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Ademar Pereira de Barros - Wikipédia, a enciclopédia livre

Ademar Pereira de Barros

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Adhemar Pereira de Barros (Piracicaba, 22 de abril de 1901Paris, 12 de março de 1969) foi um médico, empresário e influente político brasileiro entre as décadas de 1930 e 1960.

Pertencente a uma família de tradicionais cafeicultores de São Manuel, no interior de São Paulo, Adhemar foi prefeito da cidade de São Paulo, interventor federal e duas vezes governador de São Paulo. Concorreu à presidência da república do Brasil em 1955 e em 1960, conquistando nessas duas eleições o terceiro lugar.

Índice

[editar] Formação acadêmica

Formou-se em medicina em 1923 pela Escola Nacional de Medicina, (que hoje pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro), onde foi graduado com distinção. Fez especialização no Instituto Oswaldo Cruz. Estudou nos Estados Unidos e fez residência médica em várias cidades européias, onde se tornou aviador, voltando ao Brasil em 1926.

[editar] Vida pública

[editar] Primeiros passos

Em 6 de abril de 1927 casou-se com dona Leonor Mendes de Barros, com quem teve quatro filhos.

Clinicou até 1932, quando se engajou nas fileiras da Revolução Constitucionalista de 1932, como grande parte dos jovens paulistas de sua época. Com a derrota do movimento de 1932 asilou-se no Paraguai, onde se alistou como médico na Guerra do Chaco e na Argentina. Adhemar sempre procurou, nos seus governos, beneficiar os ex-combatentes de 1932 com pensões e homenagens.

Em 1934 elegeu-se deputado estadual constituinte pelo Partido Republicano Paulista, fazendo forte oposição ao governador Armando de Sales Oliveira, denunciando principalmente desmandos na administração do Instituto Butantã na gestão daquele governador, defendeu o café e apoiou o candidato José Américo de Almeida à presidência da república, nas eleições que deveriam ocorrer em 1938.

[editar] Interventor Federal (1938-1941)

Durante o Estado Novo, Ademar foi nomeado interventor federal no Estado de São Paulo pelo então presidente Getúlio Vargas, entre 27 de abril de 1938 e 4 de junho de 1941. Adhemar inaugurou, neste seu primeiro governo, as visitas frequentes às pequenas cidades do interior do estado, antes ignoradas pelos governadores.

Nesse período iniciou as obras da Rodovia Anhangüera, a Rodovia Anchieta, Aeroporto de Congonhas, a retificação do rio Tietê, a eletrificação da Estrada de Ferro Sorocabana e terminou a Estação Júlio Prestes daquela ferrovia. Iniciou a construção do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, o prolongamento da Estrada de Ferro Araraquara de Mirassol a Santa Fé do Sul.

Construiu o Estádio do Pacaembu, em parceria com o então prefeito de São Paulo Prestes Maia, para ser utilizado na Copa do Mundo de 1942, a qual acabou não acontecendo devido à Segunda Guerra Mundial. Construiu e entregou o primeiro autódromo brasileiro, Interlagos.

Em 1940, Adhemar confiscou o jornal O Estado de S. Paulo pertencente à família Mesquita e ao seu desafeto político Armando de Salles Oliveira. O jornal só foi devolvido aos seus proprietários em 1945.

Adhemar foi acusado de corrupção e demitido por Getúlio Vargas em 1941, mas conseguiu provar sua inocência no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo em 1946. No mesmo ano a Constituição de 1946, com o fim do Estado Novo, permitiu a criação de novos partidos políticos, quando Ademar então fundou o Partido Social Progressista (PSP), que foi o maior partido político de São Paulo do período de 1946 a 1964, com diretórios em todos os municípios do estado.

[editar] 1947-1951: o primeiro mandato como governador

Foi governador eleito de São Paulo de 14 de março de 1947 até 6 de junho de 1951. Neste período concluiu importantes obras, algumas iniciadas em sua época de interventor, como as estradas Rodovia Anhangüera e Rodovia Anchieta, seguindo uma tradição de antigos governantes paulistas daquele passado recente, como Washington Luís, que dizia que governar era "abrir estradas".

O lema de Ademar era "São Paulo não pode parar", que tempos depois seria reiterado por Paulo Maluf.

Neste período, o prefeito da capital paulista do estado era de livre nomeação do governador do estado, o que fez com que Adhemar controlasse também a prefeitura de São Paulo.

Cria o Plano hidrelétrico de São Paulo, base da infraestrutura energética de São Paulo. Cria o Ceasa, para distribuição de alimentos.

