Paramaribo – Suriname – 1978 Representante do Senado Federal na 9ª Assembléia Ordinária do Parlamento Latino-Americano – Cidade do México – México – 1979 Representante do Senado Federal na Delegação à 66ª Reunião Internacional do Trabalho – CIT – Genebra – Suíça – 1980 Representante do Senado Federal no Grupo Brasileiro à Reunião para Estudos dos Meios de Luta Contra a Poluição do Mar Mediterrâneo – Palma de Maiorca – Espanha – 1982 Representante do Senado Federal na Delegação que visitou, oficialmente a Bulgária e a Romênia – 1984 Representante do Grupo Brasileiro do Parlamento Latino-Americano à reunião com o Parlamento Europeu- Strasbourg – França – outubro de 1984
CONDECORAÇÕES:
Medalha do II Congresso Brasileiro das Assembléias Legislativas – Porto Alegre – RS - 1961 Medalha da Academia Piauiense de Letras – Jubileu de Ouro – 1967 Medalha da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE – 1969 Medalha do Sesquicentenário da Independência do Brasil – Câmara dos Deputados – 1972 Medalha José Bonifácio – Senado Federal – 1978 Medalha do Parlamento Latino-Americano – 1980 Grande Oficial da Ordem do Ipiranga – São Paulo – 1981 Medalha dos 30 anos do Banco do Nordeste do brasil – 1982 Ordem Estadual do Mérito Renascença do Piauí – Grã-Cruz – 1983 Medalha e Diploma de Sócio Benemérito “Ministro Souza Mendes Júnior”, da Associação dos Magistrados Piauienses – 1984 Medalha do Mérito Legislativo – Comemoração do Sesquicentenário da Assembléia Legislativa do Piauí – 1985 Grande Oficial da Ordem do Congresso Nacional – Brasília – 1987 Medalha do Mérito Legislativo do Piauí – 1993
[editar] Vida política
Começou sua vida política ainda no Ginásio do Crato, quando foi eleito, por votação dos seus colegas, orador do grêmio estudantil. Na faculdade Nacional de Direito, em companhia de eminentes colegas: Petrônio Portella e do Deputado Raimundo Diniz - organizaram um partido político, ainda hoje vitorioso naquela escola superior. Foi, durante quatro anos, eleito para diferentes cargos do Diretório daquela escola superior de ensino. Retornou ao interior do Piauí, fixando residência na sua cidade natal, quatro anos depois fui eleito Prefeito Municipal e, em seguida, Deputado Estadual pela extinta União Democrática Nacional, o Deputado mais votado na sua legenda. Concoreu á reeleição e teve a ventura de ser o Deputado mais votado do seu Estado. Preparava - se o Piauí para a campanha eleitoral de 1966 e o seu nome já despontava como candidato natural do nosso Partido ao Governo Estadual. Mudaram - se as leis. Concorreu a uma convenção e o seu nome foi escolhido dentre os vários nomes ilustres que nela também pleitearam; chegou, pela eleição indireta, ao Governo do Piauí. Deixou o Governo no dia 14 de maio de 1970 para pleitear a cadeira no Senado Federal onde jamais desonrou a Casa.
Filiado à UDN foi eleito Prefeito de Picos em 1954 e deputado estadual em 1958 e 1962 e em meio a sua estadia no Legislativo foi Secretário de Obras e Serviços Públicos, Secretário de Educação e Cultura, Secretário de Agricultura e Secretário de Indústria e Comércio.
Fiel aos desígnios de Petrônio Portela o seguiu quando de sua filiação a ARENA e em 1966 se tornou o primeiro governador do Piauí indicado pelo Regime Militar de 1964 sendo empossado naquele mesmo ano sendo eleito senador em 1970. Com a decretação do Pacote de Abril pelo presidente Ernesto Geisel em abril de 1977 sua reeleição ao Senado Federal se deu por conta de um ardil destinado a refrear o avanço oposicionista nas eleições vindouras: a instituição do “senador biônico” que ascenderia ao parlamento via eleição indireta e como em 1978 haviam duas cadeiras em disputa em cada um dos estados brasileiros (exceto no recém-criado estado de Mato Grosso do Sul) uma teria seu ocupante sufragado em votação popular e outra seria preenchida por votação indireta.
