Metrô de São José dos Campos
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O Metropolitano de São José dos Campos, também chamado de Metrô de Superfície, é o nome do projeto joseense de transporte de média capacidade sobre trilhos. Trata-se de um projeto bastante similar ao sistema a ser implamantado na Baixada Santista e em Goiânia, e inspirado em metropolitanos de algumas cidade norte-americanas e européias.
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[editar] Motivação
Com mais de 1.700 indústrias, rodovias de grande movimento no perímetro urbano, e uma frota de cerca de 240 mil veículos (e crescendo), São José dos Campos sofre atualmente com graves problemas de poluição. Estudo feito por pesquisadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) revela que o ar está poluído em São José, inclusive no distrito de São Francisco Xavier, que se imaginava estar fora do alcance de poluentes atmosféricos [1].
Além disso, a crescente frota de veículos para uma população relativamente média (aproximadamente 620 mil habitantes) redunda no agravamento do problema de poluição atmosférica. O sistema viário da cidade possui insolúveis pontos de estrangulamento, tais como o "gargalo" na passagem da Avenida Jorge Zarur sob a Via Dutra, ou a estreita Avenida Jucelino Kubitschek (única alternativa de ligação à Zona Leste, excluindo à já congestionada Via Dutra). Os congestionamentos são rotina na cidade. São José detem hoje a segunda maior população do interior do estado de SP, ficando atrás apenas de Campinas.
Para solucionar o problema de transporte público e melhorar a qualidade do ar, existem planos para a implantação de um Metrô de Superfície em São José, que também deve ligar a cidade de Jacareí.
[editar] História
Data da década de 70 as primeiras referências ao Metrô de Superfície de São José dos Campos. No projeto inicial, seria aproveitado o ramal desativado da Rede Ferroviária Federal, passando pela orla do Banhado (cartão postal da cidade), e fazendo a ligação da cidade com as vizinhas Caçapava e Jacareí. Tal projeto, de tempo em tempo, aparece em destaque, principalmente nas épocas de eleições, sendo certo que futuramente sua implantação será, tendo em vista o crescimento da cidade, de suma importância [2].
Todavia, a desastrosa implantação do VLT de Campinas, no início dos anos 90, resfriou a discussão em torno do tema, gerando preconceitos contra o chamado Veículo Leve Sobre Trilhos (também conhecido como Metrô Leve).
Mas o progresso de São José não pôde esperar: durante os anos 90, e também na primeira década do século XXI, a cidade segue experimentando um crescimento acelerado. A conurbação com Jacareí, que já se desenhava nos anos 70, se consolida de maneira definitiva. E um novo projeto de VLT, que atende melhor às regiões Sul e Leste, é elaborado.
[editar] Possíveis Linhas
[editar] Projeto 1
Este projeto aproveita o ramal desativado da Rede Ferroviária Federal, passando pela orla do Banhado, Esplanada, Jardim das Colinas, Jardim das Indústrias, Limoeiro, fazendo a ligação com Jacareí ao sudoeste, e com a Vila Industrial à Nordeste.
A linha teria, em sua primeira etapa, 10 estações distribuídas em cerca de 20Km de extensão. A linha seria eletrificada (alimentação por catenária) e com via dupla. Os trens poderiam ser similares ao material rodante do Metrô do Porto, Portugal.
[editar] Estações - Primeira Fase
- Vila Tesouro
- Vila Industrial
- Central
- Banhado
- Esplanada
- Colinas
- Jd. das Indústrias
- Limoeiro
- Dutra
- Jacareí
[editar] Expansões
Uma possível extensão seria em direção à Eugênio de Melo, posteriormente atingiria Caçapava.
[editar] Críticas
A principal crítica a este projeto é por ele servir à àreas de baixa densidade populacional, não resolvendo o problema de transporte das regiões mais populosas (Sul e Leste). Os defensores do projeto rebatem, alegando que o baixo custo relativo do projeto, assim como a possibilidade de se dirigir o crescimento da cidade para Oeste (redundando em um melhor planejamento urbano) justificariam a implantação.
Não obstante, o projeto 2 parece ter mais chances de ser implantado.
[editar] Projeto 2
O segundo projeto, atualmente em estudos pela Secretaria de Transportes de São José dos Campos [3], aproveita basicamente a faixa patrimonial da linha de transmissão de energia da Bandeirante Energia (popularmente conhecido como "linhão"). Essa escolha justifica-se pela localização privilegiada da linha de transmissão (que corta ao meio justamente as três regiões mais populosas da cidade: Sul, Central e Leste), acarretando consequentemente a economia com desapropriações.
[editar] Estações - Primeira Fase
A localização das estações deste projeto ainda não estão definidas, mas sabe-se que devem existir paradas em bairros populosos, tais como o Motorama, Vista Verde (Região Leste), Satélite, Parque Industrial (Região Sul), assim como paradas em áreas centrais de grande demanda, por exemplo a Rodoviária, o Center Vale e o Estádio Martins Pereira. A maior parte do percurso dar-se-ia em superfície, exceto pelo trecho Vidoca - Rodoviária, que passaria pelo centro da cidade e seria em subterrâneo.
[editar] Expansões
Tal como o projeto da linha 1, esta hipotética linha poderia ser estendida: na Região Leste, do Motorama em direção ao Santa Inês ou ao Novo Horizonte, e na Região Sul em direção à Jacareí.
[editar] Críticas
A maior dúvida acerca deste projeto é a viabilidade da readequação ou realocação das linhas de transmissão da Bandeirante Energia. Não obstante, parte do Anel Viário da cidade está localizado sob as linhas de transmissão (trecho Vidoca - Fundo do Vale).
[editar] Situação Atual
Se a implantação do Metrô é inevitável, dada a grande demanda por um projeto dessa magnitude, resta saber quando dar-se-ia o início das obras. O Codivap elaborou no dia 25 de Agosto de 2006 um documento com três reivindicações da região que será entregue aos três principais candidatos na disputa ao Governo do Estado -- José Serra (PSDB), Aloizio Mercadante (PT) e Orestes Quércia (PMDB). No documento, o Codivap pede prioridade para três obras: a ampliação da rodovia Carvalho Pinto até Aparecida, a construção de um hospital regional em Guaratinguetá e a instalação de um metrô de superfície entre as cidades da região [4]. Esse metrô seria nada mais que uma extensão natural do primeiro projeto de metrô de superfície.
Durante a 14 ª Reunião pública para revisão do plano diretor de São José dos Campos (PDDI), realizada no dia 23 de Fevereiro de 2006, foi incluída na pauta uma proposta de metrô de superfície que atenda às regiões Sul e Leste de São José, o que viria ao encontro do projeto 2 [5].
[editar] Estudos de Viabilidade do ITA
Atualmente o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) realiza o estudo de viabilidade para a implantação do VLT no "linhão" (faixa patrimonial das linhas de transmissão de energia). A expectativa é que a Prefeitura de São José dos Campos divulgue os resultados dos estudos no segundo semestre de 2008. [6]
[editar] Ver também
[editar] Fontes
- Secretaria de Planejamento de São José dos Campos
- "São José Retoma Projeto de Metrô" Reportagem do Jornal Valeparaibano publicada no dia 4 de Fevereiro de 2007
- Railbuss.com
- Electric Transport in Latin America (em inglês)