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Fundamentalismo de livre mercado - Wikipédia, a enciclopédia livre

Fundamentalismo de livre mercado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Fundamentalismo de livre mercado, ou fundamentalismo de mercado, significa a convicção de que mercados livres são sempre universalmente benéficos, e que qualquer interferência nos processos de livre-mercado diminuem o bem estar social. Este termo foi popularizado em 1998 por George Soros [1] no seu livro A Crise do Capitalismo Global - Os perigos da sociedade globalizada:

"Esta idéia, era chamada de laissez-faire no século XIX ...encontrei um nome melhor para ela: fundamentalismo de livre mercado." [2].

Palagummi Sainath acredita que Jeremy Seabrooke, um jornalista e ativista, foi o primeiro a empregar o termo "fundamentalismo de livre mercado" (market fundamentalism) [3].

Os fundamentalistas de livre mercado acreditam que os mercados ou estão num 'equilíbrio natural' (mão invisível), ou que pelos menos gerariam, por si só, uma tendência robusta rumo a esse equilibrio, e que os melhores interesses de uma sociedade seriam alcançados simplesmente permitindo que cada indivíduo defendesse seus próprios interesses, e que a propriedade privada e os contratos fossem universalmente respeitados. [4]

A expressão "fundamentalismo de livre mercado" (do inglês "free-market fundamentalism" ou simplesmente "market fundamentalism" ) é empregada por diversos autores de assuntos econômicos para significar a crença exagerada na habilidade dos livre mercados para resolver todos os problemas de uma sociedade. É também empregada, pejorativamente, para ridicularizar os defensores das virtudes dos "livre mercados radicais" ou, nas palavras de George Soros, contra a ideologia "que colocou o capital financeiro ao volante". [2] Stiglitz também usou essa expressão, em seu ensaio auto-biográfico por ocasião da aceitação do Prêmio Nobel, para criticar algumas das políticas do FMI:

"De maneira geral, o FMI estava defendendo políticas chamadas, alternativamente, de doutrinas neoliberais ou de 'fundamentalismo de livre mercado', baseadas num entendimento incorreto das teorias econômicas e no que (eu via como) uma interpretação inadequada de dados históricos." [5]

As pessoas e organizações às quais o termo "fundamentalismo de livre mercado" se refere, em geral, o rejeitam como sendo pejorativo. Seu significado pode ser definido como um liberalismo econômico ou um capitalismo de laissez-faire levados ao extremo.

Os críticos dessa atitude "fundamentalista" alegam que "mercados perfeitos" produzem resultados benéficos à uma sociedade, mas "mercados imperfeitos", normalmente, produzem resultados negativos. Consideram que onde o mercado funciona bem esse deve ser deixado operar livremente, mas onde os mercados atuam contra o interesse comum de uma sociedade, devem ser regulamentados .

Citação
«"As teorias que eu, e outros, desenvolvemos explicaram porque os mercados livres frequentemente não só não conduzem à justiça social, mas também nem sequer produzem resultados eficientes. É interessante notar que não tenha havido um debate intelectual à (minha) refutação da mão invisível de Adam Smith: indivíduos e empresas, na busca de seu auto-interesse, não são necessariamente, ou em geral, conduzidos por uma mão invisível rumo à eficiência econômica." [6]»


A principal característica da retórica dos fundamentalistas de livre mercado consiste em fazer afirmações dogmáticas, e em alegar que quem quer que discorde delas não é um verdadeiro economista, segundo John Quiggin [7].

Esta postura dogmática deriva da crença de que a economia neoclássica nos forneceria uma explicação científica dos fenomenos economicos, explicação essa que os fundamentalistas de livre mercado crêem assumir a condição de uma verdade científica absoluta. Entretanto, como John Ralston Saul indicou, estas "certezas absolutas" não passam de uma forma de insulto (bullying) [8].

A influência do fundamentalismo de livre mercado nos debates de políticas públicas, em décadas recentes, levou ao surgimento de um novo 'conservadorismo' radical. [9].

Kozul-Wright demonstra em seu livro The Resistible Rise of Market Fundamentalism que essa inevitabilidade da força dos livres mercados que os neoliberais tendem a enfatizar, e sua confiança numa política escolhida, apoiam-se numa mistura de hipóteses implícitas e ocultas, em mitos sobre a história do desenvolvimento econômico de seus próprios países e em interesses próprios, camuflados na sua retórica de bem comum [10].

