Atropina
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Atropina
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Nome IUPAC (sistemática) | |
(8-methyl-8-azabicyclo[3.2.1]oct-3-yl) 3-hydroxy-2-phenylpropanoate | |
Identificadores | |
CAS | 51-55-8 |
ATC | A03BA01 |
PubChem | 174174 |
DrugBank | APRD00807 |
Informação química | |
Fórmula molecular | C17H23NO3 |
Massa molar | 289.369 |
Farmacocinética | |
Biodisponibilidade | 25% |
Metabolismo | ? |
Meia-vida | 2 horas |
Excreção | Urina |
Considerações terapêuticas | |
Administração | Via oral, IV, via retal |
A atropina é um alcalóide, encontrado na planta Atropa belladonna e outras de sua família, que interfere na acção da acetilcolina no organismo. Ele é um antagonista muscarínico que age nas terminações nervosas parassimpáticas inibido-as.
A Atropa belladona (ou erva-moura mortal) fornece principalmente o alcalóide Atropina (dl-hiosciamina). O mesmo alcalóide é encontrado na Datura stramonium, conhecida como estramônio ou figueira-do-inferno, pilrito, ou ainda maçã-do-diabo. A atropina é formada por ésteres orgânicos pela combinação de um ácido aromático (ácido trópico) e bases orgânicas complexas formando tropina (tropanol).
Índice |
[editar] Propriedades
Atua bloqueando o efeito do nódulo sinoatrial, o que aumenta a condução através do nódulo atrioventricular e consequentemente o batimento cardíaco. No estômago e intestino pode ser usado como agente antiespasmódico para os distúrbios gastrintestinais e tratamento da úlcera péptica. Atropina reduz sua função secretória. Em doses mínimas, a atropina inibe a atividade das glândulas sudoríparas e a pele torna-se seca e quente. A transpiração pode ser inibida a ponto de aumentar a temperatura corpórea, porém este efeito é notável apenas depois da utilização de doses altas, ou sob temperaturas ambientes elevadas. Nos lactentes e nas crianças, doses moderadas dos pode causar febre atropínica.
[editar] Farmacocinética
Tem absorção veloz no trato gastrintestinal. Ela também chega a circulação quando for aplicada topicamente na mucosa do corpo. A absorção pela pele íntegra é pequena, embora seja eficiente na região retroauricular. ; o metabolismo hepático é responsável pela eliminação de aproximadamente 50% da dose, enquanto o restante é eliminado inalterado na urina. A atropina atravessa a barreira placentária. A atropina é absorvida rapidamente pelo trato gastrintestinal. Ela também chega a circulação quando for aplicada topicamente na mucosa do corpo. A absorção pela pele íntegra é pequena, embora seja eficiente na região atrás da orelha. A atropina tem meia-vida de cerca de 2 horas; e o metabolismo hepático é responsável pela eliminação de aproximadamente metade da dose, enquanto o restante é excretado sem alterações na urina.
[editar] Ação farmacológica
A atropina é um antagonista competitivo das ações da acetilcolina e outros agonistas muscarínicos. Ela compete com estes agonistas por um local de ligação comum no receptor muscarínico. Como o antagonismo da atropina é competitivo, ele pode ser anulado se a concentração da Acetilcolina ou de agonistas colinérgicos nos locais receptores do órgão efetor for aumentada suficientemente. Todos os receptores muscarínicos (M1 a M5) são passíveis de serem bloqueados pela ação da atropina: os existentes nas glândulas exócrinas, músculos liso e cardíaco, gânglios autônomos e neurônios intramurais.
A atropina quase não produz efeitos detectáveis no SNC nas doses usadas na prática clínica. Em doses terapêuticas (0,5 a 1,0mg), a atropina causa apenas excitação vagal suave em conseqüência da estimulação da medula e centros cerebrais superiores. Com doses tóxicas da atropina a excitação central torna-se mais acentuada, produzindo agitação, irritabilidade, desorientação, alucinações ou delírio. Com doses ainda maiores, a estimulação pode ser seguida de depressão resultando em colapso circulatório e insuficiência respiratória depois de um período de paralisia e coma.
O efeito principal da Atropina no coração é alterar a freqüência cardíaca. Embora a resposta predominante seja taquicardia, a freqüência cardíaca muitas vezes diminui transitoriamente com as doses clínicas médias (0,4 a 0,6 mg). Em doses clínicas, a atropina reverte totalmente a, vasodilatação periférica e redução súbita da pressão sangüínea causadas pelos ésteres da colina. Por outro lado, quando administrada isoladamente, seu efeito nos vasos sangüíneos e pressão arterial não é acentuado nem constante.
A atropina inibe as secreções do nariz, boca, faringe e brônquios e, dessa forma, resseca as mucosas das vias respiratórias. Essa ação é especialmente pronunciada se as secreções forem excessivas e constitui-se na base para a utilização da Atropina como medicamento pré-anestésico.
[editar] Indicações
- Parassimpaticolítico
- Anti-espasmódico
- Anti-secretor
- Intoxicação por inseticidas (organofosforados)
[editar] Contra-indicações
- Glaucoma
- Íleo paralítico
- Estenose pilórica
- Hipertrofia prostática
- Coronariopatias
[editar] Efeitos Adversos
Como qualquer bloqueador colinérgico causa secura de lábios, constipação instestinal, alucinações, tremores, fadiga, fotofobia, entre outros.