É criada, depois de uma violenta greve nos transportes na capital, a CMTC, empresa estatal de linhas de ônibus urbano, em 1947.

É inaugurado o MASP em 1948, a TV Tupi em 1950. Inagurado, em 1951, o primeiro trecho da rodovia Presidente Dutra. Instalada em 1949, na capital paulista, a primeira linha de trólebus do Brasil. São feitas desapropriações de imóveis e os projetos para a construção da cidade universítária da USP. Criada a Fau da USP.

Criou o salário-família para o funcionário público estadual em 1948. Ademar, em 1949, criou a primeira Polícia Ambiental da América do Sul e criou, em 1948, a Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo composta inicialmente por 60 ex-pracinhas da FEB.

Às vezes agia diretamente no plano social, como quando recebeu no Palácio do Governo, segundo depoimento da senhora Irene Silveira, os pais de uma menina de Penápolis com hidrocefalia e ordenou pessoalmente exames e tratamentos nos hospitais públicos.

Em 1950, seu apoio, como governador, ao candidato Getúlio Vargas, foi decisivo para sua eleição direta à Presidência da República.

Adhemar consegui fazer seu sucessor, o engenheiro Lucas Nogueira Garcez que governou São Paulo de 1951 a 1955 e que rompeu politicamente com Adhemar, não o apoiando na tentativa de voltar ao governo de São Paulo nas eleições de 1954, as quais foram vencidas por Jânio Quadros.

[editar] Derrotas sucessivas e a opção pela prefeitura

Em 1954 foi candidato derrotado ao governo do estado de São Paulo. Jânio Quadros foi o eleito.

Em 1955, candidatou-se à presidência da república pelo PSP, mas foi derrotado novamente: Juscelino Kubitschek foi o eleito.

Em 1957 foi eleito prefeito da cidade de São Paulo para o mandato de 1957 a 1961, sucedendo o prefeito Vladimir de Toledo Piza. Encontrou a Prefeitura de São Paulo com déficit e excesso de funcionários, demitiu e reequilibrou as finanças de São Paulo.

Porém, em 1960, licenciou-se para concorrer novamente à presidência da república, quando foi novamente derrotado: Jânio Quadros foi o eleito. Intitulando sua postulação como "Candidatura de protesto", Adhemar obteve o terceiro lugar com 20% dos votos válidos.

Em 1961 foi um dos poucos políticos a apoiar o movimento a favor da posse de João Goulart (o Jango) na presidência, após a renúncia de Jânio Quadros. Em 1962, concorre ao governo do estado novamente e é eleito.

[editar] 1963-1966: o segundo mandato como governador

Adhemar sucedeu o governador Carvalho Pinto, governando de 31 de janeiro de 1963 até 6 de junho de 1966. No ínicio do governo, em 2 de abril de 1964, lançou a Aliança Brasileira para o Progresso que visava incentivar o desenvolvimento econômico atráves de planejamento e financiamento a ciência e tecnologia.

Nesse segundo mandato focou a construção de usinas hidrelétricas, sanatórios e hospitais, iniciando as seguintes obras e medidas administrativas:

No total, em seus três governos, Adhemar criou treze secretarias de estado.

Embora tendo apoiado a posse de João Goulart (o Jango) na presidência, Ademar participou ativamente da conspiração que resultou na Revolução de 1964, liderando a Marcha da Família com Deus pela Liberdade em São Paulo, em 19 de março de 1964.

Entretanto, isso que não impediu que, em 6 de junho de 1966, fosse afastado do cargo de governador, pelo presidente da república Castelo Branco e tivesse seus direitos políticos cassados por dez anos, sob a acusação de corrupção e tivesse confiscadas todas as suas condecorações.

[editar] Exílio, morte e homenagens

Exilou-se em Paris, onde morreu em 12 de março de 1969. Seu corpo foi transferido para a cidade de São Paulo e enterrado no Cemitério da Consolação, na região central, com grande presença de público.

Ademar recebeu apenas uma homenagem póstuma, em 1982, pelo governo de São Paulo, pelo decreto 18.732, de 23 de abril de 1982, quando foi admitido no gráu de Grã-Cruz, no Quadro Regular da Ordem do Ipiranga.

Foi homenageado, também, dando-se o seu nome à rodovia SP-340 - Rodovia Governador Doutor Adhemar de Barros, que liga Campinas a Mogi Guaçu. A Lei estadual nº 4.369, de 9 de novembro de 1984 , institui, no Estado de São Paulo, a Semana Doutor Adhemar de Barros, a ser comemorada, anualmente, de 22 a 28 de abril. A Lei estadual 2.457, de 1980 dá o nome de Dr. Adhemar Pereira de Barros, ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Um projeto de lei, no Congresso Nacional, visando a anistia a Adhemar, dovolvendo-lhe suas condecorações, na década de 1980, não prosperou, sendo arquivada.

