António Ferro

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António Ferro (Lisboa, 1895 - 1956) foi um poeta, jornalista e político português.

António Ferro foi uma das figuras da História de Portugal do século XX. Foi um dos homens que lutou pela cultura em Portugal, pela sua divulgação, e acima de tudo pelo seu fomento. Dirigiu a máquina de propaganda do regime do Estado Novo entre 1933 e 1949.

Editor da revista Orpheu, foi jornalista nos jornais O Jornal, O Século e Diário de Notícias, dirigiu a revista Ilustração Portuguesa e fundou ainda a Revista Panorama.

Fascista confesso (fascinado por Benito Mussolini e pelos regimes ditatoriais da época), foi ele quem sugeriu a Salazar a criação de um organismo que fizesse propaganda aos grandes feitos do Regime. Esse organismo seria designado por Secretariado de Propaganda Nacional (SPN) até ao final da II Guerra Mundial, quando passa a chamar-se Secretariado Nacional de Informação (SNI). Ferro dirigiu o organismo até 1949, quando partiu para a Legação portuguesa em Berna. Esteve ligado às áreas do espectáculo, jornalismo, turismo e às actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1935) e de Nova Iorque (1938), fundador do Museu de Arte Popular, do Grupo de Bailado Verde Gaio e presidente da Emissora Nacional (1941).

Como era essencialmente um homem de cultura e de espírito, Ferro serviu-se do organismo criado para defender e divulgar os artistas e as obras mais arrojadas da nossa modernidade.Travou lutas com os conservadores do regime em defesa da arte moderna. António Ferro foi casado com a poetisa Fernanda de Castro, pai do Poeta António Quadros e Avô da escritora Rita Ferro