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Decadentismo - Wikipédia, a enciclopédia livre

Decadentismo

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O termo decadentismo descreve uma sensibilidade estética que ocorre no final do século XIX e que se contrapõe ao realismo e ao naturalismo. Sua origem refere-se mais diretamente ao modo pejorativo como é designado um grupo de jovens intelectuais franceses que compartilha uma visão pessimista do mundo, acompanhada de uma inclinação estética marcada pelo subjetivismo, pela descoberta do universo inconsciente e pelo gosto das dimensões misteriosas da existência.

Os versos do poeta Paul Verlaine (1844 - 1896) indicam como o grupo incorpora positivamente o termo, dando a ele conotação diferente da original: "Je suis l'empire à la fin de la décadence" ["Sou o império no fim da decadência"]. Os escritores e poetas simbolistas dos anos 1880 e 1890 são considerados os primeiros expoentes do decadentismo.

O simbolismo, corrente de timbre espiritualista, encontra expressão nas mais variadas artes, pensadas em estreita relação umas com as outras. O objetivo último das diferentes modalidades artísticas é a manifestação da vida interior, da "alma das coisas", que a linguagem poética - mais do que qualquer outra - permite alcançar, por trás das aparências. A poesia simbolista de Gérard de Nerval (1808 - 1855) e Stéphane Mallarmé (1842 - 1898), por exemplo, sonda os mistérios do mundo e o universo inconsciente por meio de sugestões, do ritmo musical e do poder encantatório das palavras.

É possível compreender o simbolismo e o decadentismo como desdobramentos do romantismo, alimentados pela reação ao cientificismo que acompanha o desenvolvimento da sociedade industrial da segunda metade do século XIX. Contra as associações freqüentes entre arte, objeto e técnica, e as inclinações naturalistas de parte da produção artística, os simbolistas e decadentistas sublinham um ideal estético amparado na expressão poética e lírica.

Nas artes visuais especificamente, a pintura simbolista marca a origem do chamado decadentismo. Tendo surgido paralelamente ao neo-impressionismo de Georges Seurat (1859 - 1891) e de Paul Signac (1863 - 1935), o simbolismo se apresenta como mais uma tentativa de superação da pura visualidade defendida pelo impressionismo. Só que, enquanto o divisionismo de Seurat e Signac funda a pintura sobre leis científicas da visão, o simbolismo segue uma trilha espiritualista e anticientífica: a arte não representa a realidade mas revela, através de símbolos, uma realidade que escapa à consciência. Se o impressionismo fornece sensações visuais, o simbolismo almeja apreender valores transcendentes - o Bem, o Belo, o Verdadeiro, o Sagrado - que se encontram situados no pólo oposto da razão analítica. A arte visa retomar a paixão, o sonho, a fantasia e o mistério, explorando um universo situado além das aparências sensíveis.

Nesse sentido, o simbolismo encontra-se nos antípodas do realismo de Gustave Courbet (1819 - 1877), mobilizando um imaginário povoado de símbolos religiosos, de imagens tiradas da natureza, de fantasias oníricas, de figuras femininas, dos temas da doença e da morte. Os artistas trabalham esse repertório comum a partir de estilos diferentes. A "pintura literária" de Gustave Moreau (1826 - 1898) e Pierre Puvis de Chavannes (1824 - 1898), por exemplo, focaliza civilizações e mitologias antigas, com o auxílio de imagens místicas, tratadas com forte sensualidade (A Aparição, ca.1875). Odilon Redon (1840 - 1916), por sua vez, explora, em desenhos e litografias, diversos temas fantásticos, sob inspiração da literatura de Edgar Allan Poe (1809 - 1849).

Freqüentemente associado à idéia de esteticismo - em virtude das formas preciosas, dos artifícios estilísticos e das temáticas tiradas do mundo interior - o decadentismo, a partir de sua origem francesa com o simbolismo, converte-se imediatamente em um fenômeno europeu.

O ano de 1890 marca a difusão dos preceitos decadentistas pela Europa, que acompanham de perto os desdobramentos da art nouveau. Na Áustria, a obra de Gustav Klimt (1862 - 1918) é emblemática da associação entre fórmulas decorativas e temáticas decadentistas, como indicam, por exemplo, as figuras femininas, de tom alegórico e forte sensualidade (o retrato de corpo inteiro de Emilie Flöge, de 1902, Judite I, de 1901 e As Três Idades da Mulher, de 1908, entre outros). Não apenas Klimt, mas outros artistas europeus da época, indica Giulio Carlo Argan, "embora vivendo num ritmo que crêem progressista, parecem perceber a inviabilidade, a inevitável decadência da arte na sociedade tecnológica".

É o caso, por exemplo, dos suíços Ferdinand Hodler (1853 - 1918) e de suas obras de cunho decadentista (O Desapontado, de1890 e Eurritmia, 1895) e Arnold Böcklin (1827- 1901), responsável por telas de tom místico e clima sombrio (A Ilha dos Mortos, 1880). Ou ainda, na Inglaterra, dos trabalhos de Aubrey Beardsley (1872 - 1998) - autor das ilustrações da versão inglesa de Salomé, de Oscar Wilde (1854 - 1900) - e das obras esteticistas de Burne-Jones (sir Edward Coley, 1833 - 1898).

Os pintores do grupo belga Les Vingt (Les XX) - que reúne James Ensor (1860 - 1949), Theodor Toorop (1858 - 1928) e Henri van de Velde (1863 - 1957) - são outros exemplos da expressão européia decadentista.

Ensor produz uma obra povoada de elementos macabros e figuras grotescas, que busca enveredar pelas profundezas do inconsciente (A Queda dos Anjos Rebeldes, 1888); Toorop, místico ligado ao grupo dos rosa-cruzes, é autor de pinturas de caráter literário (As Três Noivas, 1893), que se beneficia de uma das faces da obra de Van de Velde, famoso pelos interiores decorados. A obra do norueguês Edvard Munch (1863 - 1944) confere um sentido mais trágico ao diagnóstico pessimista lançado pelos artistas em relação à sociedade industrial do fim de século. Aí também verifica-se um movimento da arte da realidade exterior ao universo interior, como em todo decadentismo, só que seus trabalhos recusam qualquer sentido de transcendência da arte e do símbolo. Suas obras tematizam a dor, a morte e os estados psicológicos extremos, sem nenhum apelo estetizante (O Grito, 1893, Ansiedade, 1894).

É possível pensar ainda reverberações simbolistas e decadentistas no grupo francês dos Nabis - Aristide Maillol (1861 - 1944), Pierre Bonnard (1867 - 1947) e Édouard Vuillard (1868 - 1940) e, de outro modo, no expressionismo do Blauer Reiter (O Cavaleiro Azul) de Wassily Kandinsky (1866 - 1944) e Paul Klee (1879 - 1940).

No Brasil, o simbolismo literário de matiz decadentista encontra expressão na poesia de Cruz e Souza (1861 - 1898) e Alphonsus de Guimarães (1870 - 1921). Na pintura, o repertório, as formas vaporosas, o colorido e as linhas ornamentais característicos da expressão decadentista são reeditados em trabalhos e fases da obra de alguns pintores. Por exemplo, A Dança das Oréades (1899) de Eliseu Visconti (1866 - 1944), Estudo de Reflexos (1909) de Carlos Oswald (1882 - 1971), Paisagem com Árvores (1925) de Bruno Lechowski (1887 - 1941), Minha Terra - Trípico (1921) de Hélios Seelinger (1878 - 1965).


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