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André Breton - Wikipédia, a enciclopédia livre

André Breton

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

André Breton
André Breton

André Breton (Tinchebray (Orne), 19 de fevereiro de 1896 - Paris, 28 de setembro de 1966) foi um escritor francês, poeta e teórico do surrealismo.

De origem modesta, iniciou, sem entusiasmo, estudos em Medicina sob pressão da família. Mobilizado para o exército, na qualidade de enfermeiro, para Nantes em 1916, ali trava conhecimento com Jacques Vaché, filho espiritual de Alfred Jarry, um jovem sarcástico e niilista que viveu a vida como se de uma obra de arte se tratasse e que morreu aos 24 anos em circunstâncias bastante suspeitas (a tese do suicídio é controversa). Jacques Vaché, que não mais deixou do que cartas de guerra, teve uma enorme influência no espírito criativo de Breton: enfraquecendo a influência de Paul Valéry e, deste modo, determinando tanto a sua concepção de "Poète" (Le Pohète segundo Vaché), como a de humor e de arte.

Em 1919, Breton funda com Louis Aragon e Philippe Soupault a revista Littérature e entra, também, em contato com Tristan Tzara (fundador do Dadaismo). Em Les Champs magnétiques (escrito em colaboração com Soupault), coloca em prática o princípio da escrita automática. Breton publica o Primeiro Manifesto Surrealista, em 1924.

Um grupo se constitui em torno de Breton: Philippe Soupault, Louis Aragon, Paul Éluard, René Crevel, Michel Leiris, Robert Desnos, Benjamin Péret. No afã de juntar a idéia de « Mudar a vida » de Rimbaud e a de « Transformar o mundo » de Marx, Breton adere ao Partido Comunista em 1927, do qual será excluido em 1933. Ele vive sobretudo da venda de quadros em sua galeria de arte. Sob seu impulso, o surrealismo torna-se um movimento europeu que abrange todos os domínios da arte e coloca profundamente em questão o entendimento humano e o olhar dirigido às coisas ou acontecimentos. Inquieto por causa do governo de Vichy, Breton se refugia em 1941 nos Estados Unidos da América e retorna a Paris em 1946, onde continurá até sua morte a animar um segundo grupo surrealista, sob a forma de exposições ou de revistas (La Brèche, 1961-1965).

Índice

[editar] Temas

Os adversários de Breton chamaram-no, ironicamente, o "papa do surrealismo". Ora, se o autor dos manifestos teve uma influência decisiva sobre este movimento, jamais ele se achava isolado, jamais ele foi o "chefe": toda idéia de constrangimento, seja militar, clerical ou social, suscitava nele uma revolta profunda.

Apresentando aqueles que foram seus objetivos André Breton escreveu: «A vida verdadeira está ausente, já dizia Rimbaud. Este será o instante a não deixar passar para a reconquistar. Em todos os domínios, eu penso que será necessário aportar a esta busca toda audácia de que o homem seja capaz.» E Breton acrescenta algumas palavras de ordem: « Fé persistente no automatismo como sonda, esperança persistente na dialética (aquela de Heráclito, de Mestre Eckhart, de Hegel) para resolução das antinomias que desafiam o homem, reconhecimento do acaso objetivo como índice de reconciliação possível dos fins da natureza e dos fins do homem aos olhos deste último, vontade de incorporação permanente ao aparelho psíquico do humor negro que, a uma certa temperatura pode ter o papel de válvula, preparação da ordem prática a uma intervenção sobre a vida mítica, que, na maior escala, figura de limpeza. » (A chave dos campos)

Sem falso pudor, André Breton se entrega, em "Os Vasos Comunicantes", a uma análise de um de seus sonhos e mostrou como este sonho, emancipação de pulsões profundas, lhe indicou uma solução que ele não pode encontrar com ajuda da atividade consciente.

Para Breton, o amor é como um sonho, uma maravilha na qual o homem reencontra o contacto com as forças profundas. Amante do amor, ele denuncia a sociedade por haver feito frequentemente das relações entre homem e mulher uma maldição, da qual nascerá a idéia mística do amor único. Portanto, ele se ergue com todas as forças contra a idéia de que o amor, sob efeito do tempo, por exemplo, seja devotado a um desperdício fatal. O reencontro entre homem e mulher constitui «um só bloco de luz», logo, «a carne é sol».

O que Breton reabilita sob o nome de acaso objetivo é a velha crença na simpatia entre os homens, na telepatia, em certas formas de premonição. Mas esta noção é depurada a seus olhos de todo fundamento místico. Para sublinhar seu acordo com o materialismo dialético, ele cita Friedrich Engels : « Não se pode compreender a causalidade senão em ligação com a categoria de acaso objetivo, forma de manifestação da necessidade ». Na suas obras, o poeta analisa longamente os fenómenos do acaso objetivo dos quais ele foi o beneficiário transtornado. Nadja parece possuir um poder mediúnico que lhe permite predizer certos acontecimentos. Assim, ela anuncia que tal janela vai se iluminar de uma luz vermelha, o que se produz quase imediatamente aos olhos de um Breton maravilhado. Michel Zeraffa tentou resumir assim a teoria de Breton : « O cosmos é um criptograma que contém um decriptador: o homem. » (Le surréalisme, entretiens dirigés par F. Alquié). Assim avalia a evolução da arte poética do simbolismo ao surrealismo, de Gérard de Nerval e Charles Baudelaire a Breton (ver : « A Natureza é um templo onde vivos pilares / Deixam filtrar não raro insólitos enredos / O homem o cruza em meio a um bosque de segredos / Que ali o espreitam com seus olhos familiares. » Correspondências, As flores do mal).

O humor negro é um recurso essencial do surrealismo. A negação que ele comporta do princípio de realidade é o fundamento mesmo. O humor negro, como mostra as obras de Lautréamont e Jarry, « pode unicamente ter o papel da válvula». E não é por acaso, que a Antologia do Humor negro fui publicada no ano sombrio de 1939, quando a derrota da Espanha estava consumada, quando já uma grande parte da Europa foi invadida. Portanto, o amor da vida, o amor louco impede Breton de cair em desespero. Mais ainda que de humor negro, deve-se falar, a propósito de sua obra, como da de Benjamin Péret, de uma « síntese da imitação da natureza sob suas formas acidentais, de um lado, e do humor de outra parte, como triunfo paradoxal do princípio de prazer sobre as condições reais. » (Michel Carrouges)

[editar] Bibliografia

[editar] Ensaios

  • Manifesto do surrealismo (1924)
  • O surrealismo e a pintura (1928-1965)
  • Segundo manifesto (1929)
  • Antologia de l'humour noir (1940)
  • Prolegómenos a um terceiro manifesto ou não (1942)
  • Flagrante delito (1949) (Breton denuncia como falso um suposto manuscrito de Rimbaud)
  • Do surrealismo em suas obras vivas (1953)

[editar] Poesia e textos poéticos

  • Mont de piété (1919)
  • Clair de terre (1923)
  • Nadja (1928-1963)
  • Os vasos comunicantes (1932)
  • Point du jour (1934)
  • O amor louco (1937)
  • Martinica, Encantadora de Serpentes (1941-1943)
  • Arcano 17 (1944)
  • A chave dos campos (1953)

[editar] Ligações externas


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