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Rede Manchete - Wikipédia, a enciclopédia livre

Rede Manchete

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Rede Manchete de Televisão
TV Manchete Ltda.
Gênero/Tipo {{{tipo}}}
País Brasil Brasil
Fundação 5 de junho de 1983
Extinção 10 de maio de 1999
Fundador Adolpho Bloch
Pertence a Bloch Editores
Proprietário Adolpho Bloch
Presidente
Cidade de concessão Rio de Janeiro, RJ
Cidade sede {{{cidade sede}}}
Slogan Televisão de primeira classe (1983-1988)
O Brasil passa na Manchete (1988-1991)
A força de quem acredita no trabalho (1992-1996)
Você em primeiro lugar (1996-1999)
Canal 6 VHF - RJO
Satélite {{{satelite}}}
Formato de vídeo {{{formato de vídeo}}}
Principais telespectadores {{{faixa_etaria}}}
Afiliações
Prefixo
Cobertura Todo o território brasileiro
Significado das letras {{{significado letras}}}
Sedes principais Rio de Janeiro
São Paulo
Belo Horizonte
Recife
Fortaleza
Principais afiliadas TV Pampa (RS)
Rede Brasil Norte e Rede Boas Novas (AM e RO
TV Aratu BA), entre outras.
Cobertura internacional {{{internacional}}}
Nomes anteriores TV Tupi e TV Excelsior
Nomes posteriores {{{nomes posteriores}}}
Página oficial RedeManchete.com.br

A Rede Manchete foi uma rede de televisão brasileira, fundada no Rio de Janeiro em 5 de junho de 1983 pelo jornalista e empresário ucraniano naturalizado brasileiro Adolpho Bloch e permaneceu no ar até o dia 10 de maio de 1999.

Índice

[editar] História

[editar] Concessões

As nove concessões de TVs extintas, da TV Tupi, cassadas em 1980, mais a vaga da TV Excelsior de São Paulo, cassada em 1970, foram cedidas ao jornalista e empresário Adolpho Bloch e ao empresário e apresentador Silvio Santos, em 19 de Agosto de 1981 pelo presidente do Brasil, João Figueiredo.

Nesse dia, passaram às mãos de Bloch, quatro emissoras que pertenciam à Rede Tupi e TV Excelsior. Outras quatro concessões de TV Tupi foram cedidas ao Silvio Santos, que lançou o Sistema Brasileiro de Televisão, mais conhecida como SBT, no mesmo dia. O Grupo Bloch decidiu adiar o lançamento da emissora, para poder preparar o projeto com calma.

De fato, o SBT é sucessor da Rede Tupi de Televisão e já a Manchete era sucessora da Tupi e Excelsior. A nova rede recebeu o nome da revista Manchete, carro-chefe da Bloch Editores desde sua estréia em 26 de Abril de 1952.

A Rede Manchete ficou com o canal 6 do Rio de Janeiro (antiga TV Tupi carioca), o canal 9 de São Paulo (antiga TV Excelsior), o canal 2 de Fortaleza (antiga TV Ceará), o canal 4 de Belo Horizonte (antiga TV Itacolomi) e o canal 6 do Recife (antiga TV Rádio Clube de Pernambuco).

[editar] Programação

A programação da emissora foi marcada por altos e baixos durante a sua existência. A cobertura do carnaval carioca também teve grande destaque na programação da TV Manchete. A emissora mostrava os preparativos da grande festa popular do país com os programetes Feras do Carnaval e Esquentando os Tamborins, exibido ao longo da programação. No ano de 1988 a Manchete não transmitiu os desfiles por conta de um impasse com os organizadores dos desfiles e em 1999 a falta de recursos a impediu de transmitir o evento. A cobertura do "Carnaval da Manchete" começou em 1984, ano de inauguração do Sambódromo carioca. A emissora de Adolfo Bloch conseguiu exclusividade nas transmissões daquele ano após desistência da Rede Globo, ocorrida por questões de ordem política (desavenças entre Roberto Marinho e Leonel Brizola). No ano seguinte (1985) a Globo voltou a transmitir os desfiles simultaneamente com a Manchete.

Outras telenovelas de sucessos produzidos pela Manchete foram Dona Beija (1986), Helena (1987), Corpo Santo (1987), Kananga do Japão (1989), além da sua primeira produção dramaturgia, a minissérie Marquesa de Santos (1984).

Um dos seus mais notáveis sucessos foi a novela Pantanal, exibida em 1990. Vieram outros como A História de Ana Raio e Zé Trovão (1991), Tocaia Grande (1995) e Xica da Silva (1996),

O canal se tornou conhecido também por exibir as diversas séries de Tokusatsu e animes, com grande sucesso. Nos anos 80 eram exibidas as séries Patrulha Estelar,Jaspion, Jiraiya, Changeman, Flashman, entre outras, além de desenhos como Calvin e o Coronel, Dartagnan e os Três Mosqueteiros, Don Quixote de la Mancha, Família Drácula, O Pirata do Espaço, Super Tiras, Patrulha Estelar, Superaventuras, Família Tró-ló-ló, Josie e as Gatinhas, Lorde Gato e Marmaduke, A Turma do Abobrinha e Goldie Gold. Nos anos 90 foi a vez dos animes Cavaleiros do Zodíaco, Samurai Warriors, Shurato, Yu-Yu-Hakushô, Sailor Moon, além das séries Black Kamen Rider, Maskman, Cybercops, Patrine e Winspector. Nos anos 90 os programas infantis foram: Dudalegria (manhã); A Turma do Arrepio e Clube do Seu Boneco (ambos na tarde) em 1995. Além desses programas, eram exibidos desenhos considerados "clássicos" das décadas de 50, 60, 70 e 80.

Em sua primeira fase, como parte de sua programação voltada para os jovens, exibia o FM TV, nos finais de tarde, que era um programa de videoclips musicais cuja linguagem visual antecipava a atual MTV. Alguns de seus apresentadores tornaram-se nomes conhecidos do grande público: Tim Rescalla, Patrícia Pillar, Emílio Surita e João Kléber.

Outro nome famoso, que ganhou projeção na Manchete foi o do radialista Eloy Decarlo. Conceituado comunicador carioca, se tornou nacionalmente conhecido quando, por todo o tempo de existência da emissora, foi a "voz-padrão" das chamadas da programação do canal e das vinhetas.

O jornalismo foi o carro-chefe da emissora. O telejornal Jornal da Manchete, o principal informativo do canal, trazia aprofundamento das notícias e comentários de grandes nomes do jornalismo brasileiro, como Carlos Chagas, Villas-Boas Corrêa, Zevi Ghivelder e Salomão Schvartzman, entre outros e comentaristas como João Saldanha.Também revelou as apresentadoras Mylena Ciribelli e Cláudia Cruz, e Alexandre Garcia que posteriormente transferiram-se para a Rede Globo.

Nos primeiros anos da emissora, o Jornal da Manchete ficava no ar por três horas, o que nunca ocorreu na história da televisão brasileira, já que os telejornais locais e nacionais da década de 80 e anteriores, nunca ultrapassaram os 40 minutos de exibição. Sua primeira parte, dedicada ao noticiário cultural, era intitulado Panorama Manchete, apresentado por Íris Lettieri (na época, a voz do aeroporto carioca e do número de telefone que informava a Hora Certa) e Jacyra Lucas. Seguia o Manchete Esportiva, apresentado por Márcio Guedes e Paulo Stein. Ainda tinha o Debate em Manchete, com Arnaldo Niskier. Então vinha o noticiário com Carlos Bianchini e Ronaldo Rosas.

A emissora passou a usar certos apelativos como cenas de nudez em novelas como Dona Beija, Pantanal entre outras produções da casa e até espetáculos de striptease impróprios para o horário como o da jornalista Íris Lettieri na contagem regressiva para o carnaval e no programa de calouros de Raul Gil em horário vespertino além de programas de striptease com telesexo.

[editar] Inauguração em 1983

Sede da TV Pampa de Porto Alegre, RS, primeira emissora afiliada à Rede Manchete.
Sede da TV Pampa de Porto Alegre, RS, primeira emissora afiliada à Rede Manchete.

