Possui uma área é de 189,099 km² representando 0,0949 % do estado, 0,0336 % da região e 0,0022 % de todo o território brasileiro. Localiza-se a uma latitude 23°30'57" sul e a uma longitude 50°02'24" oeste, estando a uma altitude de 520 m. Sua população estimada em 2005 era de 4.232 habitantes.

[editar] Educação

David Carneiro

O Colégio Estadual David Carneiro é o único colégio de Ensino Médio do município. O Colégio possui cerca de 700 alunos da zona urbana e rural, é estadual e se destaca entre os colégio públicos da região pela notável quantidade de seus alunos aprovados nos vestibulares. O colégio além da grade curricular normal, possui várias outras atividades extra-curriculares, como apresentações de peças teatrais e a já tradicional "Fanfarra do Colégio David Carneiro".

Escola São Roque

A escola Municipal São Roque é a única do município que oferece o ensino de 1ª a 4ª série, possui cerca de 500 alunos tanto da area rural, quanto da urbana. A Escola Municipal São Roque foi a primeira do norte pioneiro que implantou na grade curricular a língua Inglesa. A Escola possui sua própria fanfarra e se destacou na última edição da Provinha Brasil onde os alunos conquistaram a segunda maior média da região do Norte Pioneiro, ficando atrás apenas do Colégio Municipal da Cidade de Jaboti. Na sede dessa escola funciona também o projeto de educação de jovens e adultos do programa do governo estadual, qua visa a acabar com o analfabetismo no Estado.

[editar] Cultura

Indígena

Em relação à cultura indígena, existe no município vizinho uma das maiores aldeias do Paraná, que por sua proximidade da cidade, fazem a maior parte de seus negocios aqui. O Pinhalzinho é uma gleba indígena administrado pela FUNAI, onde moram dezenas de famílias que sobrevivem de agricultura de subsistência e artesanatos. Os jovens da aldeia possuem grande interesse desportivo, sobretudo em relação ao futebol, que já os consegraram em diversos torneios municipais e regionais. Alguns dos índios ainda preservam as tradições guaranis, como idioma, religiosidade, e culinária. A aldeia está aberta sempre para visitas e os moradores são sempre amigáveis e hospitaleiros. Os turistas podem aproveitar e apreciar a bela paisagem do caminho.

Oriental

Além da Chácara Buda, principal ponto turistico do município, a cultura oriental deixa sua marca, principalmente com a tradicional Colônia Japonesa (nipônica). São realizados anualmente o tradicional Yakissoba, um grande almoço com comida típica japonesa. Nessa ocasião centenas de pessoas se deslocam até Guapirama para apreciar a saborosa iguaria. São também realizados torneios de beisebol e concurso de canto de música japonesa.

[editar] Turismo

Chácara Buda

Histórico

Warikoda era agricultor e morava em um sítio a menos de três quilômetros de Guapirama. No final dos anos 60, ele estava cortando uma árvore, quando alguns galhos teriam caído sobre seu corpo. Warikoda fez uma promessa que iria construir no local um santuário. As esculturas lembram imagens católicas, budistas e guerreiros. Ele construiu ainda uma capela às margens de um rio. Mais tarde ela foi transferida para o quintal de sua casa.

Em meados da década de 80, Kanekuma Warikoda – por motivos financeiros - foi obrigado a vender a propriedade para Taufic Assad e se mudar para Mogi das Cruzes (SP), onde construiu novas estátuas. O agricultor-artista morreu aos 70 anos e deixou uma grande contribuição para a cultura do Norte Pioneiro. Suas obras só não sucumbiram ao tempo, porque Amauri de Almeida sonhou e Éder Nogueira se sensibilizou e elaborou o projeto “Chácara do Buda”.

Reconstrução

Amauri Correia de Almeida nunca imaginava que sua vida seria mudada, num dia do verão de 2001. Pessoa simples, amante de futebol e funcionário da prefeitura de Guapirama, ele resolveu nadar na Chácara do Buda, a menos de três quilômetros do centro da cidade. O local, considerado místico devido a várias estátuas esculpidas pelo japonês Kanekuma Warikoda estava abandonado e sempre o fascinou pela beleza. Entre um salto e outro na água, o jovem teria ouvido uma voz que dizia: “Amauri, restaura as minhas obras!” No mesmo instante, ele saiu d’água e se aproximou da estátua de Nossa Senhora Aparecida e começou a restaurá-la. “Tenho certeza que a voz que ouvi era de Warikoda. Ele não estava contente com a situação de abandono que o santuário se encontrava”. O artista japonês morreu com cerca de 80 anos, na década de 80, em Mogi das Cruzes (SP).

