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Alegrete (Portalegre) - Wikipédia, a enciclopédia livre

Alegrete (Portalegre)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Se procura outro significado de Alegrete, consulte Alegrete.
Alegrete
Brasão da freguesia de Alegrete
Brasão
Gentílico Alegretense
Concelho Portalegre
Área 87,38 km²
População 2 055 hab. (2001)
Densidade 23,5 hab./km²
Orago São João Baptista
Freguesias de Portugal

O Alegrete é uma freguesia portuguesa do concelho de Portalegre, com 87,38 km² de área e 2 055 habitantes (2001). Densidade: 23,5 hab/km².

Foi vila e sede de concelho até 1855. Era inicialmente constituído apenas pela freguesia da sede. Tinha, em 1801, 1 089 habitantes. Após as reformas administrativas do início do liberalismo foi-lhe anexada a freguesia de São Julião. Tinha, em 1849, 2 442 habitantes.

Inserida em pleno Parque Natural da Serra de São Mamede, com uma altitude de 500m, localiza-se a cerca de 2km da margem direita da ribeira de Alegrete, caracterizada por uma enorme diversidade geológica, paisagística, faunística e florística.

[editar] História

Tendo em conta que só existe documentação escrita relativa a Alegrete a partir do periodo da Reconquista Cristã, crê-se no entanto que, durante a primeira metade do século V, a vila tenha sido devastada pelos Vândalos, devastação essa que só terminou com os Alanos, responsáveis pelo repovoamento e reedificação da mesma.

Em pleno século VIII, e até 1160, a vila de Alegrete foi ocupada e conquistada pelos Mouros - o que aliás aconteceu com todo o território peninsular.

Alegrete acabou por ser formalmente incorporado na coroa portuguesa, em 1267, mediante o Tratado de Badajoz - tratado no qual Castela reconhecia a soberania plena de Portugal no Algarve - celebrado entre D. Afonso III e D. Afonso X (de Castela), seu sogro. D. Afonso III (1248-1279), ao encontrar esta vila bastante dizimada pelas sucessivas batalhas que nela se tinham travado, iniciou um processo de reconstrução, que visava a sua reedificação.

O seu sucessor, D. Dinis (1279-1325), continuou o trabalho de reconstrução e repovoamento de Alegrete. Tendo sido um reinado caracterizado por diversas inovações - por exemplo, é no seu reinado que é fundada a primeira universidade, em Lisboa, tornando-se o português a língua oficial do país - preocupou-se também com a defesa do reino, defesa essa que passou não só pela construção de castelos e muralhas em redor das povoações que apresentavam sinais de crescimento, mas também pela reparação de outras fortificações já existentes. Como tal, em 1319, D. Dinis mandou edificar o Castelo de Alegrete, tal como a sua muralha envolvente. Foi também o responsável pela edificação de uma Torre de Menagem. Elevou Alegrete à categoria de vila, ao outorgar-lhe um foral.

O Castelo de Alegrete, dito castelo de fronteira, durante este período, manteve-se sujeito a constantes ataques.
Na segunda metade do século XIV, os habitantes de Alegrete aderiram à causa do Mestre de Avis, ao participarem na guerra travada entre este e D. João I (Castela) e ao ganharem a primeira fase desta (entre Janeiro e Outubro de 1384), com a célebre vitória em Atoleiros, no Alentejo.

Em 1475, no reinado de D. Afonso V, o espanhol Afonso Monroy conquistou a vila, tendo a mesma sido retomada, dois anos mais tarde pelo então príncipe D. João, futuro D. João II.

Nova referência histórica à vila de Alegrete, só surge no reinado de D. Manuel I (1495-1521), o qual atribui à vila um novo foral, a 14 de Fevereiro de 1516. Neste, eram confirmadas todas as regalias anteriormente atribuídas aos seus habitantes.

Já no período da Guerra da Restauração, a povoação de Alegrete voltou a estar no centro das atenções, disponibilizando o seu castelo para a defesa do reino.

Em 1704, em pleno reinado de D. Pedro II, Filipe V sitiou Alegrete com um poderoso exército e em 1762, era correição de Portalegre.

Em 1795-97, a França e a Espanha iniciaram negociações no sentido de invadir e conquistar Portugal. Declarada a guerra ao nosso país, em 1801, Gomes Freire de Andrade estabeleceu em Alegrete um número considerável de tropas que, por nunca ser utilizado, ficou conhecido ironicamente como "Os Laranjas".

Em 1821, Alegrete era concelho no Alentejo; comarca e divisão eleitoral de Portalegre, com 293 casas e 1 118 habitantes.

No período das lutas civis entre liberais e absolutistas, mais especificamente em 7 de Dezembro de 1826, é em Alegrete que as forças dirigidas pelo Conde de Villa Flôr, derrotam as forças que se dirigiam para Vila Viçosa sob o comando do brigadeiro Magessy.
No mesmo ano, Alegrete era concelho na comarca e província, com os mesmo número de habitações e que se manteve nos anos seguintes. Em 1842 era concelho no distrito administrativo de Portalegre e província do Alentejo com duas freguesias: Alegrete, com 308 fogos e S. Julião, com 192.

De acordo com a reforma territorial, baseado na lei de 26 de Junho de 1855 e em diploma firmado por D. Pedro V, foi suprimido o concelho e julgado de Alegrete.

Em 1920, já no período de queda da II República, Alegrete tinha 2 560 habitantes. Vinte e dois anos mais tarde (1946), em pleno regime de Estado novo, por força do Decreto-Lei nº 35 927, datado de 1 de Novembro de 1946, ficou estabelecido o seu estatuto de freguesia rural de 2ª ordem - estatuto que ainda hoje se mantém actualizado.

[editar] Património

[editar] Referências externas

Predefinição:Esboço-freguesias pt

Outras línguas


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