Quase dois anos depois das concessões, a Rede Manchete foi ao ar pontualmente às 19h do domingo, 5 de Junho de 1983, contando com um investimento inicial na casa dos US$ 50 milhões, um investimento altíssimo para a época. Logo na estréia, a Rede Manchete chegou com grandes inovações. Foi colocada no ar uma contagem regressiva futurística de 8 segundos para o discurso no ar de Adolpho Bloch no cenário do jornalismo da emissora. Em seguida, apareceu a mensagem em que oficializava a entrada do ar a rede e a primeira afiliada: a TV Pampa, de Porto Alegre, onde contava com várias "emissoras gêmeas" da mesma TV no interior do estado do Rio Grande do Sul. Em seguida, foi ao ar uma moderna vinheta, um clipe onde uma nave, representada pelo "M" (logotipo da emissora), sobrevoava as principais cidades brasileiras e aterrissava no alto do prédio da Rua do Russel, no Rio de Janeiro, local da emissora. A moderna vinheta permaneceu no ar durante os 16 anos da emissora, a mais longa vinheta de uma televisão brasileira e também do mundo.

No dia da inauguração da Manchete em 1983, era possível ler os lábios de Adolpho Bloch perguntando: "Cadê o Som?". Depois do imprevisto que atrasou em quatro minutos a inauguração da emissora, o presidente da emissora, Adolpho Bloch, disse: "São coisas eletrônicas, uma pecinha só e pronto."

A emissora carioca tinha como sua cabeça de rede no Rio de Janeiro e era sediada num majestoso prédio, arquitetado por Oscar Niemeyer, na Rua do Russel, 744-766-804, no bairro da Glória (zona Sul do Rio de Janeiro). Em 1990, a emissora inaugura sua nova sede em São Paulo, que era nos bairros do Sumaré (antena transmissora) e Casa Verde (Zona Norte), na Av. Prof. Ida Kolb, 551.

O primeiro programa a ser exibido foi um show denominado "Mundo Mágico", contando com a participação de diversos conjuntos musicais e artistas, com várias atrações, dentre elas o recente grupo musical Roupa Nova, que foi transmitido ao vivo. A audiência chegou a incomodar o Jornalístico "Fantástico", exibido pela TV Globo. Depois do show, a Rede Manchete colocava no ar o primeiro filme exibido em sua história o filme inédito "Contatos Imediatos do Terceiro Grau", de Steven Spielberg, que colocou a emissora na liderança em audiência, alcançando 27% contra 12% registrados pela Rede Globo na capital carioca. Isso acabou assustando um pouco as outras emissoras.

Entrava no ar o "Clube da Criança", revelando a apresentadora infantil, modelo e manequim Xuxa. Houve naquela época uma grande polêmica sobre a Xuxa, que pousou nua em várias revistas masculinas, a última foi poucos meses antes de estrear como apresentadora infantil. Xuxa permaneceria à frente da atração até ser contratada pela TV Globo em 1986.

Foi adotado o primeiro slogan "Televisão de Primeira Classe" e dentre os programas que ganharam destaque nos primeiros meses de transmissão Manchete foram: "Conexão Internacional", com Roberto D'Ávila, "Bar Academia", com Walmor Chagas, "Um Toque de Classe", com grandes nomes da música erudita nacional e o "Jornal da Manchete", telejornal exibido em horário nobre. O primeiro diretor de programação foi Rubens Furtado.

[editar] 1984-1990

Em fevereiro de 1984 a Rede Manchete estreou na transmissão dos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro, ocorridos no recém inaugurado Sambódromo da Marquês de Sapucaí. A Manchete transmitiu o evento com exclusividade. A Rede Globo se recusou em cobrir a festa devido os atritos entre Leonel Brizola, então governador do estado fluminense, e Roberto Marinho. A transmissão foi ao vivo e deu a Manchete inacreditáveis 80 pontos de audiência.[carece de fontes?]

O ano marcou também pela criação do núcleo de dramaturgia e pela transmissão dos comícios das "Diretas Já". No mês de agosto a Manchete começou a gravar e exibir a primeira produção de dramaturgia, a minissérie, a Marquesa de Santos, protagonizada por Maitê Proença e Gracindo Jr.. Na história, a Marquesa de Santos, era umas das amantes do imperador D. Pedro I, que embora casado casado com a Imperatriz Leopoldina, tinha várias amantes sendo ela a mais conhecida. A trama, repleta de escândalos palacianos que teriam levado à renúncia de D. Pedro em 1831, em meio da maior crise política e social. A minissérie foi um sucesso de audiência.

Em julho, a emissora transmitiu pela primeira vez os Jogos Olímpicos, realizado em Los Angeles.

Ainda naquele mês, entrava no ar "Antônio Maria", a primeira novela produzida pela emissora e a série humorística "Tamanho Família".

Entre 1986 a 1991, chega a ser a segunda maior rede de televisão do Brasil e a terceira maior potência na TV da América Latina. Os primeiros sinais de prejuízo surgiram em fevereiro de 1986. A rede acumulava um prejuízo de 80 milhões de dólares e uma dívida que chegava a 23 milhões de dólares. Apesar disso, a partir desse ano, são exibidas outras telenovelas de sucesso produzidas pela Manchete, como a Dona Beija, lançada em abril. Em junho, transmitiu pela primeira vez a Copa do Mundo de Futebol, diretamente do México. Com o agravamento da crise, no mês de setembro aconteceu a primeira greve de funcionários.

José Wilker chega ao final de 1986 para reforçar o núcleo de dramaturgia e coloca no ar em março de 1987 a novela policial "Corpo Santo". Em abril de 1987, a emissora estréia "Nave da Fantasia", um programa infantil, com uma outra revelação do talento da apresentadora Angélica, então com apenas 13 anos.

Em julho de 1987, nova crise na Rede Manchete e são demitidos cerca de 100 funcionários. A linha de shows é desativada. Adolpho Bloch confirma a intenção de vender a rede. No segundo semestre, Angélica passa a apresentar o "Clube da Criança", totalmente reformulado.

Em 1988, a dívida da Rede Manchete havia saltado para a casa dos 34 milhões de dólares. Mesmo assim, a emissora transmitiu em setembro as Olimpíadas de Seul. Em mais uma tentativa de salvar a emissora são colocados no ar 19 novos programas, entre eles: o humorístico "Cadeira de Barbeiro", com Lucinha Lins e Cacá Rosset e o "Sem Limite" com Luiz Armando de Queiroz. Nas manhãs o espaço era do jornalismo com a exibição do noticiário "Repórter Manchete". À tarde faziam sucesso os seriados "Jaspion" e "Changeman".

Em 1989, no mês de julho ia ao ar (com grande sucesso)a novela "Kananga do Japão", protagonizada por Christiane Torloni e Raul Gazolla. No esporte, destaque para as transmissões ao vivo dos jogos da "Copa Rio". E no jornalismo "Documento Especial: Televisão Verdade", apresentado por Roberto Maya e dirigido por Nélson Hoineff. A emissora lançou o "Cabaré do Barata", com o humorista Agildo Ribeiro.

Nos primeiros anos da Rede Manchete na década de 80, a emissora começou a ganhar as afiliadas e repetidoras em todo o Brasil.

O ano de 1990 foi de grande sucesso para a Rede Manchete com a exibição da novela "Pantanal". A emissora transmitiu também naquele ano a Copa do Mundo da Itália. Em dezembro, ia ao ar a novela "A História de Ana Raio e Zé Trovão".

[editar] 1991-1994: Primeira Crise

Em 1991, o "Cinema Nacional" ganhou destaque na programação. No mesmo ano, a Manchete começa a investir milhões de dólares na nova novela Amazônia, que no fim foi um fracasso de audiência, por causa disso, no fim desse ano, a Manchete entrou em grave crise econômica (a causa principal conhecida foi o altíssimo investimento na novela, que acabou em prejuízo estrondoso).Neste ano também a Rede Manchete deixava de ser Vice-lider de audiência.

