Antão Vasques de Almada
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou seção precisa ser wikificado. Por favor ajude a formatar este artigo de acordo com as diretrizes estabelecidas no livro de estilo. (Fevereiro de 2008) |
Antão Vasques de Almada foi um apoiante do mestre de Avis.
Em carta datada de 26 de Agosto de 1386, do Arcebispo de Braga, D. Lourenço, dirigida a D. João de Ornelas, Abade de Alcobaça, encontram-se relatados alguns episódios da Batalha de Aljubarrota, mencionando: "Jam Vasques de Almada e Antom Vasques seu irmão (...)".
Segundo Joaquim Freire nos "Fronteiros de Portugal", foi um dos "vinte e nove heróis" que "falando rosto a rosto, com o Mestre de Avis, se lhe ofereceram e o concitaram a ir para a luta".
Ainda segundo o mesmo, na obra citada, diz que foi armado Cavaleiro em Aljubarrota e que "foi o comandante da Ala Esquerda em Aljubarrota (a ala da Madre-Silva), com duzentas lanças e cem besteiros e um dos que mais concorreram para a derrota dos Castelhanos, tendo tomado a bandeira de Castela".
Oliveira Martins, na "Vida de Nuno Alvares - Aljubarrota -"referindo-se aos despojos da batalha, diz: "mas nenhum encheu de maior alegria o Rei, do que a bandeira de Castela, verde com o dragão bordado, que Antão Vasques lhe trazia aos ombros, vestido com ela, a dançar. Dando-lha, disse-lhe: -tomai Senhor, essa bandeira do maior inimigo que no mundo tínheis -. E afastando-se bailando, à luz dos archotes, entre as fortes gargalhadas dos guerreiros contentes".
Na "Crónica do Condestável de Portugal D. Nuno Alvares Pereira" cap. 49, quando conta que tendo El-Rei mandado o condestável juntar gente para a batalha (Aljubarrota) este passou "per o Porto de Muja" tendo-o abandonado a maior parte dos homens que levava "per temor dos Castelhãos que estavã em Santarém", lêem-se as seguintes referências a Antão Vasques -um dos que ficou -: "o qual aquela noite nunca dormiu, guardando a ponte de Muja: e dizendo que todolos Castelhãos de Santarém per hi viessem que ele defenderia aquela ponte: ca ele era homem de solta palavra: e porem assas valente: que posto que o bem dissesse também o faria".
No "Portugal Histórico" - Dinastia de Avis - de Fernando Mendes, pag. 52 e 53, lê-se a respeito das campanhas que se seguiram à Batalha de Aljubarrota: "Antão Vasques, num ímpeto patriótico, resolveu-se a combater sob a bandeira de Nuno Álvares Pereira e saiu de Lisboa à procura do condestável. Sabendo em Estremoz que D. Nuno havia partido, reúne uns quatrocentos homens e entra com eles em Castela. A sua acção foi, deveras, prodigiosa. Castelos e Vilas caíram em seu poder pondo algumas destas a resgate. Na volta, soube que uns oitocentos castelhanos se haviam fortificado num monte, afim de lhe cortarem a retirada. Antão Vasques, a despeito da vantajosa posição do inimigo e da inferioridade numérica dos valentes que o acompanhavam, marcha sobre os castelhanos, trepa a eminência que lhes servia de castelo, desaloja-os e toma serenamente o caminho de Portugal, trazendo consigo cinco mil vacas, mil porcos e mil ovelhas que apreendera em Castela".
No "Mobiliário de Famílias de Portugal" de Felgueiras Gaio, tomo I pag. 11, edição de Agostinho de Azevedo Meireles e Domingos de Araújo Afonso (1938), "Relação dos Fidalgos que o Sor. Rei D. João I armou Cavaleiros antes de entrarem na Batalha de Aljubarrota, pela sua própria mão como consta das memórias para a História de Portugal, que compreende o governo do dito Rei o Sor. D. João I, liv. 3º cap. 252 fl. 1233.
- João Vasques de Almada
- Rui Vasques de Castelobranco
- Afonso Pires da Charneca, irmão do Doutor Martim Afonso
- .................
- Antão Vasques de Almada, que outros dizem de Lisboa.
Na "Monarquia Luzitana" de Fr. Manuel dos Santos, cap. VIII pag. 748, lê-se a propósito da Batalha de Aljubarrota na descrição da formatura do exército português: ".......na ala esquerda, que sahia da outra parte oposta, puserão outras duzentas lanças em que entravam alguns Ingleses auxiliares, mandados de Inglaterra pelos Embaixadores que estavam em Londres; sua bandeira a de S. Jorge; e seus Capitães Antão Vasques de Almada, João Monferrara e Martins Paulo; ........Os Fidalgos e Escudeiros de nome que eram presentes no exército, e ganharam com El-Rei esta batalha de tanta glória forão: O Arcebispo Primaz D. Lourenço Vicente, o Condestável D. Nuno Alvares Pereira, Diogo Lopes Pacheco, ......o Doutor João das Regras, o Doutor Gil Docena, o Doutor Martim Afonso da Charneca, .......estes já eram armados Cavaleiros; os seguintes eram Escudeiros: João Vasques de Almada, Antão Vasques de Almada, Rui Brás de Castelobranco, Affonso Pires da Charneca."
No mesmo livro, cap. XXXIII pg. 701 - notícia das pessoas Eclesiásticas e Seculares, que foram presentes nas Côrtes acima de Coimbra, diz: - Antão Vasques de Almada, Alcaide Mór de Lisboa, neste tempo das Cortes, e cavaleiro valoroso desta ilustre família.
Sobre Antão Vasques de Almada, além das obras acima citadas, ver também "Dicionário Popular" de Manuel Pinheiro Chagas, tomo 3º pg. 107; colecção "Portugal Histórico" - Dinastia de Avis - de Fernando Mendes; "Auto de Aljubarrota" de Ramiro de Campos.
[editar] Dados Genealógicos
Filho de: Vasco Lourenço de Almada