Catecol
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pirocatecol | |
---|---|
Geral | |
Nome sistemático | Pirocatecol |
Outros nomes | catecol benzen-1,2-diol 2-hidroxifenol α-hidroxifenol o-benzenodiol o-hidroxifenol 1,2-dihidroxibenzeno pirocatecino |
Fórmula química | C6H6O2 |
Massa molar | 110.1 g/mol |
Aparência | Branco sólido |
Propriedades | |
Densidade e Estado físico | 1.344 g/cm³, sólido |
Solubilidade em água | 43 g/100 ml |
Ponto de fusão | 105 °C |
Ponto de ebulição | 245.5 °C |
Perigos | |
Classificação EU | Nocivo(Xn) |
Ponto de fulgor | 127 °C |
Compostos relacionados | |
Benzenodióis relacionados | Resorcinol Hidroquinona |
Compostos relacionados | 1,2-benzoquinona |
Nota: As propriedades apresentadas são válidas apenas
para as condiçoes standard (25ºC e 100 kPa] |
O catecol, também conhecido como pirocatecol, é um benzenodiol. A sua fórmula química é C6H4(OH)2.
[editar] Isolamento, síntese
O catecol foi isolado pela primeira vez em 1839 por H. Reinsch a partir da destilação do catecino (proveniente da planta (Acacia catechu L.f)) que aparece livremente na planta Kino (Pterocarpus marsupium) e no alcatrão proveniente da madeira de faia.
Este composto resulta na fusão alcalina de muitas resinas e pode ser preparado através da fusão de ácido orto-fenolsulfónico, o-clorofenol, o-bromofenol, e ácido o-fenoldisulfónico com potassa, ou, melhor, através do aquecimento do seu éter metílico, guaiacol, C6H4(OH)(OCH3), que é um constituinte do alcatrão proveniente da madeira de faia, que contém ácido hidriódico.
O Guaiacol pode ser obtido directamente a partir do alcatrão de faia, do pirocatecino (através da metilação com potassa e metilsulfato de potássio a 180ºC), ou a partir do anisolo por nitratação, redução do orto-nitroanisol a amino-anisol, que é posteriormente desnitrificado e aquecido em água até à ebulição. Este composto funde aos 28ºC e entra em ebulição aos 250ºC. O Guaiacol, o Pirocatecino e muitos dos seus derivados (como, por exemplo, o veratrol) são utilizados na medicina como expectorantes e em diversos tipos de terapia, incluindo terapias de tratamento cancerígeno. O carbonato de Guaiacol é conhecido como duotal, o seu fosfato como fosfatol, e o seu fosfito como guaiaco-fosfal. O ester valerianico do Guaiacol é conhecido como geosoto, o ester henzóico como benzosol, o salicílico como guaiacolsalol, e o glicerino como guaiamar.
[editar] Nomenclatura
Pirocatecol é o nome recomendado pela IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry) nas "Recomendações para a Nomenclatura de Química Orgânica de 1993".
[editar] Ocorrência na Natureza e utilidades
Pequenas quantidades de catecol podem aparecer naturalmente em frutos e vegetais, juntamente com a enzima polifenol oxidase. Os frutos, ao serem expostos ao ar, permitem que o catecol (incolor) neles contido se oxide, resultando desta reacção a benzoquinona (de cor avermelhada-castanha). A enzima é inactivada através da adição de um ácido (e.g. ácido cítrico) ou através da refrigeração da mesma. A benzoquinona, produto da oxidação do catecol, é um antimicrobial natural que previne na maior parte dos casos a infecção de plantas (principalmente nos seus frutos) por parte de microorganismos. A oxidação do catecol é também utilizada em laboratório para investigação oncológica. Alguns ensaios científicos provaram a eficácia dos produtos da oxidação do catecol (várias espécies químicas de quinonas e superóxidos) no combate a células de glioblastomas.