Com o agravamento da crise no início de 1992, Adolpho Bloch começou a procurar um comprador para a emissora. Entra no ar "Almanaque", programa de variedades apresentado por César Filho e Tânia Rodrigues. O Grupo IBF (Indústria Brasileira de Formulários), presidida pelo empresário Hamilton Lucas de Oliveira, se ofereceu para cuidar da emissora. A rede começa a ser negociada com o grupo IBF. Em maio de 1992 concretizava-se a venda da Rede Manchete de Televisão para o Grupo IBF, 670 funcionários foram demitidos e a base de operações foi transferida para São Paulo. No mês seguinte era oficializada a venda para o grupo IBF, até a Bloch Editores se reestabilizar em 1994, quando o grupo voltaria ao controle da emissora.

Já na nova administração estréia, com apresentação de Clodovil Hernandez, o programa "Clodovil Abre o Jogo". Com a saída do "Documento Especial: Televisão Verdade" (que foi para o SBT) foi criado o "Manchete Especial: Documento Verdade", com apresentação de Henrique Martins, para sanar a perda do programa.

Em julho, a emissora transmitiu os Jogos Olímpicos, realizado em Barcelona.

Em São Paulo, o atraso no pagamento de salários, alguns desde 1992, os funcionários resolvem retirar a emissora do ar, ao interromperem a programação da emissora no fim da tarde do dia 15 de março de 1993. Eles exibem em seguida um protesto escrito, colocando no ar um slide denunciando a falta dos pagamentos e o sucateamento da emissora. No mesmo dia é deflagrada uma nova greve de funcionários.

O atraso dos salários e o sucateamento da emissora levaram a Bloch a entrar com um processo na Justiça a fim de retomar a emissora. Através de medida cautelar, a emissora retornou ao controle da família Bloch em 23 de abril de 1993, quando a Justiça do Rio de Janeiro devolve a Rede Manchete de Rádio e Televisão ao empresário Adolpho Bloch, alegando que a IBF, do empresário Hamilton de Oliveira, descumpriu cláusulas contratuais. A retomada da rede foi um ano antes do acerto do entre IBF-Manchete. Após a retomada, Seu Adolpho, como era conhecido, o sobrenome do fundador acompanhava a famosa logomarca da emissora. Pela primeira vez, a emissora não fez a cobertura do Carnaval Carioca que retornaria no ano seguinte. Na parte esportiva, consegue os direitos de transmissão da Fórmula Indy-CART, que por quase dez anos era exibida pela Rede Bandeirantes.

De volta à Bloch, a emissora colocou no ar a novela "Guerra sem Fim" no final de 1993 e lançou "Raio Laser", programa de video-clips, com apresentação de Nato Kandall.

Em 1994, entrou no ar a novela "74.5 - Uma Onda no Ar", produzida pela TV Plus. Em 11 de maio, Hamilton Lucas de Oliveira, dono da Indústria Brasileira de Formulários (IBF), e a direção da TV Manchete são condenados pela CPI da TV Jovem Pan por crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha, sonegação fiscal e enriquecimento ilícito. No mês seguinte, dia 8 de junho, o relatório final da CPI recomenda o afastamento dos diretores da TV Manchete e de Hamilton Lucas de Oliveira. Eles foram excluídos de qualquer sociedade que tenha por finalidade administrar ou explorar concessões públicas. A emissora não fez a cobertura da Copa do Mundo de 1994 nos Estados Unidos, vencida na final pelo Brasil.

[editar] 1995-1997: Reerguimento

Com o fim da grave crise, ensaia um reerguimento entre 1995 e 1997, marcado principalmente pelos sucessos de novelas, desenhos japoneses, telejornais, programas policiais, esportivos (como "A Grande Jogada"), o alugamento de programas de vendas (especialmente do Grupo Imagem com o famoso 011-1406) e religiosos evangélicos (apesar dos evangélicos representassem na época por volta de 10% da população). Em 20 de novembro de 1995, o empresário e dono da emissora, Adolpho Bloch, falecia aos 87 anos de embolia pulmonar, no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Os parentes de Adolpho assumem a presidência da emissora.

No mesmo ano, acontece o embargo de bens da emissora pelo Banco do Brasil. As primeiras emissoras afiliadas dos anos 80 começavam a deixar a Rede Manchete, passando para as redes Record e a CNT. Vai ao ar a novela "Tocaia Grande", baseada em obra de Jorge Amado, com índice de audiência pífio.

Em julho de 1996, a emissora transmitiu pela última vez os Jogos Olímpicos, realizado em Atlanta.

No mês de setembro, entrou no ar "Xica da Silva". Protagonizada pela atriz Taís Araújo, foi um grande sucesso de audiência.

Após o fim da Xica da Silva, em 1997, foi sucessiva pela outra novela de sucesso (apesar de não ter a audiência comparada a anterior), "Mandacaru", terminada no segundo semestre. Foi destaque no jornalismo da emissora durante esse ano: "Na Rota do Crime", "Operação Resgate", "24 Horas" e "Câmera Manchete". O programa "Uma História de Sucesso" mostrava o dia a dia de personalidades famosas da música e da televisão. Destaque ainda para "Madalena Manchete Verdade", programa de casos verídicos apresentado por Madalena Bonfiglioli, recém-saída do SBT. A atração veio como uma resposta ao programa "Márcia" do mesmo gênero, exibido pelo SBT, com a desconhecida Márcia Goldschmidt. A fórmula utilizada era a mesma, com cenas de baixaria entre os convidados diante das câmeras, o que se repetiu na atração da Manchete. Porém, o programa não emplacou no IBOPE, e no início de 1998 saía do ar.

Muitos programas entraram e saíram do ar em meses, alguns dos renomados "Câmera Manchete" e "Na Rota do Crime", saiam e retornaram, entre 1997 e 1998.

A emissora passou a apelar para a nudez como foco principal de sua estratégia de conseguir audiência, tentando ficar no segundo lugar na guerra contra o SBT de Silvio Santos, perdendo como de esperado somente para a líder Rede Globo.

[editar] 1998-1999: Segunda Crise

Apesar da saída e retorno de alguns dos programas, em junho de 1998, a equipe da emissora instalou-se na França para a cobertura da Copa do Mundo.

Estréia "Brida", novela baseada no best-seller de Paulo Coelho. A novela não alcançou bons índices de audiência (a emissora esperava ter 5 pontos, mas marcou apenas 2), teve que ser encerrada às pressas diante do estouro da nova crise na emissora (o motivo foi por atrasos de salários aos funcionários das cinco emissoras próprias). No lugar de "Brida", a Manchete colocou no ar a reprise da novela "Pantanal", cuja audiência também se desgastou, chegando a baixos índices, diferentemente da exibição original em 1990 e a reprise de 1991. Nos finais de semana ia ao ar o musical "Mexe Brasil". Nessa mesma época, estreava o programa de entrevistas "Sandy & Júnior Show", que por sinal acabou permanecendo no ar alguns meses. Em seu lugar, estreou o "Manchete Clip Show", programa de vídeo clips exibido de segunda à sexta, com duração de 30 minutos, às 20hs, na época do segundo turno das eleições para os estados em outubro, chegava aos 50 minutos (20 a mais). Tempos depois, saem do ar os programas "Mulher de Hoje" e "Pra Valer", exibidos nas tardes diárias da Manchete pelos apresentadores Claudete Troiano e Celso Russomanno. Inicialmente, "Pra Valer" era um quadro do "Mulher de Hoje". Depois, ambos passaram a ser um único programa cada um.

A emissora que tinha cerca de 1.700 funcionários, começa a demitir 600 funcionários a partir de setembro, mas não paga em dia os salários. No início de outubro, corta a produção de quase todos os seus programas jornalísticos, abortando inclusive a novela "Brida" e vários programas extintos. Em 14 de outubro, cerca de 1100 funcionários das cinco emissoras próprias da Manchete (RJ, SP, BH, RE e FO) entram em greve para protestar a demissão de 600 funcionários e também os atrasos dos salários cinco emissoras próprias da Manchete (RJ, BH, RE e FO foram pagas até agosto e a de SP até setembro). No mesmo mês, funcionários da Manchete de São Paulo colocaram no ar slides exigindo soluções para a crise.