Ver artigo principal: Economia social de mercado


Índice

[editar] O fundamentalismo de mercado e a globalização

Ver artigo principal: Fundamentalismo
Ver artigo principal: Globalização

Com a queda do Muro de Berlim, caíram todos os fantasmas da "Luta de Classes" que tinham agitado o mundo por tantos anos e que permitiram manter o equilíbrio de poderes na chamada "Guerra Fria". Com isso se consagrou a reedição do liberalismo político e econômico que passou a ser politicamente promovido desde que Margaret Thatcher assumiu o governo na Inglaterra e Ronald Reagan o dos Estados Unidos. A ideologia do livre mercado ganha força de "pensamento único". Num mundo cada vez mais globalizado, o mercado deveria, supostamente, se consolidar como aquela abstração que realizaria a melhor alocação de recursos, como o locus onde a oferta e a demanda iriam encontrando os caminhos para suprir as necessidades humanas de maneira mais eficiente.

Isto criou o imaginário de um mundo sem necessidade de regras, onde as forças ocultas desse mercado iriam em busca da estabilidade e onde o Estado - com suas até então cada vez mais presentes regulamentações- passa a ser visto como um estôrvo, e deveria se retirar do setor produtivo da economia; ressurgiram os defendores da minarquia.

Neste cenário defendido pelos fundamanetalistas de mercado, as regulamentações de todo tipo se fazem inoportunas. Logo não só os estados nacionais devem ser reformulados , senão também o sistema de Nações Unidas com sua ambição multilateralista vai ver, de fato, modificado seu escopo e seu poder de atuação. Os países que na década de 80 tinham sido estimulados a tomar créditos ampliando seu endividamento , se encontraram em 89 com o modelo pronto e organizado pelo Consenso de Washington, para dar rumo à expansão do capital na América Latina. Assim a década de 90 viu a implementação de todas as medidas e propostas ditadas pelas Instituições Financeiras Multilaterais, que obedeciam aos novos padrões de acumulação internacional. Essa diminuição do papel do Estado veio junto com o ajuste estrutural das contas públicas, a flexibilização das leis trabalhistas, as privatizações, os cortes nas políticas sociais que inclusive já vinham contando com a utilização do trabalho não remunerado das mulheres para ampliar a eficiência dos serviços públicos , especialmente de saúde e educação públicas (reduzindo ou eliminando totalmente a implementação e ampliação da oferta de creches). Foi este o longo receituário do FMI e do Banco Mundial. Porém mais um ingrediente foi acrescentado ao longo da década passada, o último e mais novo tempero a ser incluído pelos fundamentalistas de livre mercado no cardápio de propostas de políticas macroeconômicas para o desenvolvimento: o "livre" comércio. Os povos sempre comerciaram. Grande parte do seu desenvolvimento se deveu ou foi impulsionado pelo intercâmbio entre as nações e evidentemente isto não seria nenhuma novidade.

[editar] A Organização Mundial do Comércio

A Organização Mundial do Comércio foi criada em 1994 durante a Conferência de Marrakech, ao termo complexas negociações da Rodada Uruguai.

O surgimento da OMC vem coroar a montagem da arquitetura mundial da nova ordem internacional, que começara e ser delineado no fim da Segunda Guerra Mundial com a criação do FMI, do Banco Mundial e das Nações Unidas, todas instituições surgidas do processo de Bretton Woods. Deve-se ressaltar que uma das idéias mais importantes naquele momento era também a de promover uma organização no âmbito das relações comerciais.

Alguns consideram que a OMC vem se transformando e representando a expressão do fundamentalismo do mercado globalizado no âmbito da governança mundial. Trata-se da organização mundial com maior poder de abrangência (formada por 144 países aderentes) e de implementação já que possui diversos mecanismos de sanção ou retaliação contra os países que não cumprirem os acordos alcançados no seu âmbito. Os países integrantes da OMC se comprometem ao cumprimento dos acordos no momento em que assinam seu ingresso, ou seja a OMC tem força normativa.

Referências

[editar] Publicações sobre Fundamentalismo de livre mercado

Livros
  • GIDDENS, Anthony. Para Além da Esquerda e da Direita. O futuro da Política Radical. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1995, p. 14, ISBN 8571391149
  • KOZUL-WRIGHT, Richard. The Resistible Rise of Market Fundamentalism: The Struggle for Economic Development in a Global Economy. United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD), London: ZedBooks Ltd, 2007. Paul Rayment é o diretor de análise econômica da Comissão Econômica para a Europa, das Nações Unidas. Richard Kozul-Wright é economista senior na Conferência de Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNCTAD). ISBN 9781842776360 ISBN 9781842776377
  • KOZUL-WRIGHT, Richard & RAYMENT, Paul. The 'resistible Rise of Market Fundamentalism: The Struggle for Economic Development in a Global Economy. Palgrave Macmillan, July 2007. ISBN 9781842776377 ISBN 1842776371
Artigos

[editar] Ligações externas

Outras línguas


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