Eduardo Kac
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Eduardo Kac (1962, Rio de Janeiro) é um artista contemporâneo brasileiro, diretor do Departamento de Arte e Tecnologia da School of the Art Institute of Chicago e pioneiro da arte digital, arte holográfica, arte da telepresença e bioarte.
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[editar] Histórico
Kac formou-se em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. No início da década de 1980, começou a apresentar várias performances satíricas no Rio de Janeiro e em São Paulo. Em 1983, lançou o livro de arte "Escracho" (o qual faz parte do acervo do Museum of Modern Art de Nova York) e começou a trabalhar o conceito de holopoesia. Em 1984, participou da mostra "Como Vai Você, Geração 80?" no Parque Lage (Rio de Janeiro). Entre 1985 e 1986, iniciou seus trabalhos com arte digital através do sistema videotexto. Em 1989, Kac mudou-se para os Estados Unidos, onde obteve mestrado em Artes Plásticas pela School of the Art Institute of Chicago.
[editar] Vanguarda
Em 1997, tornou-se a primeira pessoa a ter um microchip (um transponder de identificação) implantado no próprio corpo (especificamente, no calcanhar esquerdo), em sua obra "Time Capsule" ("Cápsula do Tempo"), que levanta questões de ética na era digital. Programada para exibição na mostra "Arte e Tecnologia" do Instituto Cultural Itaú, em 1997, a obra foi vetada pelo departamento jurídico do banco, pois havia risco de vida para o artista. Kac não desistiu e levou o proje(c)to adiante, apresentando-se na Casa das Rosas (São Paulo), entre 11 de novembro e 20 de dezembro de 1997.
Em 1999, Kac inaugurou a arte transgênica com sua obra "Genesis" no festival Ars Eletronica em Linz, Áustria. Na obra, um gene sintético (codificação de um trecho do Velho Testamento em inglês, convertido em código Morse e deste para o "alfabeto" do DNA) foi introduzido em bactérias, as quais eram expostas à luz ultravioleta por participantes remotos via web, causando mutação no código genético. Depois da exposição, a sequência foi codificada novamente em inglês e o resultado publicado por Kac em seu website.
Em 2000, causou novamente polêmica com sua obra GFP Bunny, onde utilizou de engenharia genética para introduzir genes de fluorescência numa coelha: sob luz azul, o animal emite luz verde.
[editar] Obras (impressas)
- KAC, Eduardo. Signs of Life: Bio Art and Beyond. Cambridge: MIT Press, 2007. ISBN 0-262-11293-0
- KAC, Eduardo. Telepresence and Bio Art - Networking Humans, Rabbits and Robot. Ann Arbor: University of Michigan Press, 2005. ISBN 0472068105
Referências
- BRITTON, Sheilah e Dan Collins (eds.). The Eighth Day: The Transgenic Art of Eduardo Kac. Tempe: ASU / Distribuído por DAP, Nova York, 2003. ISBN 0972429107
- ROSSI, Elena Giulia (ed.). Eduardo Kac: Move 36. Paris: Filigranes Éditions, 2005. ISBN 2350460126
[editar] Em vídeo
- Eduardo Kac: Eight Dialogues. Dirigido por Bruno Vianna. São Paulo: Itaú Cultural, 2002 (30 minutos, NTSC).
[editar] Ligações externas
[editar] Em inglês
- (en)-Conexões telemáticas
- (en)-Mais organimos transgênicos fluorescentes
- (en)-Cronologia da arte robótica
- (en)-Biopoesia
[editar] Em português
- (pt) -Nova ordem natural por Daniela Canedo. Em Revista Oi. Acessado em 24 de setembro de 2007.
- (pt) -Filosofia selvagem por Ronaldo Bressane. Em Revista V. Acessado em 24 de setembro de 2007.
- (pt) -Rompendo as Dimensões por Mariana Peixoto. Em O Estado de Minas Gerais. Acessado em 24 de setembro de 2007.
- (pt) -Eduardo Kac no país das maravilhas por Didier Ottinger. Acessado em 24 de setembro de 2007.