[editar] O estilo de governar

Ademar construiu muitas rodovias de grande porte, continuando a tradição de Washington Luís, e usinas hidrelétricas. Por outro lado realizou também muitas obras e ações de caráter social construindo escolas, hospitais e sanatórios, afirmando, no seu manifesto de candidato à presidência em 1960, que "por onde passar a energia elétrica, passarão o transporte, o médico e o livro".

O estilo "tocador de obra" (de mangas de camisa arregaçadas e suspensórios) de Adhemar se opunha ao populismo conservador e moralizante de Jânio Quadros. Esse estilo retornaria posteriormente, nas gestões de outros governadores, como Paulo Maluf e Orestes Quércia, que em alguns casos, incorporaram partes desse figurino adhemarista de tocar obras, arregaçar a camisa e amassar barro.

Adhemar era capaz de grandes frases de efeito, e uma das suas frases mais conhecidas foi chamar, por ter grande concentração de comunistas, a atual Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo de "o abacaxi deixado pelo doutor Armando de Sales Oliveira".

Um dos slogans de campanha de Ademar de Barros, não assumido abertamente, era: "Ademar rouba mas faz", lema de sua campanha eleitoral para prefeito de São Paulo, em 1957, se promovendo em cima das inúmeras acusações de era corrupto e de que desviava verbas públicas nos períodos em que era chefe do executivo.

O mais comentado processo contra Ademar foi, em 1956, o "Caso dos Chevrolets", que lhe valeu uma fuga para a Bolívia, segundo Paulo Canabrava Filho. Ademar logo voltou dizendo que queria ser absolvido pelo povo nas urnas. Acabou sendo eleito prefeito de São Paulo em 1957. Adhemar gostava muito de eleição e disputava todas que podia, mesmo correndo o risco de perder.

Ademar sempre foi alvo de caricaturistas e humoristas. A dupla caipira Alvarenga e Ranchinho, parodiando um anúncio radiofônico do remédio Melhoral, cantavam "Adhemá, Adhemá, é mió e num faiz má".

Ademar também provocava risos, quando, já nos tempos do Palácio dos Bandeirantes, uma amante telefonava para ele e Ademar atendia: -Como vai, Doutor Rui!... Um beijo Dr. Rui!., segundo depoimento do jornalista Percival de Souza.

Adhemar estava sempre se revezando na prefeitura de São Paulo e no governo do estado de São Paulo com Jânio da Silva Quadros, seu eterno rival, e cuja política era sempre suspender suas obras. Curiosamente, ambos, Ademar e Jânio eram adeptos da maçonaria, como se vê na lista de maçons famosos nos sites da maçonaria brasileira.

A rivalidade entre o adhemarismo e o janismo marcou época em São Paulo nas décadas de 1950 e 1960. Essa rivalidade e os comícios (meetings) deles pelo interior de São Paulo entraram para o folclore político do estado de São Paulo e do Brasil e se tornaram acontecimentos inesquecíveis para os paulistas daquela época.

Dois exemplos deste folclore político:

  1. Em um comício em Bauru, Adhemar, batendo a mão no bolso, exclamou: -Nesse bolso nunca entrou dinheiro do povo!. -Está de calça nova Doutor!, gritou alguém na multidão, segundo depoimento de Paulo Silveira.
  2. Em São José dos Campos, segundo depoimento de Sr. Mário Carvalho de Araújo, Adhemar não hesitou em descer do palanque, interrompendo seu comício, e se dirigir a um homem que estava encostado em uma árvore com um charuto e fumá-lo com o homem, deixando todos surpresos e rindo.

[editar] O caso do cofre do Ademar

Mesmo depois de falecido, Ademar foi alvo de escândalo: em 18 de junho de 1969, membros do movimento guerrilheiro VAR-Palmares assaltaram, na cidade do Rio de Janeiro, um suposto cofre de Ademar, localizado na casa de sua ex-secretária Anna Gimel Benchimol Capriglione, mulher que teria sido sua amante. O episódio ficou conhecido como o "Caso do Cofre do Ademar" e entre os participantes da ação estaria, segundo algumas versões, a ministra Dilma Rousseff e o ministro Carlos Minc.