Nesse ano até 1999, as primeiras emissoras afiliadas dos anos 90 começavam a deixar a Rede Manchete, passando para as redes Record, CNT e Bandeirantes.

As dívidas com a Embratel passaram a ser descontadas através dos cortes diários do sinal da emissora no satélite, entre as 23 horas da noite até 6 horas da manhã.

Em dezembro, a rede paga 20% do salário de setembro. Mesmo assim, ficou fora do ar três vezes, a primeira devido a uma invasão de funcionários na torre da emissora em São Paulo e outros por problemas técnicos.

No dia 16 de dezembro, em decisão da juíza Rosana Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho, dá ganha a causa aos sindicatos dos jornalistas e dos radialistas em ação na qual pediam abono das faltas desde o início da greve e pagamento dos atrasados.

O "Jornal da Manchete" não entra no ar em 22 de dezembro às 20h30, como era o tradicional horário, devido à greve dos funcionários do setor do jornalismo.

Em 28 de dezembro, funcionários da emissora fazem a manifestação, em frente ao prédio onde mora o presidente do grupo Bloch, Pedro Jack Kapeller, na cidade do Rio de Janeiro.

[editar] 1999: Venda à Igreja Renascer em Cristo

Em 3 de janeiro de 1999, em um acordo assinado, a Fundação Renascer, da igreja evangélica Renascer em Cristo, é a nova parceira da Rede Manchete de Televisão. A R.G.C. Produções Ltda. (produtora pertencente à fundação), que faz os programas da Igreja Renascer exibidos na Manchete, passa a dividir a responsabilidade pela produção, operacionalização e comercialização das cinco emissoras que compõem a rede. Segundo o bispo Antonio Carlos Abbud, sócio do presidente da Renascer, o apóstolo Estevam Hernandes, não se trata da compra da rede e, sim, de uma sociedade.[1] Pelo contrato firmado entre Kapeller e a Fundação Renascer, a RGC Produções Ltda. assume a produção, operacionalização e comercialização da Manchete, sob pagamento mensal de R$ 4,8 milhões, por 15 anos. O grupo Bloch arrendou toda a programação para a Igreja, em mais uma tentativa de salvar a emissora. A emissora melhorou muito, tanto financeiramente, quanto internamente e no conteúdo. A igreja passa a produzir todos os programas e a vender os espaços comerciais da emissora, mas não paga os salários dos funcionários, atrasados em quatro meses. No dia 5 de janeiro, o bispo da Igreja Renascer em Cristo, Antonio Carlos Abbud, que está coordenando as negociações, afirma que a igreja não vai assumir as dívidas da Rede Manchete. "Vamos estabilizar a emissora nesse primeiro momento e receber dinheiro de anunciantes". A dívida com atrasados é de cerca de R$ 20 milhões, segundo o Sindicato dos Radialistas de São Paulo. No mesmo dia, Manchete ganhou um novo prazo do Ministério das Comunicações para comprovar que está em dia com o INSS, o que é necessário para renovar as cinco outorgas que possui no país, vencidas desde 96. Essas certidões negativas de débito, que deveriam ser apresentadas no dia 18, poderão ser encaminhadas até a segunda quinzena de maio. O ministério não foi informado.[2] Após o acordo, a Igreja Renascer cria três números de telefone especialmente para os fiéis ajudarem a pagar o arrendamento da Rede Manchete: O fiel pode contribuir com R$ 10 (0800-7010-10), R$ 25 (0800-7010-25) ou R$ 50 (0800-7010-50). Em uma gravação, a bispa Sônia Hernandes, fundadora da Renascer, agradece a ligação, sem informar a finalidade da contribuição nem como a conta será cobrada. O telefone é divulgado em programas da Renascer, nos quais também não é mencionado que a arrecadação servirá para pagar o arrendamento da Manchete.[3]

No dia 8 de janeiro, é anunciada que a Rede Globo vai transmitir sozinha o desfile das escolas de samba da cidade do Rio de Janeiro de 1999. É a primeira vez que foi inaugurada em 1983 e iniciado as transmissões carnavalescas desde 1984, quando adquiriu sozinha, os direitos para transmitir o carnaval na cidade do Rio de Janeiro, em que o Carnaval carioca é transmitido apenas pela Globo.[4]

Em 11 de janeiro, com dívidas de aproximadamente R$ 500 milhões, a Manchete paga apenas o primeiro dos quatro salários atrasados (incluindo o 13º salário) de seus funcionários desde setembro de 1998. Segundo o Sindicato dos Radialistas do Rio de Janeiro, só os funcionários que não receberam o aviso prévio em setembro e outubro de 1998 foram pagos. O sindicato prometeu entrar com ação para que os demitidos também recebam. O pagamento só foi possível depois do acordo firmado entre a TV Manchete e a Fundação Renascer. No mesmo dia, O ministro das Comunicações considerou "grave" a situação da TV Manchete e disse que pretende encontrar uma solução para os problemas "no menor prazo" possível.[5] No dia 21 de janeiro, o presidente do grupo Bloch, Pedro Jack Kapeller, afirma no Rio de Janeiro, que pretende pagar todos os salários atrasados dos funcionários da Rede Manchete até o final de março.[6]

Em 13 de janeiro, em reunião com os funcionários e sindicalistas da emissora com Pimenta da Veiga, o ministro declara para eles, em que está disposto a retirar o grupo Bloch do controle da Rede Manchete e transferir a emissora para novos administradores que comprovem ter capacidade técnica e financeira para o negócio. Para concretizar essa operação, o ministério deverá determinar a transferência direta do controle acionário da emissora por meio de uma exposição de motivos aprovada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso. O grupo Bloch seria forçado a transferir o controle da Manchete, mas continuaria responsável pelos débitos com o INSS. O grupo de sindicalistas e funcionários da emissora pediu que o ministério interfira no acordo firmado entre a Manchete e a Fundação Renascer, no qual a RGC Produções Ltda. (produtora pertencente à fundação) passa a assumir a produção, operacionalização e comercialização da emissora, mediante o pagamento mensal de R$ 4,8 milhões, durante 15 anos.[7] No dia seguinte, o presidente do grupo Bloch, Pedro Jack Kapeller, entrega ao ministro Pimenta da Veiga, em Brasília, carta de exposição de motivos que inclui o compromisso de pagar, em 90 dias, os salários atrasados dos funcionários da emissora. Na carta, que possui 23 itens, Kapeller também se compromete a saldar as dívidas fiscais e bancárias da empresa.[8]

Em 18 de janeiro, cerca de cem jornalistas e técnicos da emissora voltam ao trabalho nas cinco cidades em que a emissora tem concessão (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza). Os trabalhadores voltaram ao serviço depois de receber um dos cinco salários atrasados. O "Jornal da Manchete" (fora do ar desde o dia 22 de dezembro) voltou a ser apresentado, às 20h30. Segundo a chefe de reportagem do Rio, Nelma Esteves, entre os 37 funcionários que voltaram a trabalhar no Rio não estão repórteres e editores, mas apenas diretores.[9] No dia seguinte, em reunião entre Pimenta da Veiga e o presidente da Fundação Renascer, Estevam Hernandes Filho, termina em impasse, quando Estevam disse que a RGC (Rede Gospel de Comunicação) tem o "compromisso" de pagar dívidas da Manchete para viabilizá-la, mas o Ministério das Comunicações insiste em retirar o grupo Bloch e a própria fundação do controle da emissora, devido as dívidas da Manchete que estão estimadas em cerca de R$ 500 milhões, sendo R$ 250 milhões com o INSS. O ministro Pimenta da Veiga, segundo seus assessores, não reconheceu a responsabilidade da Renascer sobre a Manchete e avaliou que o acordo é "juridicamente frágil", pois foi feito sobre concessões que estão vencidas desde 1996.[10]

