Batalha dos Porongos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Batalha dos Porongos | |||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
Revolução Farroupilha | |||||||
|
|||||||
Combatentes | |||||||
República Rio-Grandense | Império do Brasil | ||||||
Comandantes | |||||||
David Canabarro Teixeira Nunes |
Francisco Pedro de Abreu |
A batalha dos Porongos ocorreu no fim da Revolução Farroupilha. Terminou com o massacre do corpo de lanceiros negros de Teixeira Nunes, que estavam acampados na curva do arroio Porongos, (no atual município de Pinheiro Machado), quando foram atacados pelos imperiais.
[editar] História
Em novembro de 1844, estavam todos em pleno armistício. Os lanceiros negros, acampados no cerro de Porongos e liderados por David Canabarro, foram atacados por forças sob o comando de Francisco Pedro de Abreu. O corpo de lanceiros negros, cerca de 100 homens de mãos livres tentaram resistir ao ataque, mas foram quase todos mortos. Também foram presos mais de 300 republicanos, entre brancos e negros, e 35 oficiais.
Cogita-se se que a matança teria sido combinada com Canabarro para exterminar os integrantes, que poderiam formar bandos após o término da guerra, que já estava sendo tratado. A questão da abolição da escravatura, uma das condições exigidas pelos farroupilhas para a paz, entravava as negociações. A libertação definitiva dos ex-escravos combatentes, precipitaria um movimento abolicionista no resto do império, e a mão de obra escrava vinha mantendo a produção agrícola desde os tempos coloniais.
Foi mencionada à época uma carta do barão de Caxias instruindo Francisco Pedro de Abreu a atacar o corpo de lanceiros negros e afirmando que tal situação teria sido previamente combinada com Canabarro. Esta carta foi mostrada em Piratini, a um professor ligado aos demais comandantes farrapos. A autenticidade desta carta foi questionada, e há a possibilidade de ela ter sido forjada nas hostes imperiais para desmoralizar Canabarro.
O desastre dos Porongos levou Canabarro ao tribunal militar farroupilha. Com a paz o trâmite continuou na justiça militar do Império. O General Manuel Luís Osório, futuro comandante das tropas brasileiras na batalha de Tuiuti (durante a Guerra do Paraguai) fez com que o processo fosse arquivado sem ter sido concluído, em 1866.
[editar] Referências
[editar] Bibliografia
- DONATO, Hernâni. Dicionário das Batalhas Brasileiras. São Paulo: Editora Ibrasa, 1987.