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Arzila (em língua árabe: أصيلة - Aṣīla) é uma cidade do litoral Norte de Marrocos.
Foi uma possessão Portuguesa entre 1471 e 1550 e, novamente, entre 1577 e 1589.
Como parte da política de expansão ultramarina portuguesa, foi conquistada pelo rei D. Afonso V (1438-1481), com uma poderosa armada (477 navios e 30 mil homens), a 24 de Agosto de 1471. Tal como a Praça-forte de Tânger, recebeu famílias judias espanholas após 1490, para ali direcionadas pela Coroa Portuguesa, com o fim de colonização.
A partir de 1509, a sua fortificação foi ampliada e reforçada, com traça de Diogo Boitaca, que reconstruiu o castelo e a cerca amuralhada de seu porto, combinando elementos arquitetônicos tradicionais como a torre de menagem e a couraçada, com outros mais evoluídos, como os baluartes com canhoneiras da "Porta da Vila" e o da "Pata da Aranha".
A praça foi abandonada pelas forças portuguesas em 1550, após a reconquista muçulmana da Praça-forte de Fez (1549) e novamente ocupada de 1557 a 1589.
[editar] Património edificado
Em termos de património edificado, a cidade conserva diversos vestígios da ocupação portuguesa, nomeadamente da sua fortificação como as muralhas, baluartes, a Torre de Menagem e o fosso. Sobre a chamada "Porta da Terra", encontra-se ainda o brasão de armas de Portugal.
[editar] Ver também
Antigos territórios e colónias do Império Português |
(Princípio: 1415; Fim: 1999 ou 2002) |
Norte de África: |
Aguz (1506-1525) • Alcácer-Ceguer (1458-1550) • Arzila (1471-1550, 1577-1589) • Azamor (1513-1541) • Ceuta (1415-1640) • Mazagão (1485-1550, 1506-1769) • Mogador (1506-1525) • Safim (1488-1541) • Agadir (1505-1769) • Tânger (1471-1662) • Ouadane (1487-meados do século XVI) |
África subsariana: |
Acra (1557-1578) • Angola (1575-1975) • Ano Bom (1474-1778) • Arguim (1455-1633) • Cabinda (1883-1975) • Cabo Verde (1642-1975) • São Jorge da Mina (1482-1637) • Fernando Pó (1478-1778) • Costa do Ouro Portuguesa (1482-1642) • Guiné Portuguesa (1879-1974) • Melinde (1500-1630) • Mombaça (1593-1698, 1728-1729) • Moçambique (1501-1975) • Quíloa (1505-1512) • Fortaleza de São João Baptista de Ajudá (1680-1961) • São Tomé e Príncipe 1753-1975 • Socotorá (1506-1511) • Zanzibar (1503-1698) • Ziguinchor (1645-1888) |
Ásia Ocidental: |
Bahrein (1521-1602) • Ormuz (1515-1622) • Mascate (1515-1650) • Bandar Abbas (1506-1615) |
Subcontinente indiano: |
Ceilão Português (1518-1658) • Laquedivas (1498-1545) • Maldivas (1518-1521, 1558-1573) • Índia Portuguesa: Baçaím (1535-1739); Bombaim (Mumbai) (1534-1661); Calecute (1512-1525); Cananor (1502-1663); Chaul (1521-1740); Chittagong (1528-1666); Cochim (1500-1663); Cranganor (1536-1662); Dadrá e Nagar-Aveli (1779-1954); Damão (1559-1962); Diu (1535-1962); Goa (1510-1962); Hughli (1579-1632); Nagapattinam (1507-1657); Paliacate (1518-1619); Coulão (1502-1661); Salsette (1534-1737); Masulipatão (1598-1610); Mangalore (1568-1659); Surate (1540-1612); Thoothukudi (1548-1658); São Tomé de Meliapore (1523-1662; 1687-1749) |
Ásia Oriental e Oceânia: |
Bante (séc. XVI-XVIII) • Flores (século XVI-XIX) • Macau, como estabelecimento português, colónia e província ultramarina (1557-1976); como território chinês sob administração portuguesa (1976-1999) • Macáçar (1512-1665) • Malaca Portuguesa (1511-1641) • Molucas (Amboina 1576-1605, Ternate 1522-1575, Tidore 1578-1650) • Nagasaki (1571-1639) • Timor Português (Timor-Leste), como colónia e província ultramarina (1642-1975), invadida pela Indonésia, sobre o nome de Timor Timur (1975-1999), como protectorado (1999-2002) |
América do Norte: |
Terra Nova (1501–1570?) • Labrador (1501-1570?) Nova Escócia (1519–1570?) |
América Central e do Sul: |
Brasil (1500-1822) • Barbados (1536-1620) • Província Cisplatina (1808-1822) • Guiana Francesa (1809-1817) • Nova Colónia do Sacramento (1680-1777) • (Colonização do Brasil) |
Madeira e Açores |
Estes dois arquipélagos, localizados no Atlântico Norte, foram colonizados pelos portugueses no início do século XV e fizeram parte do Império Português até 1976, quando se tornaram regiões autónomas de Portugal; no entanto, já desde o século XIX que eram encaradas como um prolongamento da metrópole europeia (as chamadas Ilhas Adjacentes) e não colónias. O estatuto especial dos arquipélagos (região autónoma) continuou até hoje, sem grandes alterações. |