Em 22 de janeiro, a emissora envia telegramas a vários funcionários que estão demitidos por justa causa "devido ao abandono de funções a partir de 14 de outubro de 1998 (data de início da greve)". O comunicado contraria decisão da juíza Rosana Travesedo, do Tribunal Regional do Trabalho, em 16/12, que deu ganho de causa aos sindicatos dos jornalistas e dos radialistas em ação na qual pediam abono das faltas desde o início da greve e pagamento dos atrasados. O Sindicato dos Jornalistas disse ter conhecimento de outros três telegramas que apresentam como justificativa o fato de os trabalhadores terem participado de manifestação, em 28/12, em frente ao prédio onde mora o presidente do grupo Bloch, Pedro Jack Kapeller. Segundo a advogada dos sindicatos, Cláudia Durant, "participação em manifestação não pode ser apresentada como justa causa". Kapeller disse, por sua assessoria de imprensa, que a empresa enviou telegramas de demissão a "poucos" funcionários. A Manchete considerou que eles deram motivos para receber justa causa. Por conta da nova demissão, os trabalhadores do Rio decidiram manter a greve. O Sindicato dos Jornalistas encaminha à Procuradoria da República denúncia contra o acordo entre Manchete e Renascer, por ser ele baseado em concessões vencidas.[11]

Em 27 de janeiro, o governo federal considera ilegal o contrato firmado entre a Rede Manchete e a Fundação Renascer. Análise jurídica do documento pelo Ministério das Comunicações concluiu que houve um arrendamento integral da rede de televisão, o que não é permitido pelos decretos 52.795/63 e 2.108/96. Pelo contrato, a Fundação Renascer (por meio da RGC Produções Ltda., produtora pertencente à entidade) assume a produção, operacionalização e comercialização da emissora, mediante o pagamento mensal de R$ 4,8 milhões, durante 15 anos. (...) No caso de concessões, é necessário, junto com os requisitos legais, uma decisão do presidente da República. Segundo a imprensa, o governo quer uma saída definitiva: a venda da Manchete e que está disposto a conversar com outros grupos que estejam interessados. Em último caso, a concessão seria cassada.[12] Em 4 de fevereiro, um grupo de dez pessoas ligadas à Igreja Renascer passam por salas e estúdios batendo nas paredes e dizendo frases como "Sai, demônio!". Após o evento, denúncias de funcionários e da imprensa acusam a igreja de transformar a sede da Manchete em São Paulo em um templo da igreja, onde se pede dinheiro aos fiéis, faz-se exorcismo e realizam-se cultos. Isso, apesar de o ministro Pimenta da Veiga ter informado à Renascer que considera ilegal o contrato com o grupo Bloch. Estevam Hernandes diz ser absurda a constatação de que a sede da Manchete tenha se transformado num templo.[13]

Em 9 de fevereiro, Pedro Jack Kapeller, anuncia por meio de sua assessoria de imprensa, que enviou notificação à Fundação Renascer avisando que, se o pagamento da primeira parcela do contrato com a TV Manchete não for pago em 72 horas, pretende romper o acordo. Segundo ele, a Renascer ainda não honrou o pagamento da primeira parcela do acordo, que venceu no dia 31 de janeiro, e por isso pretende romper o contrato.[14] Após o fim de prazo dado pelo Kapeller, na noite do dia 12 de fevereiro, ele anuncia o comunicado interno escrito na noite pelo próprio Kapeller que “A Rede Manchete acaba de romper o acordo com o grupo Renascer”. O papel foi distribuído aos funcionários da emissora e lido, parcialmente, no "Jornal da Manchete" pouco antes das 21h. O motivo, segundo Kapeller, seria "o descumprimento de cláusulas contratuais". O comunicado determina ainda "o imediato afastamento da RGC Produções das atitudes operacionais, comerciais e artísticas que vinha exercendo". A resposta do Estevam Hernandes, presidente da Fundação Renascer, veio por meio de sua assessoria: Hernandes afirma que só sai da Manchete se houver ordem judicial. Estevam soltou ainda um comunicado à imprensa: "Estamos tomando todas as providências legais", afirmou.[15] Na madrugada do dia 13 de fevereiro, os programas da Igreja Renascer não estão mais sendo transmitidos. Na madrugada, o "Espaço Renascer", da bispa Sônia Hernandes, foi tirado do ar. O telespectador via apenas uma tela preta. Já de manhã, os programas foram substituídos por seriados e desenhos japoneses. No mesmo dia, os seguranças da TV Manchete de São Paulo fecharam os portões para impedir os bispos da igreja de entrar na sede da emissora.[16] Na tarde do dia 17 de fevereiro, Estevam Hernandes consegue uma liminar de reintegração de posse pela Igreja Renascer, da emissora na 6ª Vara Cível de Santana, assinada pelo juiz Amador Pedroso.[17] Com isso, os programas evangélicos da igreja voltaram ao ar no dia seguinte, mas o grupo Bloch pode recorrer da decisão. No mesmo dia, em carta endereçada do Banco Rural ao Pedro Jack Kapeller, presidente do grupo Bloch, dá o prazo de 24 horas para o grupo pagar duplicata de R$ 5 milhões, descontada pela emissora em janeiro. O banco afirma que, caso o dinheiro não seja pago no prazo "improrrogável" de 24 horas, terá de tomar "medidas extrajudiciais e judiciais pertinentes à espécie". A carta, de 17 de fevereiro, foi divulgada pelo próprio Kapeller. Em 19 de fevereiro, Kapeller afirmou à Folha de S. Paulo "que a carta é uma prova de que a Renascer não pagou nada à Manchete, ao contrário do que afirma a fundação". Segundo ele, já está sendo renegociada com o banco a prorrogação do prazo de pagamento.[18] Na noite do dia 22 de fevereiro, o grupo Bloch consegue, por meio de outra liminar, a liminar de reintegração de posse que a Igreja Renascer havia conseguido. A nova liminar foi recebida sem surpresa pelos bispos, que já haviam, inclusive, esvaziado suas gavetas. Desde que recuperaram o controle da rede, os bispos nem se preocuparam em gravar novos programas. Exibiram apenas reprises.[19] Com isso, o grupo Bloch reassume a emissora no dia seguinte. Foi mais um fracasso, pois ficou após mais de um mês nas mãos da Renascer. O arrendamento foi desfeito devido à inadimplência da fundação fez o Grupo Bloch anular o contrato na Justiça, por conta da falta de pagamento da primeira parcela do contrato do dia 31 de janeiro.

No dia 24 de fevereiro, Pedro Jack Kapeller, disse que o empresário Ary Carvalho, dono do jornal carioca "O Dia", é um dos interessados em comprar a Rede Manchete e que também há negociações com outros dois grupos, mas ele não revelou os nomes. Kapeller nomeou o jornalista Mauro Costa novo superintendente-geral da rede. Segundo a imprensa, um desses grupos é de Brasília e que procurado a declarar, Carvalho disse, por meio de sua secretária, que não atenderia ao telefonema por não ter nada a falar, já que desconheceria as negociações com Kapeller.[20] Em 25 de fevereiro, o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, que se manifestou contrário ao acordo desde o início, considerou "salutar a saída da Fundação Renascer do controle da Rede Manchete, ao elogiar o fim do acordo entre Manchete e a Igreja Renascer e a iniciativa da Bloch.[21]

Em 4 de março, cerca de cem funcionários da Manchete invadem o primeiro andar do prédio do Ministério das Comunicações em São Paulo. Os funcionários pretendem acampar no local, onde fica a sede do Dentel (Departamento Nacional de Telecomunicações), por tempo indeterminado, até que a empresa se decida a pagar os salários que estão em atraso desde outubro de 1998.[22] Em 18 de março, Kapeller disse que há um contrato de opção de compra da Manchete feita pela produtora Ômega, de Amilcare Dallevo. Segundo Kapeller, o contrato definitivo deve ser elaborado dia 8 de abril, quando termina auditoria na Manchete pela empresa de Dallevo. A Ômega se tornaria responsável pelo passivo da emissora e o pagamento dos salários atrasados seria prioritário no contrato.[23]

