Alvites
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Concelho | Mirandela |
Área | 17,81 km² |
População | 282 hab. (2001) |
Densidade | 15,8 hab./km² |
Freguesias de Portugal |
Alvites é uma freguesia portuguesa do concelho de Mirandela, com 17,81 km² de área e 282 habitantes (2001). Densidade: 15,8 hab/km².
Situa-se esta freguesia no extremo Este do concelho e no seu limite com o de Macedo de Cavaleiros, a cerca de 7 quilómetros da margem esquerda do rio Tuela. Dista cerca de 15 quilómetros da cidade de Mirandela. Compreende as povoaçőes de Alvites, Açoreira, Lamas de Cavalo e Vale de Lagoa. No limite da Açoreira foi registada uma mina de antimónio em 1882.
[editar] História
Não se pode duvidar de que houve aqui remoto povoamento, desde épocas muito recuadas, visto que existem nas imediaçőes fortificados castrejos e outros vestígios de semelhante antiguidade. É o caso do monte Mel, que domina esta freguesia e assim aparece chamado já no século XI, num dos raros documentos que desta região restam anteriores à Nacionalidade.
Esse povoamento deve ter sido persistente e continuado como parece poder-se inferir do próprio topónimo Alvites que é, talvez, o único documento relativo à antiguidade local de cerca do século XII. Efectivamente, trata-se do patronímico Alvites, do nome pessoal Alvito, muito usado até ao século XIII. O seu significado histórico é inalterável: a propriedade rústica de um indivíduo daquele nome ou daquele patronímico. Quanto à antiguidade é de crer que seja anterior à Nacionalidade. Entre os topónimos locais que podem ligar-se a essa época devem contar-se Açoreira, derivado de açor (ave rapace que, por si, mostra o estado selvagem do local naquela altura) e Lamas de Cavalo, com o arcaico “lama” a significar propriedade rústica, talvez o lameiro de hoje.
Alvites teve um foral dado, em Julho de 1249, por Julião Gonçalves, juiz de Panóias, por mandado de D. Afonso III. Franklim registou-o no “Livro dos forais antigos de leitura nova”, mas sabe-se que a carta dada pelo juiz de Panóias não será propriamente um foral de instituição de vila ou concelho, mas um simples contrato enfitęutico com um único indivíduo e sua mulher.
Alvites deve ter tido origem num “villar” velho ou num novo fundado sobre um velho, entre o século X e o XIII, por um Alvito ou Alvites de nome. Paroquialmente parece ter sido, desde sempre, da paróquia de Santa Eugénia de Ala, como, administrativamente, repartida, inicialmente, em alguns julgados (Torre de D. Chama, Lamas, Mirandela). Passou depois a ser, exclusivamente, do termo de Mirandela.
O padre Luís Cardoso, nos meados do século XVIII, diz desta localidade ser do arciprestado e termo da vila de Mirandela e “fundada em terra áspera e agreste, à vista da serra de Montemel, que lhe fica duas léguas distantes” e que “o pároco é cura apresentado pelo reitor de Ala, por ser esta igreja sua anexa. A Igreja de São Vicente de Alvites deve datar da época do repovoamento. Em primeira fundação como ermida ou mesmo igreja filial de Santa Eugénia de Ala: daí a filiação paroquial posterior e até a inclusão na comenda de Ala, passando no século XIX a reitoria independente.
Esta freguesia de Alvites foi berço de Cristóvão José de Frias Sarmento e de seus irmãos António e Estevão, todos agraciados com o título de fidalgos-cavaleiros por alvará de 11 de Abril de 1787. Suas irmãs Maria Joaquina e Maria Bárbara noviciaram no convento de Santa Clara de Vinhais. O compositor português Eurico Carrapatoso, nascido em 1962, é natural desta freguesia.