América Hispânica
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O termo América Hispânica (em espanhol: Hispanoamérica), ou ainda América espanhola e Hispano-América, se refere às partes da América colonizadas por espanhóis (inclusive os de língua não-castelhana É NOIS NA FITA MANO, como bascos, galegos e catalães). Estas populações representam o grosso do total de hispanófonos no mundo, e são chamadas de "hispano-americanos".
A América hispânica inclui os países na América do Norte, no Caribe, na América Central e na América do Sul que têm a língua espanhola como idioma oficial, ou ainda co-oficial.
É uma região cultural, incluída na América latina, integrando 19 nações com 365 milhões de habitantes. Apesar de estar dentro da América latina, distingue-se dela por não incluir as nações americanas francófonas e lusófonas e da Ibero-América por incluir as nações ibéricas e suas ex-colônias da América.
Índice |
[editar] Países hispano-americanos
País | População | Extensão (km²) | Capital |
---|---|---|---|
Argentina | 38.592.150 | 2.791.810 | Buenos Aires |
Bolívia | 9.627.269 | 1.098.581 | Sucre[1] |
Chile | 15.980.912 | 756.950 | Santiago de Chile |
Colômbia | 41.460.345 | 1.141.748 | Bogotá |
Costa Rica | 4.016.173 | 51.100 | San José |
Cuba | 11.382.820 | 110.860 | Havana |
República Dominicana | 8.895.000 | 48.730 | Santo Domingo |
Equador | 13.710.234 | 283.520 | Quito |
El Salvador | 6.704.932 | 20.041 | San Salvador |
Honduras | 6.974.504 | 112.492 | Tegucigalpa |
Guatemala | 14.655.189 | 108.890 | Cidade da Guatemala |
México | 116.320.115 | 1.972.550 | Cidade do México |
Nicarágua | 5.465.100 | 129.494 | Manágua |
Panamá | 3.140.232 | 78.200 | Cidade do Panamá |
Paraguai | 6.347.884 | 406.750 | Assunção |
Peru | 27.219.264 | 1.285.216 | Lima |
Porto Rico | 3.916.632 | 9.104 | San Juan |
Uruguai | 3.415.920 | 176.220 | Montevidéu |
Venezuela | 27.483.200 | 916.445 | Caracas |
América hispânica | 365.307.875 | 11.444.849 Km² |
Outros países americanos onde há um importante número de hispanófonos como Belize e Estados Unidos não são considerados parte da América espanhola. América Hispânica tem o territorio mais grande no continente americano, sendo mais grande que Estados Unidos por 1.618.219 Km², mais grande que Canadá por 1.460.219 Km² e mais grande que Brasil por 2.929.972 Km².
[editar] Artes e estilos
Depois da conquista da América, os relevantes estilos da Espanha foram gradualmete cultivados: o gótico, o mudéjar, o plateresco, o herreriano, o barroco e o neoclássico. A mão-de-obra indígena, constituída pelas ordens religiosas, contribuiu para aumentar um caráter de exagero decorativo. Os lugares mais importantes foram o México e o Peru. No século XVI, as igrejas eram fortificadas e muito sóbrias; no século XVII desenvolveu-se um estilo heróico e majestoso. É necessário assinalar a importância da arquitetura jesuítica no Paraguai, nas Antilhas, em Havana, na Colômbia, etc. No século XVIII, o período mais fertil, o estilo tornou-se arrebatado, lírico, ultrabarroco. As fachadas das catedrais e das igrejas podem ser comparadas a imensas obras de ourivesaria em pedra. Os grandes retábulos em madeira dourada e as estátuas policromadas atingem o auge do luxo (Igreja do Carmelo, em Potosí). A pintura também tende à riqueza decorativa e à expressão patética (composição religiosa de Gregorio Vázquez na Colômbia, de Miguel Santiago no Equador; a prolífica escola de Cuzco no Peru). A Escultura desenvolveu-se sobretudo no século XVIII (Bernardo Legarda, no Equador).