Em 6 de abril, o ex-ministro das Comunicações, Luiz Carlos Mendonça de Barros se reúne com Kapeller, na sede da TV Manchete Rio de Janeiro, que no dia seguinte, Luiz Barros assume o o papel de intermediador na venda da Rede Manchete. O encontro foi confirmado à Folha de S. Paulo pelo próprio Kapeller, afirmando que o ex-ministro está fazendo a ligação entre a emissora e um grupo de eventuais compradores, os quais não quis identificar, alegando que o momento é delicado para a empresa.[24] Em 8 de abril, é apresentado o grupo que negocia a compra da Manchete: a TeleTV. O grupo propôs a sindicalistas o pagamento parcelado, no prazo de 12 meses, dos salários atrasados dos funcionários da emissora. Na reunião, ocorrida na noite do dia 7 de abril, a TeleTV (que operava sorteios na TV, via 0900) também propôs o cancelamento das demissões ocorridas em setembro de 1998 (cerca de 600, em todo o país) e estabilidade de 90 dias, a partir da volta ao trabalho dos funcionários que estão em greve. Em assembléia à tarde, os funcionários da Manchete em São Paulo aceitaram a proposta, mas os sindicalistas vão tentar negociar a redução do prazo do pagamento dos atrasados para oito meses. Em São Paulo, os salários estão atrasados desde outubro do ano passado. Nos demais Estados, os funcionários não recebem desde setembro. O sindicato dos radialistas estima em R$ 40 milhões o valor dos salários atrasados. Pedro Jack Kapeller, se reuniu com Amilcare Dallevo Jr., da TeleTV, em São Paulo.[25] Na semana seguinte da negociação, o ex-proprietário da Manchete, Hamilton Lucas de Oliveira, dono do IBF (Instituto Brasileiro de Formulários), entra uma ação judicial e consegue obter liminar parcial, impedindo a venda da TV Manchete. Em 20 de abril, Amílcare Dallevo Júnior, dono da TeleTV, grupo interessado na compra da Rede Manchete, diz confiar na Justiça para a resolução do impasse criado pela ação pelo Hamilton Oliveira e teme o fim da Manchete, pois a venda da emissora deve ser concretizada (segundo o Ministério das Comunicações) até o dia 18 de maio. Passado esse prazo e caso não tenha ainda sido vendida, a Manchete perderá a concessão. Sendo assim, os canais da emissora em cada Estado terão de passar por licitação para a concessão separadamente. Segundo assessoria do ministério, "esse processo pode demorar muito porque a concessão tem de passar pelo Congresso para ser aprovada". A demora no processo judicial pode afastar Dallevo Júnior da Manchete.[26]

[editar] A venda definitiva em maio de 1999

Mais de três anos após a morte de Adolpho Bloch, o fracasso de Brida (que esgotou os recursos da emissora) e a venda e recuo do Bloch à Igreja Renascer em Cristo, as 5 concessões da Manchete começaram a ser novamente vendidas por Pedro Jack Kapeller, o "Jaquito", sobrinho de Adolpho e principal herdeiro de suas empresas.

Em 2 de maio, o empresário e sócio do Banco Rural no empreendimento, Amilcare Dallevo Júnior, presidente do grupo paulista TeleTV, que opera o sistema de ligações interativas com sorteios pela TV por meio do prefixo 0900, a qual operava o Tele 900, assinou um contrato para administrar 30% das dividas da emissora e a concessão dela.

Em 6 de maio, o desembargador Roberto Wider, da 5ª Câmara Cível do Rio, começa a julgar o recurso do empresário Hamilton Lucas de Oliveira contra a decisão judicial que deu, em primeira instância, a posse da TV Manchete à família Bloch. Desde 1993, Oliveira, dono do IBF, briga na Justiça pela posse da emissora, cuja compra negociou em 1992. Alegando não-pagamento das parcelas, a família Bloch conseguiu retomar a TV em 1993. A venda da Manchete para o grupo Tele TV, do empresário Amilcare Dallevo, depende da decisão de Wider.[27] A família Bloch ganha na Justiça, em segunda instância, o direito de posse da TV Manchete. A 5ª Câmara Cível do Rio julgou improcedente, por unanimidade, o recurso de Hamilton Lucas de Oliveira contra a decisão judicial que havia dado, em primeira instância, a posse da emissora aos Bloch. O desembargador Wider, relator do processo, também cassou a liminar que concedera em favor de Oliveira, impedindo a venda da TV até que fosse decidida a questão judicial. Com isso, poderá ser concluída a negociação com o grupo Tele TV, do empresário Dallevo Júnior.[28]

Em 7 de maio, véspera da compra da Manchete, os funcionários da TV Manchete Rio de Janeiro invadiram ontem o saguão da sede da emissora. A intenção era pressionar Kapeller a assinar o contrato de venda da TV. Na invasão, houve tumulto entre funcionários e seguranças. Um vidro da porta chegou a ser quebrado, e policiais militares tiveram que intervir. Kapeller chegou, aceitou conversar e assinou documento garantindo que o contrato será assinado.[29]

Em 8 de maio, depois de várias reuniões, num acordo acompanhado pelo Ministério das Comunicações, as emissoras foram adquiridas pela TV Ômega, de propriedade de Dallevo Júnior. A transação ocorreu dez dias antes do prazo final para a renovação das concessões, que estavam vencidas desde 1996. Se até 18 de maio de 1999, a Manchete não tivesse pagado boa parte de suas dívidas, seria liquidada e definitivamente extinta. Na madrugada do dia 9 de maio, a TV Manchete é vendida ao grupo TeleTV. A empresa vai pagar passivos de R$ 330 milhões (e não os R$ 608 milhões), cancelando todas as demissões feitas em 1998 e investindo US$ 100 milhões nos próximos 12 meses. No mesmo dia, Amilcare encaminha ao ministro Pimenta da Veiga o contrato de venda da Manchete assinado por ele e o Kapeller (que ainda é o dono da emissora). No dia 10 de maio, passaram-se os últimos momentos da emissora com uma vinheta que no final disse: "Rede Manchete, Você em Primeiro Lugar!" e a partir daquela vinheta, a TV Manchete passa a se chamar TV!, apesar de manter a logomarca da Manchete.[30] No mesmo dia, Dallevo informa que as dívidas da Manchete com o INSS e com o FGTS somam cerca de R$ 200 milhões. As dívidas com salários, bancos privados e fornecedores chegam a R$ 130 milhões.

[editar] A TV Manchete após a compra

Em 14 de maio, o ministro Pimenta da Veiga (Comunicações) assina um decreto transferindo o controle acionário da Rede Manchete para o grupo paulista TeleTV. A assessoria do ministério explicou que a proposta do TeleTV, mostra que o grupo tem condições técnicas e financeiras de gerir a rede. O grupo também apresentou um certificado de regularidade emitido pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) comprovando que as dívidas da Rede Manchete foram renegociadas. O decreto é publicado pelo "Diário Oficial" da União até dia 17 de maio, com a assinatura do presidente Fernando Henrique Cardoso. Com a conclusão da venda, a Presidência da República vai encaminhar ao Congresso uma solicitação para que a concessão da emissora seja renovada. A concessão venceu em 1996, mas permite a operação de emissoras em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Belo Horizonte e Recife.[31]

No dia 21 de maio, após oito meses em greve, os funcionários da Manchete se dizem aliviados diante das negociações com o grupo TeleTV. Segundo Everaldo Gouveia, presidente do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, no dia 27 de maio os funcionários da emissora retornam ao trabalho em todo o país, um dia após o pagamento da primeira parcela dos salários atrasados. As demais serão recebidas em até 11 vezes, sem correção.[32] No mesmo dia, a TV Manchete (ainda com o nome de TV!), era anunciada que a partir de agosto, vai estrear com o novo nome da Rede Manchete, pois Amílcare Dallevo Jr., atual dono da emissora, encomendou pesquisa para a agência de publicidade FischerAmérica, que deve descobrir qual o nome que mais agrada à população. A agência também cuidará do lançamento da nova emissora. Na compra, o empresário desembolsou um total de R$ 250 milhões - entre dívidas com o governo e trabalhistas, além das cinco concessões. Dallevo não ficou com nenhum prédio ou equipamento da Manchete. Os funcionários foram o ativo incorporado. "Não ficamos com a TV Manchete Ltda. Nem com o seu CGC. Essa empresa tem ainda uma dívida de cerca de R$ 80 milhões com bancos privados", disse Dallevo.[33] No dia 28 de maio, é apresentada o novo nome para TV Manchete: a RedeTV!. "Foram apresentados seis nomes para o público e esse foi o escolhido", disse Antonio Fadiga, diretor-geral de comunicação total da agência. Segundo ele, a simplicidade do nome é uma tentativa de surpreender. "É um nome que já faz parte do cotidiano das pessoas e vai virar referência para a ex-Manchete".[34]