A história percorreu a cidade e tornou-se ainda mais mística, porque Amauri de Almeida nunca desenhou, nem esculpiu obra alguma. Após aquele dia na Chácara do Buda, ele olha as fotografias antigas das esculturas de Warikoda e as reproduz fielmente. “Ele está comigo. Warikoda usa meu corpo para trazer de volta a sensibilidade de sua arte”.

O funcionário do Departamento de Esportes da prefeitura de Guapirama encontrou um forte aliado em seu trabalho. Trata-se do contador e professor universitário, Éder Nogueira Sales, 29. Ele é o idealizador do projeto Chácara do Buda, que prevê, entre outras coisas, a restauração das obras de Warikoda. O objetivo é transformar a área de aproximadamente dois alqueires - cedida por Taufic Assad El Mir, em sistema de comodato, à Fundação de Assistência Social, Cultural e Ambiental Toufic e Nogueira – em um local de lazer. “Vamos reconstruir as obras de Warikoda, inclusive a represa e o jardim em estilo japonês”, disse Éder.

Das 27 estátuas, 13 delas já foram restauradas. O trabalho deve terminar em 2003. Depois, inicia-se o processo de construção de represa, jardim, portal e outras benfeitorias. A falta de dinheiro é o maior empecilho na execução do projeto. “Contamos com a contribuição de todos, prefeitura, comunidade e voluntários, pois a Chácara Buda será uma atração turística e gerará novos recursos ao município”, disse Éder.

O resultado positivo já começa aparecer. Muitas pessoas da região têm ido visitar a chácara. Soma-se ainda a profissionalização dos menores, que deixaram a ociosidade para participar do projeto. Edmar José Cabral, 13, estuda na 8ª série do Colégio Estadual David Carneiro e duas vezes por semana deixa a brincadeira de lado para ir à Chácara do Buda. Ele segue esta rotina há cinco meses, período em que trabalha na restauração do santuário, coordenado por Amauri de Almeida. “Prefiro trabalhar aqui a ficar pelas ruas da cidade, sem fazer nada”, disse o menor, que divide a tarefa com outros 80 meninos e também participam da Escolinha de Futebol do Município. Para participar do projeto é obrigatório estar matriculado em instituições de ensino do município e comprovar bom rendimento escolar. Os meninos, além de aprender técnica de restauração, estão sendo treinados para serem monitores turísticos. Eles vão atuar na própria Chácara do Buda.

Além das esculturas

O projeto Chácara do Buda – idealizado por Éder Nogueira - vai além da restauração do santuário. O trabalho abrange três focos principais. O primeiro deles trata-se do social, em que menores carentes (de 9 a 16 anos) do município têm aulas de informática em Santo Antônio da Platina. Para as crianças irem até a cidade vizinha, é necessário veiculo. Para pagar o transporte foi firmada parceria com a Faculdade do Norte Pioneiro (Fanorpi), prefeitura, Construbim e Silva Tur.

A segunda fase envolve o setor cultural, com a participação da reserva indígena Pinhalzinho, em Tomazina. Os índios vão construir uma oca na Chácara do Buda para divulgar a cultura e o artesanato indígenas Além disso, a colônia japonesa – de grande expressão em Guapirama – também participará mostrando sua cultura. A última parte do projeto, e não menos importante, é a ambiental. Serão plantadas mudas de árvores nativas em todo o terreno. A meta é conscientizar as comunidades local e regional sobre a importância de preservar o meio ambiente.

[editar] Calçadão

O calçadão municipal foi inaugurado no dia 31 de dezembro de 2006. Projeto realizado na administração do prefeito Eduí Gonçalves.

[editar] Religião

O município possui uma população predominantemente católica, contando também com uma minoria protestante e cristianismo de fronteira. Além do fundamentalismo cristão predominante, existem alguns cultos e costumes místicos assim como religiões não-cristãs que se sincretizam entre si, formando então uma rica diversidade religiosa.

[editar] Esporte

Beisebol

Guapirama possui o único campo de beisebol do Norte Pioneiro do Paraná, e um dos poucos em todo o estado. Apesar de possuir o campo, o município não possui um time oficial praticante do esporte. É administrado pela Colônia Japonesa do município e recebe anualmente campeonatos que contam com a presença de diversas celebridades estaduais e nacionais do esporte.

Voleibol

Além do Beisebol, em Guapirama destaca-se principalmente o volei, o municipio conta com um dos melhores times da modalidade do estado do Paraná chegando a conquistar o 4° lugar nos jogos estaduais. O futsal também merece destaque.

Futsal e futebol

O esporte mais tradicional do município, embora a maior parte da população o pratique, não é o que mais eleva o nome do municipio, contudo inegavelmente também conseque excelentes resultados. Todo início de ano ocorre o campeonato municipal de futebol que tem como maior vencedor o time da Colônia Indígena Pinhalzinho. Regionalmente se destaca os jogos colegias e a copa Amunorpi.