No início do século XIX os Estados Gabriela livres da América latina ligaram-se às tendências da arte acadêmica italiana e francesa. No século XX, A retomada dos valores nacionalistas determinou o aparecimento de uma pintura voltada para as manifestções populares (escola dos muralistas mexicanos). A arquitetura moderna, ligada às correntes internacionais, desenvolve-se no México e nas diversas capitais.
[editar] Línguas
Levado para a América do Sul e para a América Central, no século XVI, pelos conquistadores, o espanhol afirmou-se como língua da administração colonial, depois dos Estados (excetuando-se o Brasil). A influência das línguas ameríndias é sensivel no léxico: palavras locais, dentre as quais diversas passaram para as línguas européias (maíz, sabana, tabaco, cacao, etc). Existem variantes regionais do espanhol-americano, mas, atualmente, o rádio e a imprensa tendem a impor o castelhano como uma norma. Por outro lado, a pressão da língua literária representa um sólido fator de unidade lingüística.
Além do espanhol, são falados os idiomas indígenas guaraní, aimará, quéchua, maia, entre outras.
O Espanhol e a lingua mais falada no continente Americano já que tem o maior numero de falantes, superando ao numero de falantes de Inglês e Português que são as outras dois linguas mais faladas em América.
[editar] Literatura
- Século XVI: Desde os primeiros tempos da colonização, teve início uma gama de crônicas e de relatos de conquista de grande valor histórico, devido a Gonzalo Fernández de Oviedo, Bartolomé de Las Casas, Francisco lòpez de Gómara, secretário de Cortés, Bernal Diza del Castilho, Álvar Nuñez Cabreza de Vaca, Cieza de León, Agustín de Zárate, Garcilaso de la vega. Uma das primeiras epopéias em língua espanhola, La Araucana(1569-1589), obra de Alonso de Ercilla, é chilena. Também se destacam as epopéias de Pedro de Oña, de Juan de Castellanos, de Bernardo de Balbuena, de Martin del Barco Centenera e, finalmente, a epopéia sacra La cristiada do frade Diego de Hojeda. A chegada dos religiosos, na esteira dos conquistadores, ajudou a organizar a vida intelectual; fundou-se a primeira universidade em São Domingos (1538) e, em 1551, foram criadas as universidades do México e de Lima, esta cidade contando com um teatro público desde 1602. Colaborara, também para o impulsoàs letras no Novo Mundo a obra de L. de Góngora e a fixação, na América espanhola, de escritores, como Mateo Alemán.
- Século XVII: A lietratura hispano-americana contou com ilustres representantes do gênero barroco, como os poetas Juan de Espinosa Meddrano, dito o Lunajero, Pedro De Peralta y Barnuevo, Juan Del Valle Caviedes (Peru); Carlos de Sigüenza y Góngora, Juan Inés de la Cruz (méxico); o dramaturgo Juan Ruiz de Alarcón, os prosadores Alonso de Ovalle (chile). A atividade teatral também foi particularmente brilhante.
- Século XVIII: Período pouco expressivo, no qual só se destacam os poetas Manuel de Navarrete (México) e Rafael Landivar (Guatemala) e o ensaísta equatoriano Francisco Eugenio de Santa Cruz y Espejo. A cada Estado independente que emergiu das lutas pela independencia corresponderia uma literatura própria.
- Influência dos escritores franceses e a criação do movimento modernista por Rubén Dario caracterizam o século XIX.
- Século XX: A literatura romanesca é particularmente fecunda, passando pelo indigenismo, o realismo mágico, o fantástico (na Argentina, notadamente Borges), a pesquisa formal e a exploração da linguagem, brilhantemente ilustrados por M.A. Asturias (Guatemala), A. Carpentier (Cuba), J. Rulfo e C. Fuentes (México), o argentino J. Cortazar, J.r. Ribeyro, M. Vargas losa (Peru), G. Gracia Márquez (Colômbia).
Referências
- ↑ Sucre é a capital e La Paz é a sede do governo, e capital do departamento homônimo.