Escola do Rio Hudson
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Escola do Rio Hudson foi um movimento artístico norte-americano de meados do século XIX, formado por um grupo de pintores paisagistas, cuja visão estética foi influenciada pelo Romantismo
Suas pinturas retratam o Vale do Rio Hudson e a área circundante, bem como as Montanhas Catskill, Adirondack e as White Mountains de New Hampshire. O termo "escola", que dá nome ao movimento refere-se a um grupo de pessoas que comungam de perspectivas, inspiração, estilos ou produções que denotam pontos em comum, ao invés de local de aprendizado.
Índice |
[editar] Análise
Nem o criador do termo "Escola do Rio Hudson", nem qual foi a primeira vez que foi publicado pode ser afirmado com certeza. Acredita-se que tenha surgido com o crítico de arte do jornal New York Tribune, Clarence Cook, ou com o pintor paisagista Homer D. Martin (Howat, págs. 3-4). Quando inicialmente usado o termo tinha um sentido pejorativo, da mesma forma que os rótulos emprestados, por exemplo, quando a Escola de Barbizon ou o Impressionismo, quando surgiram.
Seus pintores refletem basicamente 3 temas dos Estados Unidos do século XIX: descobrimento, exploração e determinação. As telas também descrevem a paisanem norte-americana dentro de uma ótica bucólica e pastoril, onde os seres humanos e a natureza coexistem pacificamente. Suas paisagens são caracterizadas pelo tom realístico, detalhista e por vezes idealizado com que retratam a natureza. De forma geral seus artistas acreditavam que a natureza na forma da paisamente norte-americana era a indizível manifestação de Deus, embora os pintores variassem na profundidade de suas convicções religiosas. Foram inspirados por mestres europeus como Claude Lorrain, John Constable e J.M.W. Turner, e compartilhavam a reverência às belezas naturais da América com os escritores norte-americanos contemporâneos, como Henry David Thoreau and Ralph Waldo Emerson.
Enquanto os elementos das pinturas eram extremamente realistas, muitas das cenas retratadas eram composições sintetizadas de cenas múltiplas ou com imagens naturais observadas pelos artistas. Juntando os dados visuais coletados em suas pinturas os artistas vagavam por ambientes verdadeiramente extraordinários e extremos, que jamais permitiriam a alguém efetuar o ato de pintar. Durante as expedições ao ambiente natural eles efetuavam registros em esboços, e também na memória, para as pinturas que seriam efetuadas mais tarde, quando retornassem ao abrigo de suas casas.
[editar] Thomas Cole
O artista Thomas Cole é geralmente reconhecido como o fundador dessa Escola. Cole embarcou num vapor e subiu o Rio Hudson no outono de 1825, mesmo ano da abertura do Canal do Erie, fazendo uma parada no ponto oeste, onde fica o começo das montanhas Catskill, situadas no lado ocidental do Estado de Nova Iorque, onde aventurou-se e pintou as primeiras paisagens da área.
A primeira mostra de seus trabalhos apareceu na edição de 22 de novembro de 1825, no New York Evening Post[1]. Àquele tempo Cole era apenas um inglês que se acostumara às paisagens quase monocromáticas de sua terra natal, e achou incomuns as cores brilhantes do outono. Acrescenta-se que, apenas 21 anos antes, John Vanderlyn pintara O Assassinato de Jane McCrea, simbolizando o quão perigosas eram as áreas rurais do Estado de Nova Iorque[2]. Seu grande amigo, Asher Durand, tornou-se também figura proeminente da Escola, particularmente quando os negócios de gravuras declinou após o Pânico de 1837, grave crise especulativa que fez minguar muitos negócios.
[editar] Segunda geração
A segunda geração da Escola do Rio Hudson emergiu depois da morte prematura de Cole, em 1848, dentre estes o pupilo de Cole, Frederic Edwin Church e ainda John Frederick Kensett e Sanford Robinson Gifford. Trabalhos desses artistas da segunda geração são descritos como exemplos do Impressionismo na arte norte-americana. Além de produzirem sua pintura, alguns desses artistas, incluindo Kensett, Gifford e Church [3], foram os fundadores do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque.
A maioria dos melhores trabalhos da Escola do Rio Hudson foram pintados entre 1855 e 1875. Naquele período, artistas como Frederic Church e Albert Bierstadt foram tratados como celebridades. Quando Church exibiu pinturas como Niagara[4] ou Icebergs of the North[5], milhares de pessoas se juntaram para vê-las, pagando ingressos de cinqüenta cents cada. O tamanho épico das paisagens mostradas nestas pinturas despertou o interesse do público para suas áreas florestais, vastas e indômitas - incentivando o movimentos para colonização do Oeste, a criação de parques nacionais como reservas, e parques nas cidades.
[editar] Principais artistas
- Albert Bierstadt
- Frederic Edwin Church
- Thomas Cole
- Samuel Colman
- Jasper Francis Cropsey
- Thomas Doughty
- Robert Duncanson
- Asher Brown Durand
- Sanford Robinson Gifford
- James McDougal Hart
- William Hart
- Martin Johnson Heade
- Hermann Ottomar Herzog
- Thomas Hill
- David Johnson
- John Frederick Kensett
- Jervis McEntee
- Thomas Moran
- Worthington Whittredge
[editar] Veja também
Referências
- ↑ http://hamiltonauctiongalleries.com/Cole.htm (en)
- ↑ http://www.americanrevolution.com/JaneMcCrea.htm (en)
- ↑ Magazine Antiques, Jan, 2000 by John K. Howat
- ↑ http://www.corcoran.org/collection/highlights_main_results.asp?ID=51 (en)
- ↑ http://www.artchive.com/artchive/c/church/church_icebergs.jpg e http://www.ric.edu/rpotter/harvey.html (en)
- Howat, John K. American Paradise, The World of the Hudson River School. The Metroplitan Museum of Art, Harry N. Abrams, Inc., New York, 1987.
