Antropologia Difusionista
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DIFUSIONISMO E A HISTÓRIA-CULTURAL (início do sec XX: 1901 a 1911) ® fenômeno de difusão e dos contatos entre os povos. No início deste século haviam dois difusionistas radicais: Rivers (o primeiro a declarar guerra contra o evolucionismo). W. Perry e Elliot Smith (difusionistas britânicos, discípulos de Rivers). Explicavam as diferenças e semelhanças culturais apelando a convenientes combinações de migrações, adições e mesclas. Smith desenvolveu a idéia de que todo o inventário cultural do mundo se formou no Egito. A idéia deles era que a difusão começou em um só ponto no leste (Egito), daí se irradiou para todo o mundo. A imagem associada ao difusionismo é a de uma pequena pedra que quando jogada na água provoca deslocamentos nesta em forma de ondas circulares, onde cada onda tem suas características e amplitudes. Essas idéias foram derrubadas pelas comprovações arqueológicas de que no mundo antigo as idéias originais em diferentes culturas eram mais freqüentes do que hoje em dia. O difusionismo foi importante no começo do século XX por ser uma teoria alternativa da compreensão da diversidade cultural. A diversidade cultural era entendida como resultado da difusão de alguns traços culturais vindos de um único centro. O Egito seria o centro original dessa difusão. Nos EUA, o pensamento difusionista culminou com a elaboração do conceito de áreas culturais, unidades geográficas relativamente pequenas baseadas na distribuição contígua de elementos culturais. Na Europa a mesma tendência deu origem a noção de "círculos culturais", complexos de partes culturais que tinham perdido o local geográfico original de seu início e se apresentavam dispersos pelo mundo. Origem do conceito de área cultural: teve sua origem nas exigências práticas da investigação etnográfica americana. Foi elaborada como um instrumento para classificar e representar cartograficamente os grupos tribais. O desenvolvimento das coleções etnográficas no Museu Americano de História Natural e no Museu de Chicago coincidiu com a tendência contra o evolucionismo, propiciou a aparição de categorias geográficas usadas como unidades de exposição para a ordenação dos materiais em seções ou salas. Franz Boas (1858-1942), nos EUA entre 1915-1930 defende uma corrente denominada Histórica. Rejeitou o evolucionismo e defendeu essa visão histórica da cultura porque era a única capaz de permitir compreender a situação e as características atuais de qualquer sociedade. Para Boas a história cultural era a única forma capaz de permitir conhecer a situação e as características de qualquer sociedade. Na comparação das histórias culturais individuais do crescimento e que podem surgir as leis gerais do desenvolvimento humano. Boas, se preocupa com a individualidade e a diversidade das culturas. Pode-se dizer que foi um dos pais do funcionalismo, porque considerava cada grupo cultural em sua totalidade.