No dia 1º de junho, os sindicatos dos jornalistas e dos radialistas do Rio de Janeiro assinaram o acordo com o grupo Tele TV.[35] O acordo determina a forma de pagamento do passivo trabalhista da emissora. A assinatura ocorre um dia depois que os funcionários ameaçaram continuar a greve de nove meses caso não fosse feito o pagamento da primeira parcela dos salários atrasados, que segundo os sindicatos que representam os funcionários da TV Manchete Rio, assim que for feito o pagamento, será decretado o fim da greve, que já dura nove meses.[36] No dia 2 de junho, os funcionários da emissora encerram a greve e voltam a trabalhar em 7 de junho, depois que Amílcare Dallevo, pagou a primeira parcela dos salários atrasados. Segundo o Sindicato dos Jornalistas do Rio, os trabalhadores poderiam retornar às atividades de imediato, mas a empresa não tinha infra-estrutura, como papel e cadeiras, para recebê-los.[37]

No dia 8 de junho, é anunciada que os dois prédios-sede das empresas Bloch e da Manchete no bairro da Glória (centro do Rio de Janeiro) vão ser leiloados judicialmente nos dias 14 e 15. O leilão acontece para cobrir uma dívida de R$ 7 milhões que o grupo Bloch contraiu com o banco Econômico em 1990 e que está avaliada em R$ 140 milhões. Segundo Kapeller, essa dívida é da TV Manchete e, portanto, caberia aos novos donos da rede saldá-la. Kapeller também afirmou que tem um documento no qual recebeu a garantia de que os compradores da Manchete não deixariam os prédios irem a leilão. O empresário Amílcare Dallevo disse que sua empresa, a TV Ômega Ltda., nova dona das concessões da Manchete, assumiu apenas as dívidas com o governo e o passivo trabalhista. Segundo ele, o ativo e o passivo com bancos privados da antiga TV Manchete foram assumidos por uma empresa constituída por ex-banqueiros, liderados por Fábio Saboya. Os 1.621 funcionários da rede em todo o Brasil também são contratados pela parte da antiga TV Manchete, assumida por Saboya, chamada agora de TV Manchete Ltda., apesar de Dallevo ter assumido o passivo trabalhista.[38] No entanto, os leilões dos dias 14, 15 e 26 de junho, 14[39] e 25[40] e 26 de julho, foram adiados apenas em 1999.[41] Desde então até hoje, os dois prédios ainda esperam por leilão, foram adiados por várias vezes. O último adiamento foi em setembro de 2007.

No dia 9 de julho, o Banco do Brasil (BB) anuncia que a entrada judicial contra a Bloch Editores e a TV Manchete em 12 de julho para exigir o pagamento de dívidas das duas empresas e que a ação de ajuizamento permite que a empresa continue funcionando. O débito vem de acordo fechado em 1997 entre o BB e as empresas. A dívida estava parcelada, mas com um recente atraso de pagamento levou BB decidir ir à Justiça. A diretoria do banco não pretende pedir a falência das duas empresas. No entanto, o empresário Fábio Saboya Júnior, dono da TV Manchete Ltda., disse que não foi informado sobre a ação: "Recebo a notícia com tranquilidade. Numa reunião há 20 dias com a diretoria do banco, deixei clara minha intenção de assumir o que cabe a mim nessa dívida", disse.[42]

Em 23 de julho, Bloch Editores apresenta ao juiz da 5ª Vara de Falências e Concordatas do Rio, José Carlos Maldonado, pedido de concordata preventiva, pelo prazo de dois anos. O pedido prevê o pagamento integral de R$ 250 milhões relativos a dívidas sem garantia, em duas prestações anuais, correspondentes a 40% e 60% do total, com o primeiro pagamento previsto para julho de 2000. Os motivos alegados para o pedido são "a negativa conjuntura internacional e a negativa conjuntura recessiva do país". Além disso, a empresa alega uma crescente redução de faturamento, de cerca de R$ 30 milhões em 1998 em relação ao ano anterior, e "o descumprimento de obrigações contratuais pelo grupo Hamilton Lucas de Oliveira". A Bloch Editores detém como patrimônio, os edifícios-sede da antiga TV Manchete e da Bloch, no Rio, os prédios das filiais da TV em São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza e Recife, o parque gráfico na zona norte do Rio, além de máquinas, equipamentos e direitos de publicação de seis revistas. A dívida total da Bloch Editores é avaliada, em R$ 400 milhões, e o ativo, em R$ 600 milhões.

No dia 26 de julho, denúncia do jornal Folha de S. Paulo, revela que Pedro Jack Kapeller, o "Jaquito", embora devesse milhões ao governo federal desde os anos 50, Kapeller conseguiu transferir a empresa, livrar-se de boa parte das dívidas e ainda receber, com o conhecimento do Ministério das Comunicações, US$ 4,5 milhões em sete pagamentos anuais. As empresas vendidas pelo Grupo Bloch, foram dividas em três, entre eles a TV Manchete. Até então, Kapeller insistia na versão de que não recebera nenhum dinheiro. Procurado pelo jornal, não quis se manifestar. Na negociação com o ministro Pimenta da Veiga, das Comunicações, Dallevo assumiu a TV com o compromisso de saldar apenas as dívidas da Manchete com o INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) e o FGTS. O ministro não incluiu a dívida do Banco do Brasil nas conversas. Assim, para receber o dinheiro, o BB terá de acionar as empresas na Justiça. O jornal afirma que houve irregularidades na aquisição da rede.[43] No mesmo dia, em base das denúncias do jornal, o Ministério Público Federal diz que estar investigando os motivos que levaram o ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, a transferir a ex-TV Manchete para o empresário Amilcare Dallevo Jr. sem licitação. Os procuradores também estão investigando se Dallevo tem condições financeiras de tocar o negócio. Documentos revelados pelo jornal mostram que o empresário faturou R$ 79,536 milhões em 1998 e não R$ 400 milhões, como declarava. A família Bloch não pagava dívidas com o governo nem o salário dos funcionários. Foi então que houve a transferência da TV para Dallevo Jr.[44] O ministério divulga nota se defendendo que a solução foi boa porque, caso contrário, funcionários e governo teriam que recorrer à Justiça para receber.

[editar] TV! e RedeTV!

Em 1º de agosto de 1999, é lançada a RedeTV!, no lugar da Rede Manchete, mas ainda usa a TV!, já que o telejornal Primeira Edição (que substituiu Jornal da Manchete) e RedeTV! Clipe Show (que substituiu Manchete Clipe Show) permanecem na programação. Pouco tempo depois, Amilcare Dallevo Jr transferiu a sede da emissora para a cidade de Barueri, (na Grande São Paulo).

Em 20 de outubro, a juíza da 14ª Vara Cível do Rio, Rosana Navega Chagas, declara a TV Ômega, controladora da Rede TV!, sucessora da TV Manchete, é responsável também pelas dívidas do grupo anteriores à venda da emissora. A juíza afirma que não há como uma empresa comprar a concessão, e outra as dívidas, equipamentos e imóveis, dividindo a pessoa jurídica da Manchete. As duas empresas que compraram separadamente a emissora (a TV Ômega, de Amilcare Dallevo, e a Hesed Participações S/C, de Fábio Saboya Salles Jr.) deveriam ser consideradas responsáveis pelas dívidas, como se fossem sócias. Caso a TV Ômega não cumpra a decisão em até 45 dias após ser notificada judicialmente o que, segundo a assessoria de imprensa da empresa, ainda não aconteceu, deverá pagar uma multa de R$ 50 mil por dia.[45] A decisão foi logo cumprida antes das multas.

