Batalha de Matapão
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Batalha de Matapão | |||||||
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Combatentes | |||||||
Armada Cristã | Turcos | ||||||
Comandantes | |||||||
Lopo furtado de Mendonça | Ibrahim-Paxá | ||||||
Forças | |||||||
dez naus, dois brulotes, dois transportes e uma tartana | cinquenta e quatro naus |
A Batalha de Matapão foi travada em 19 de julho de 1717, no Cabo de Matapão, entre a Armada Cristã e Turcos.
[editar] História
Durante as guerras que agitaram a Europa por causa da sucessão ao trono espanhol, a República de Veneza tinha-se conservado neutral, o que não a impedira de, pouco a pouco, ir perdendo a sua antiga preponderância enquanto a Turquia se fortalecia novamente. Perante a ameaça dos turcos sobre a Itália, o Papa pede auxílio aos reis de Portugal e Espanha. D. João V mandou uma armada composta por seis naus, um brulote, um transporte e uma tartana, com 390 canhões e uma guarnição de quase dois mil e seiscentos homens, comandada por Lopo Furtado de Mendonça, conde de Rio Grande. Foi a esquadra fundear em Liorne, perto da Itália, no Mediterrâneo, de onde partiu em seguida com rumo a Corfu, que o Conde de Schulemberg defendia valentemente contra as constantes investidas dos turcos. No entanto, bastou a aproximação da esquadra para que os turcos levantassem o bloqueio a Corfu - onde haviam perdido cerca de mil combatentes, e assim o conde de Rio Grande voltou sem combater devido à retirada do inimigo. Em Abril de 1717 os navios portugueses levantaram ferro para irem ao encontro da armada veneziana, e estando reunidos todos os elementos de combate percorreram as águas do arquipélago, procurando os navios turcos. Foram os turcos os primeiros a abrir fogo, alvejando a armada cristã, que nessa altura era apenas composta pelos navios portugueses, com duas naus de Malta e uma de Veneza. Eram dez naus, dois brulotes, dois transportes e uma tartana, contra cinquenta e quatro naus turcas, que, no entanto, dispunham de menor poder de fogo. O conde de São Vicente não deixava descansar as suas peças e os seus artilheiros, e os turcos davam visíveis sinais de desânimo. Por seu lado, o conde de Rio Grande e Pedro de Sousa Castelo Branco iam submetendo os turcos a uma tempestade de ferro e fogo.
Terminada a batalha pela fuga das poucas embarcações otomanas que conseguiram escapar a coberto da escuridão, a esquadra portuguesa apresentava grandes danos, com a mastreação quebrada, as velas em farrapos, os cabos pendentes e numerosos rombos nos cascos, felizmente para os portugueses quase todos acima da linha de água. Mas a frota do turco Ibrahim-Paxá tinha ficado praticamente destruída.