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Castelo de Portalegre - Wikipédia, a enciclopédia livre

Castelo de Portalegre

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Castelo de Portalegre, Portugal: uma das portas rasgadas na cerca da cidade.
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Construção ()
Estilo
Conservação
Homologação
(IPPAR)
N/D
Aberto ao público

O Castelo de Portalegre, no Alentejo, localiza-se na cidade de mesmo nome, freguesia da Sé concelho e Distrito de Portalegre, em Portugal.

Em posição dominante sobre a povoação, destaca-se pelo contraste entre a cor escura das suas muralhas e o branco da cal das casas em redor. Sua primitiva função era a defesa da raia alentejana, frente a Castela.

Índice

[editar] História

[editar] Antecedentes

Não existem muitas informações acerca da primitiva ocupação humana de seu sítio. A toponímia deriva de Portus Alacer (porto álacre), tradicionalmente considerada como um estabelecimento Romano.

[editar] O castelo medieval

As informações históricas remontam apenas à época da Reconquista cristã da península Ibérica, quando D. Afonso III (1248-1279) concedeu foral à vila, organizada em Concelho (1259), quando terão se iniciado as obras de sua defesa.

O seu filho e sucessor D. Dinis (1279-1325) procedeu ao reforço dessa defesa a partir de 1290, assim como a construção da cerca da vila, motivado tanto pelo aumento dos limites urbanos, quanto pelas necessidades de defesa da fronteira frente aos domínios de Castela. A vila, objeto de disputa entre o soberano e seu irmão, o infante D. Afonso, sofreu o assédio das tropas do soberano em 1299, com o auxílio de forças da Ordem dos Templários e da Ordem de Avis.

Durante a época moderna, a cerca amuralhada da vila sofreu obras de reforço. No século XVI foi reconstruída a abóbada da torre de menagem, agora com estrutura polinervada, supõe-se que substituindo o primitivo sistema, gótico, de cruzaria, então arruinado.

[editar] Da Guerra da Restauração aos nossos dias

No contexto da Guerra da Restauração, a defesa deste trecho da fronteira readquiriu importância estratégica. Por esta razão, foram iniciadas obras de modernização e reforço do conjunto defensivo, que se desenvolveram entre 1641 e 1646, adaptando-o aos tiros da artilharia da época.

Durante a Guerra da Sucessão Espanhola, entretanto, as defesas da vila foram insuficientes, vindo a mesma a ser ocupada por tropas hispano-francesas (1704).

Quando da Guerra Peninsular, Portalegre reagiu às tropas napoleônicas invasoras estacionadas na região (1808).

Entre os séculos XVII e XVIII, a prosperidade da vila é atestada pelas suas construções civis e religiosas em estilo barroco. O crescimento urbano impôs, a partir do século XIX, o abandono, ruína e destruição de diversos troços do conjunto militar, classificado no século XX como Monumento Nacional por Decreto publicado em 29 de Junho de 1922. A intervenção do poder público, entretanto, fez-se sentir apenas na década de 1960, com obras de consolidação, restauro e reconstrução a cargo da DGEMN. Foram assim, demolidas diversas construções adossadas aos antigos muros, reconstituindo-se, em diversos troços os parapeitos e as ameias.

O Núcleo Museológico do Castelo foi fundado em 1999, por iniciativa da Região de Turismo de São Mamede e da Câmara Municipal de Portalegre, expondo peças de armaria, do século XV até à Primeira Guerra Mundial.

[editar] Características

O castelo, de planta no formato de um polígono octogonal, irregular, ergue-se a Leste da atual cidade. Nele destaca-se a Torre de Menagem, de planta quadrangular, integrada na muralha, protegendo o portão principal. Marcada hoje por elementos do estilo gótico, ela se divide internamente em dois pavimentos recobertos por abóbadas, rasgados por portas e janelas. Fronteiro a esta torre, abre-se a praça das armas, delimitada por duas torres nos ângulos das cortinas, e na qual se identificam vestígios de edificações.

A dupla muralha da vila, de planta ovalada irregular, edificada por D. Dinis e posteriormente modificada, era reforçada por doze torres, e nela se rasgavam sete portas (do Postigo, de Alegrete, de Elvas, da Devesa, do Espírito Santo, do Bispo e de São Francisco), das quais restam apenas três: a Porta de Alegrete, a Porta do Crato e a Porta da Devesa. Embora descaracterizada em diversos trechos, o seu circuito é ainda identificável pelo traçado das ruas.

Do reforço defensivo erguido em meados do século XVII, são testemunhos o Fortim de São Cristóvão, o Fortim de São Pedro e o Fortim da Boavista, diante das muralhas medievais às quais se ligavam, conferindo à defesa o formato de um polígono estrelado, em voga à época.

[editar] Ligações externas


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Ver também: Fortalezas de Portugal
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