No caso do Piauí a vaga "direta" foi arduamente disputada numa eleição onde Dirceu Arcoverde derrotou Alberto Silva e a "vaga biônica" foi destinada a Helvídio, que ingressou no PDS tão logo o pluripartidarismo foi restaurado. Em agosto de 1985 o presidente José Sarney enviou mensagem ao Congresso Nacional convocando a Assembléia Nacional Constituinte a ser eleita no ano seguinte e com isso Helvídio Nunes foi eleito presidente da comissão mista destinada a dar parecer sobre a mensagem, o que o fez de modo afirmativo.
Às vésperas das eleições de 1986 foi um dos poucos políticos que permaneceu ao lado de Lucídio Portela quando do rompimento entre este e Hugo Napoleão num cisma político que resultaria na criação do PFL no estado do Piauí. Em razão disso o PDS ficou reduzido a um senador, dois deputados federais e apenas um deputado estadual. Ávidos então por uma demonstração de força política os membros do PDS acertaram a formação de uma aliança batizada de "Oposições Coligadas" e que marcharia para as eleições com a candidatura do senador peemedebista Alberto Silva a governador tendo Lucídio Portela como seu vice e Chagas Rodrigues e Helvídio Nunes candidatos ao Senado, mas a despeito desse fato Helvídio não foi reeleito senador apesar de ter recebido quase 400 mil sufrágios por parte do eleitorado. Nos anos seguintes teve uma discreta atuação na política estadual, postura lhe custou a indicação do PDS como candidato a vice-governador do Piauí nas eleições de 1990 pois foi preterido por Guilherme Melo, então genro de Lucídio Portela. Ainda assim, inscreveram o seu nome para ser candidato a deputado federal, porém não existiu campanha, e muito menos expetativas para a sua eleição. Até os seu últimos dias ele sempre fez a política e sempre sonhava com um Piauí melhor, pois o seu maior desejo não era de servir-se mas servir o seu povo e principalmente o Estado do Piauí.
[editar] Realizações
Em seu governo foram instalados novos conjuntos habitacionais em Teresina (como por exemplo o Parque Piauí) e também o Distrito Industrial. Como alcaides da capital piauiense nomeou o militar Jofre do Rego Castelo Branco e depois o deputado estadual Bona Medeiros já que a partir do Ato Institucional nº 2 os prefeitos das capitais, das estâncias hidrominerais e municípios considerados área de segurança nacional passariam a ser nomeados pelo Governador do Estado com o assentimento da Assembléia Legislativa.
Praticamente o início dos esforços para o Piauí ter infra-estrutura sanitária e saúde pública, além de ligações intra e interestaduais através de novas estradas, iniciou-se no governo Helvídio Nunes.
[editar] Linha sucessória
Assumiu o mandato em 12 de setembro de 1966 e renunciou à 14 de maio de 1970 com o objetivo de concorrer às eleições. Nas primeiras vinte e quatro horas após deixar o governo o comando do estado coube ao Desembargador João Turíbio Monteiro de Santana, presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Piauí e cuja ascensão ao governo se deu ante a hesitação do vice-governador João Clímaco D'Almeida em assumir o cargo dada a sua intenção de concorrer a um mandato de deputado federal e como nenhum dos deputados estaduais quis se incompatibilizar no pleito vindouro coube ao magistrado ocupar a chefia do executivo até que em 15 de maio "Joqueira" reviu sua posição e tomou posse como governador.
| Precedido por José Odon Maia Alencar |
Governador do Piauí 1966 - 1970 |
Sucedido por João Turíbio Monteiro de Santana |
