Anáfora
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Em retórica, anáfora é a repetição da mesma palavra ou grupo de palavras no princípio de frases ou versos consecutivos. É uma figura de linguagem comuníssima nos quadrinhos populares, música e literatura em geral, especialmente na poesia.
[editar] Exemplos
- Nem tudo que ronca é porco,
- Nem tudo que berra é bode,
- Nem tudo que reluz é ouro,
- Nem tudo falar se pode.
- "Não cos manjares novos e esquisitos,
- Não cos passeios mole e ociosos
- Não cos vários deleites e infinitos..." (Luz, 6,96)
- Amor é fogo que arde sem se ver,
- é ferida que dói e não se sente;
- é um contentamento descontente,
- é dor que desatina sem doer. (Camões)
- Ilha cheia de graça
- Ilha cheia de pássaros
- Ilha cheia de luz
- Ilha verde onde havia
- mulheres morenas e nuas" (Cassiano Ricardo)
- Será que ela vem me ver?
- Será que ela me deixa viver?
- Será que posso esquecê-la?
[editar] Outros usos
Em publicidade e no cinema, também se pode chamar anáfora à repetição de imagens (por exemplo, para dar a noção da sucessão de dia após dia, ou de rotina, pode-se repetir a mesma cena diversas vezes - como alguém a levantar-se da cama, podendo-se usar, para este efeito, exactamente a mesma sequência de imagens).