[editar] O Adhemar empresário

Adhemar foi um empresário de sucesso. Foi proprietário da fábrica de chocolates Lacta, além de possuir interesses na área imobiliária. Ajudou a desenvolver parte do bairro do Morumbi em São Paulo na década de 1960, quando o Governo do estado comprou o Palácio dos Bandeirantes e seu vice-governador Laudo Natel, então presidente do São Paulo Futebol Clube, construiu o Estádio do Morumbi.

Foi sócio da Rádio Bandeirantes, que mais tarde daria origem à Rede Bandeirantes de rádio e televisão, hoje presidida por seu neto Johnny Saad e que se localiza no bairro do Morumbi.

[editar] Lacta

A empresa Lacta, fabricante brasileira de chocolates, conhecida por produtos de sucesso que atravessam gerações, como, por exemplo, o Bis, Sonho de Valsa, Amandita, Diamante Negro, Laka e Lancy, foi de propriedade de Ademar de Barros. Após sua morte, a gestão da empresa passou a ser feita por seu filho, o também político Adhemar de Barros Filho. Em 1996, após brigas entre a família, a empresa foi vendida à Kraft Foods.

[editar] Herdeiros políticos

Cientistas políticos não conseguem estabelecer claramente uma espécie de herdeiro político do adhemarismo. O estilo de governo Paulo Maluf pode ter sido influenciado em alguns aspectos pelo estilo de Adhemar, porém eles não foram aliados políticos e a carreira política de Maluf começou, com sua nomeação para prefeito de São Paulo, justamente no dia do falecimento de Adhemar: 12 de março de 1969.

A influência do ademarismo na política paulista continuou mesmo depois de extinto o PSD, sendo que em 1972, 60% dos prefeitos eleitos naquele ano no Estado de São Paulo eram oriundos do PSD.

Adhemar de Barros Filho, um dos filhos de Ademar, seguiu carreira política e chegou a se eleger deputado federal várias vezes entre 1966 e 1994 e foi também secretário de Estado em São Paulo na década de 1970. Seus filhos o impediram de fazer empréstimos de dinheiro, para as campanhas políticas.

[editar] Biografia sumária

  • Deputado estadual em São Paulo (1935-1937)
  • Interventor federal em São Paulo (1938-1941)
  • Governador de São Paulo (1947-1951 / 1963-1966)
  • Prefeito de São Paulo (1957-1961)

[editar] Bibliografia

  • BARROS, Adhemar Pereira de, Arrazando Calúnias Contra o Govêrno Adhemar de Barros, Editora Assembléia Legislativa, São Paulo, 1948.
  • BARROS, Frederico Ozananam Pessoa de, Adhemar de Barros - Cinquentenário da Interventoria, Editora S. Progressista, São Paulo, sem data.
  • BARROS, Frederico Ozananam Pessoa de, Adhemar de Barros na Assembléia Constituinte e na Assembléia Legislativa, Companhia Editora Nacional, São Paulo, s/d.
  • BENI, Mário, Adhemar, Editora Graphikor, São Paulo, s/d.
  • CANNABRAVA FILHO, Paulo, Adhemar de Barros trajetória e realizações, Editora Terceiro Nome, São Paulo, 2004.
  • HAYAHSI, Marli Guimarães, Adhemar de Barros no Parlamento Paulista, Revista do Acervo Histórico, nº 4, 2º semestre de 2006, página 2 a 12, Assembléia Legislativa de São Paulo.
  • MELLO, Profº. Drº. Astrogildo Rodrigues de, Adhemar, o Realizador, Imprensa Oficial do Estado, São Paulo,1949.
  • RAMALHO, João, A Administração Calamitosa do Sr. Adhemar de Barros, Editora A. Barros, Rio de Janeiro, 1941.
  • SAMPAIO, Regina, Adhemar de Barros e o PSP, Global Editora, São Paulo, 1982.
  • VILAMEA, Luis, A verdadeira história do cofre do Dr. Rui, São Paulo, Revista Isto é nº 1555, páginas 44 a 51, julho de 1999.

[editar] Ligações externas

Precedido por
Francisco José da Silva Júnior
Interventor federal em São Paulo
19381941
Sucedido por
Fernando de Sousa Costa
Precedido por
José Carlos de Macedo Soares
Governador de São Paulo
19471951
Sucedido por
Lucas Nogueira Garcez
Precedido por
Vladimir de Toledo Piza
Prefeito de São Paulo
19571961
Sucedido por
Prestes Maia
Precedido por
Carvalho Pinto
Governador de São Paulo
19631966
Sucedido por
Laudo Natel
Outras línguas


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