Amilcare Dallevo Jr inaugurou em 15 de novembro de 1999 a RedeTV!, com uma programação completamente diferente do padrão da Manchete. A nova rede gastou R$ 100 milhões em programas que priorizam o público jovem, entre eles, a Adriane Galisteu, que é a maior estrela.[46]

Ironicamente, na abertura da emissora em 1983, que dizia ser "A Televisão do ano 2000", que falia em maio de 1999, faltando sete meses antes de chegar o ano de 2000.

Em novembro de 2007, a TV Pampa de Porto Alegre foi presenteada pela justiça com o nome TV Manchete. O vice-presidente da emissora diz que não sabe o que vai fazer com o nome e que a decisão não será feita em curto prazo.[47]

Até hoje, Amilcare Dallevo não honrou o compromisso assinado com os Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas do Estado do Rio de Janeiro. Assinou o compromisso apenas por exigência do Ministério das Comunicações. A concessão só seria transferida para Dallevo se ele assinasse o tal compromisso. Caso as dívidas trabalhistas não fossem pagas a concessão poderia ser cancelada. Dallevo não pagou e continua dono da concessão.

[editar] Slogans

  • "Aconteceu, virou manchete"
  • "A Televisão do ano 2000"
  • "A Televisão de Primeira Classe"
  • "O Brasil passa na Manchete"
  • "A força de quem acredita no trabalho"
  • "Qualidade em primeiro lugar"
  • "Você em primeiro lugar"
  • "Uma História de Sucesso"
  • "A Televisão que o Brasil Reconhece"

[editar] Emissoras componentes da Rede Manchete

[editar] Referências

  1. Igreja Renascer assume Rede Manchete, Página 2-9, Folha de S. Paulo, 5 de janeiro de 1999.
  2. Igreja Renascer diz que não assume dívidas da Manchete, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 6 de janeiro de 1999.
  3. Telefone ajuda a pagar contrato, Página 4-1, Folha de S. Paulo, 28 de janeiro de 1999.
  4. Só a Globo transmitirá desfile de Carnaval, Página 3-5, Folha de S. Paulo, 9 de janeiro de 1999.
  5. Situação da Manchete é ‘grave’, diz Pimenta, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 12 de janeiro de 1999.
  6. Manchete diz que vai pagar salários, Página 2-4, Folha de S. Paulo, 22 de janeiro de 1999.
  7. Ministro quer transferir controle da Manchete, Página 2-8, Folha de S. Paulo, 14 de janeiro de 1999.
  8. Grupo Bloch diz que vai pagar atrasados, Página 2-2, Folha de S. Paulo, 16 de janeiro de 1999.
  9. Jornal volta ao ar com fim de greve, Página 2-10, Folha de S. Paulo, 19 de janeiro de 1999.
  10. Acordo é ‘frágil’, diz Pimenta da Veiga, Página 2-9, Folha de S. Paulo, 20 de janeiro de 1999.
  11. Manchete demite e contraria TRT, Página 2-2, Folha de S. Paulo, 23 de janeiro de 1999.
  12. Governo considera ilegal acordo Manchete-Renascer, Página 4-1, Folha de S. Paulo, 28 de janeiro de 1999.
  13. Sede da Manchete vira templo da Renascer, Página 4-10, Folha de S. Paulo, 6 de fevereiro de 1999.
  14. Manchete ameaça romper contrato com Igreja Renascer, Página 2-2, Folha de S. Paulo, 10 de fevereiro de 1999.
  15. Manchete rompe contrato com Renascer, Página 2-5, Folha de S. Paulo, 13 de fevereiro de 1999.
  16. Manchete fecha portas para bispos, Página 3-7, Folha de S. Paulo, 14 de fevereiro de 1999.
  17. Renascer reassume Manchete, Página 2-5, Folha de S. Paulo, 18 de fevereiro de 1999.
  18. Banco Rural cobra dívida da Manchete, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 19 de fevereiro de 1999.
  19. Manchete volta ao grupo Bloch, Página 2-10, Folha de S. Paulo, 23 de fevereiro de 1999.
  20. Kapeller negocia com dono do jornal “O Dia”, Página 2-6, Folha de S. Paulo, 25 de fevereiro de 1999.
  21. Pimenta elogia fim de acordo, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 26 de fevereiro de 1999.
  22. Funcionários invadem ministério, Página 2-6, Folha de S. Paulo, 5 de março de 1999.
  23. Bloch revela interesse de produtora, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 19 de março de 1999.
  24. Ex-ministro atua na venda da Manchete, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 8 de abril de 1999.
  25. Grupo faz proposta a funcionários de TV, Página 2-4, Folha de S. Paulo, 9 de abril de 1999.
  26. Candidato à compra da Manchete teme fim da rede, Página 4-4, Folha de S. Paulo, 21 de abril de 1999.
  27. Desembargador julga hoje recurso contra venda da TV, Página 2-11, Folha de S. Paulo, 6 de maio de 1999.
  28. Grupo Bloch ganha na Justiça direito de posse da Manchete, Página 2-5, Folha de S. Paulo, 7 de maio de 1999.
  29. Funcionários invadem Manchete, Página 2-5, Folha de S. Paulo, 8 de maio de 1999.
  30. Governo analisa a venda da Manchete, Página 2-6, Folha de S. Paulo, 11 de maio de 1999.
  31. Ministro assina a venda da Manchete, Página 2-9, Folha de S. Paulo, 15 de maio de 1999.
  32. Funcionários se dizem aliviados, Página 4-1, Folha de S. Paulo, 15 de maio de 1999.
  33. Nova TV Manchete estréia em agosto com outro nome, Página 4-1, Folha de S. Paulo, 22 de maio de 1999.
  34. Rede TV! é o novo nome da TV Manchete, Página 2-13, Folha de S. Paulo, 29 de maio de 1999.
  35. Sindicato do RJ assina acordo com TeleTV, Página 2-4, Folha de S. Paulo, 2 de junho de 1999.
  36. Manchete do Rio continua em greve, Página 2-7, Folha de S. Paulo, 1º de junho de 1999.
  37. Acaba greve de funcionários da Manchete, Página 2-2, Folha de S. Paulo, 3 de junho de 1999.
  38. Bloch leiloa prédios para saldar dívida de R$ 140 mi, Página 2-6, Folha de S. Paulo, 9 de junho de 1999.
  39. Leilão no Rio não atrai compradores, Página 2-6, Folha de S. Paulo, 15 de julho de 1999.
  40. Uma liminar concedida pelo desembargador Antônio Eduardo Duarte, da 3ª Vara Cível do Rio, suspendeu o leilão dos prédios-sede da Bloch e da TV, marcadas para dia 25 de julho. O leilão é para pagar dívida de US$ 7 milhões que a TV Manchete contraiu com o banco Econômico em 1992, e que está avaliada (em 1999) cerca de R$ 137 milhões, segundo Fábio Saboya, um dos compradores da TV junto com Almicare Dallevo Jr..
  41. Adiado outro leilão de prédio da Bloch, Página 2-2, Folha de S. Paulo, 26 de junho de 1999.
  42. BB vai à Justiça contra TV Manchete, Página 2-6, Folha de S. Paulo, 9 de julho de 1999.
  43. Devedor, “Jaquito” recebeu US$ 4,5 milhões pela venda, Página 6-1, Folha de S. Paulo, 26 de julho de 1999.
  44. Caso está sob investigação, Página 2-3, Folha de S. Paulo, 27 de julho de 1999.
  45. Dívidas da Manchete entram em disputa, Página 2-7, Folha de S. Paulo, 4 de novembro de 1999.
  46. Rede estréia programação, Página 1-1, Folha de S. Paulo, 14 de novembro de 1999.
  47. TV Pampa é presenteada com o nome Manchete (28/11/2007)

[editar] Ligações externas

Precedido por
Rede Tupi
Manchete Rio
1983 - 1999
Sucedido por
RedeTV!
Precedido por
Rede Excelsior
Manchete São Paulo
1983 - 1999
Sucedido por
RedeTV!
Outras línguas


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