Alfred W. McCoy

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Alfred W. McCoy é um historiador estado-unidense e atual professor de História no Centro para Estudos do Sudoeste Asiático, na Universidade de Wisconsi, Madison. Ele recebeu um diploma de subgraduação da Universidade da Columbia e PhD de história do Sudoeste asiático da Universidade de Yale.

McCoy pesquisa e escreve principalmente sobre a história das Filipinas e o comércio de heroina e ópio no Triangulo Dourado; seu livro A Política da Heroína no Sudoeste da Ásia foi um marco documentando as interações entre a CIA e os cartéis de droga na região.

[editar] Idéia central

Segundo McCoy, depois da supressão do comércio de heroína nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial, e a subsequente decisão de erradicar o cultivo de ópio na Turquia -- uma das fontes do ópio puro -- as organizações criminosas dos EUA e da Europa colaboraram numa imensa conspiração para estabelecer novos centros de produção de ópio, refinamento de heroína e distribuição no Sudoeste da Ásia. E foram bastante facilitados pela CIA e pela situação política instável, criada pela Guerra do Vietnã.

McCoy asserta que a conspiração surgiu entre uma aliança entre a Mafia Corsica (que tinha uma presença histórica no Vietnam do Sul desde a ocupação francesa) e os membros líderes da Mafia Siciliana e estadunidense, sob a liderança do infame gangster ítalo-americano Lucky Luciano.

Luciano foi preso nos EUA durante a Segunda Guerra Mundial por extorsão, mas McCoy afirma que nos últimos estágios da guerra a inteligencia militar dos EUA lhe pediu ajuda sobre infiltração do Eixo nos portos (controlados pela Mafia), e também as forças aliadas na invasao da Sicilia e Italia. Alegamente ele usou seus contatos na Mafia Siciliana juntando-se ao serviço de inteligencia e identificando colaboradores fascistas e elementos socialistas/comunistas no movimento de resistencia Italiana, que então foram sistematicamente eliminados.

Em troca da sua assistencia, Luciano foi secretamente permitido operar seus negócios criminosos de dentro da prisão, e no fim da guerra foi deportado de volta p/ a Sicilia, onde imediatamente começou uma expansão maior de suas operações, forjando aianças com membros da Mafia Corsica no Vietna do Sul, e figuras do crime organizado em outros países, incluindo a Australia.

[editar] Trechos do livro

"Entretanto, o envolvimento dos EUA bem além de cumplicidade coincidente; embaixadas acobertaram envolvimento dos governos-clientes, a CIA contratou linhas aéreas que transportavam ópio, e agentes individuais fizeram vista grossa ao tráfico. Como uma consequencia indireta ao envolvimento dos EUA no Triangulo Dourado até 1972, a produção de ópio firmemente cresceu...70 %do ópio ilicito mundial, forneceu estimados 30% da heroína dos EUA, e foi capaz de suprir os Estados Unidos com quantidades ilimitadas de heroína para as próximas gerações."

"Na maioria dos casos, o papel da CIA envolveu várias formas de cumplicidade ou estudada ignorancia sobre o comércio, nenhuma culpa diretamente... A CIA não manuseava heroína, mas fornecia aos aliados dos barões da droga transporte, armas, e proteção política. Em suma, o papel da CIA no comércio de drogas no Sudoeste Asiático envolveu cumplicidade indireta ao invés de culpabilidade direta."

Em 2001, a Associação para os estudos Asiáticos lhe concedeu o Premio Grant Goodman pela suas contribuições no estudo das Filipinas.

Em 2003, foi publicado uma versão expandida do livro, chamado A Política da Heroína: Cumplicidade da CIA no Mercado de Drogas Global

[editar] Ver também

A Política da Heroína no Sudoeste da Ásia
A Politica da Heroina: Cumplicidade da CIA no mercado de Drogas Global
Tráfico de drogas pela CIA

[editar] Bibliografia parcial

Laos: War and Revolution, co-editor, 1970
A Question of Torture: CIA Interrogation, From the Cold War to the War on Terror, 2006, ISBN 0-8050-8041-4