Salgueiro
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Salgueiro |
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Classificação científica | ||||||||||||
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Salix acutifolia |
Salgueiro é o nome comum das plantas do Género Salix, Família Salicaceae. O nome de Salix parece proceder do celta e quereria dizer: próximo da água. É um género com centenas de espécies distribuídas em climas temperados e frios. Terão aparecido apenas na Era terciária. Inclui plantas de porte muito diverso desde arbustos e pequenas plantas rastejantes, até árvores de porte considerável. Nos parques e jardins é muito comum o salgueiro chorão (Salix x chrysocoma, Dode), árvore de ramos longos e pendentes que é um híbrido do salgueiro branco (Salix alba, L.), muito comum na Europa, com uma espécie oriental (Salix babylonica, L.). Em Portugal, além do salgueiro branco, existem outras espécies de salgueiro nativas como o salgueiro negro (Salix atrocinerea, Brot.). Os salgueiros são das árvores mais características da beira dos rios e dos seus ramos preparam-se os vimes que tanta importância tiveram tradicionalmente na cestaria e na produção de mobiliário artesanal. Já na Bíblia mencionada como uma árvore de beira-rios ( Salmos 137) o salgueiro sempre teve um impacto nas culturas que cresceram em zonas com mata ripícola.
A casca do tronco pode ser usada para produção de aspirina; é aliás do nome latino do salgueiro, Salix, que deriva o nome do ácido acetilsalicílico.
[editar] Usos e simbolismo
Desde sempre que o seu potencial ornamental tem sido valorizado pelo ser humano. Na China, tem, também, sido cultivado com finalidade de proteger áreas agrícolas, como no deserto do Gobi, onde serve de barreira aos ventos do deserto.
Na China era símbolo da imortalidade porque cresce ainda que seja plantada ao contrário. Ainda hoje, na China, decoram-se as portas das casas com folhas de salgueiro, durante o solstício de verão. Para alcançar a imortalidade os ataúdes cobriam-se de folhas de salgueiro. Ainda hoje, nas cerimónias fúnebres, o ataúde vai acompanhado de um ramo de salgueiro com bandeirinhas penduradas. Chama-se Lieu-tsing, ou bandeira de salgueiro. Os imperadores ofereciam aos seus cortesãos, durante o dia de Changki, ramas de salgueiro e diziam estas palavras: "Levai-as para evitar as miasmas envenenadas ou as pestilências". Atribuiam-lhe, entre outras faculdades, a de curar as chagas (fervendo as folhas na água).
Introduzido em diversas áreas em redor do globo é, contudo, uma espécie susceptível de adquirir diversas doenças das plantas, como a antracnose do salgueiro: Marssonina salicicola, especialmente em climas mais húmidos da Europa e América do Norte.
Na mitologia romana o salgueiro era uma árvore consagrada à deusa Juno, e tinha propriedades para deter qualquer hemorragias e evitar o aborto.
Tem sido utilizada, experimentalmente, para recuperar águas poluídas devido à sua capacidade para absorver e transformar poluentes em matéria orgânica.
O salgueiro tem grande importância nos rituais judeus da festa das cabanas (Sukkot). De acordo com a lei bíblica (Lev. 23:40), cada judeu tem que juntar quatro espécies da natureza, amarrá-las juntas e abençoá-las. O salgueiro é uma delas. O salgueiro, de acordo com a lei oral do judaismo, não tem nem cheiro nem gosto e simboliza as pessoas ignorantes e pecadoras do povo de Israel.
[editar] Links para fotos identificativas
Salix atrocinerea: http://www.plant-identification.co.uk/skye/salicaceae/salix-atrocinerea.htm