Viação Aérea São Paulo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
[[image:|250px|center]] | ||
Viação Aérea São Paulo (VASP) | ||
---|---|---|
IATA VP |
ICAO VSP |
Callsign Vasp |
Fundada em | 1933 | |
Encerrou atividades em | 2005 | |
Principais centros de operações |
Aeroporto Internacional de Congonhas | |
Companhia administradora |
Grupo Canhedo | |
Sede | São Paulo | |
Pessoas importantes | CEO: Wagner Canhedo |
A Viação Aérea São Paulo (VASP) é uma empresa de aviação comercial brasileira com sede na cidade de São Paulo.
VASP (1933-2005)
Nome: VASP (1933-2005) Sede: São Paulo Fundada em: 1933 CEO: Wagner Canhedo
A história da Vasp começou a ser escrita nos anos seguintes à Revolução de 1932. Em 12 de novembro de 1933 um grupo de empresários e pilotos reuniu-se e criou a Viação Aérea São Paulo, apresentando ao público na sua base do Campo de Marte seus primeiros aviões, dois Monospar ST-4 ingleses, com capacidade para três passageiros.
Em 16 de abril de 1934 decolaram os primeiros vôos comerciais, entre São Paulo, Ribeirão Preto e Uberaba e Rio Preto, via São Carlos.
As condições precárias da infraestrutura aeroportuária dificultavam a operação. Nos primeiros meses de atividades, teve suas operações suspensas devido a fortes chuvas, que inundaram o Campo de Marte. Tais dificuldades foram decisivas para a empresa participar do desenvolvimento de aeroportos e campos de pouso no interior paulista. A empresa transferiu suas operações para o recém inaugurado Aeroporto de Congonhas, conhecido como "Campo da Vasp".
Em janeiro de 1935, a sua frágil saúde financeira fez com que a diretoria pedisse oficialmente ajuda ao Governo do Estado. A Vasp foi estatizada e recebeu novo aporte de capital para a compra de 2 Junkers Ju-52-3M. O lado negativo, como só pode acontecer nesta terra de samba e pandeiro, foi "aculturar" a empresa com todas as mazelas de nossa (des)administração pública: alta rotatividade na direção, apadrinhamentos,etc... Muitas vezes, a própria presidência da empresa foi entregue à pessoas sem o mínimo conhecimento de aviação, nomeadas por razões políticas.
Em 1936 a Vasp estabeleceu a primeira linha comercial entre São Paulo e Rio de Janeiro, e em 1937 recebeu seu terceiro Junkers. Tragicamente, este avião, matriculado PP-SPF, sofreu o primeiro grande acidente de nossa aviação comercial: Em 8 de novembro de 1939 chocou-se, após a decolagem do aeroporto Santos Dumont, com um de Havilland 90 Dragonfly argentino. Em 1939 a VASP comprou a Aerolloyd Iguassú, pequena empresa de propriedade da Chá Matte Leão, que operava na região sul do país. Em 1962 foi a vez do Lloyd Aéreo ser comprado, ampliando ainda mais sua participação a nível nacional (A Vasp parece que não pode ver um Lloyd sem se interessar- anos depois, foi a vez do Boliviano) Após a Segunda Guerra, modernizou a frota com a introdução dos Douglas DC-3 e Saab S-90 Scandia. Em 1955 encomendou o Viscount 800, primeiro equipamento à turbina no Brasil e depois trouxe os "Samurai" YS-11. Em janeiro de 1968, entrou na era do jato puro com a entrega de dois BAC One Eleven 400. Em 1969, trouxe ao Brasil os primeiros Boeing 737-200, em 1982 chegaram os Airbus A300B2 e em 1986 o primeiro 737-300 de nosso país. No início da década de 90, a Vasp foi privatizada. Seu novo presidente, Wagner Canhedo, iniciou uma agressiva expansão internacional: Ásia, Estados Unidos, Europa e até mesmo o Marrocos entraram no mapa da empresa. Aumentou a frota, trazendo entre outros três DC-10-30 e depois nove MD-11. Criou o Vasp Air System, após adquirir o controle acionário da LAB, Ecuatoriana e da argentina TAN.
Não conseguiu sustentar o crescimento. Deixou de pagar obrigações, salários, leasings e até taxas de navegação. Canibalizou os MD-11 a céu aberto em Guarulhos e foi cancelando as rotas internacionais. A frota foi reduzida, restando os pré-diluvianos 737-200 e os cansados A300 para servir uma rede doméstica menor do que a empresa operava em 1990. O Vasp Air System foi desfeito. Não foi apenas uma década perdida: foi uma década em marcha-à-ré.
Deu no que deu: em setembro de 2004, o Departamento de Aviação Civil (DAC) suspendeu as operações de oito aeronaves da Vasp. Por medida de segurança, os aviões 737-200 de prefixos PP-SMA, PP-SMB, PP-SMC, PP-SMP, PP-SMQ, PP-SMR, PP-SMS e PP-SMT foram proibidos de voar até cumpriem as exigências técnicas de revisões e modificações obrigatórias - as ADs (Airworthiness Directives) - estabelecidas pelo fabricante. Sem dinheiro para fazer os trabalhos, a Vasp decidiu encostar os jatos. Em seguida, eles começaram a ser canibalizados para oferecer peças aos outros 737 ainda em operação.
Com uma imagem arranhada e uma frota jurássica, a empresa foi perdendo terreno, sobretudo após a entrada da Gol no mercado. A Vasp operou em novembro de 2004 apenas 18% dos vôos programados. Em setembro de 2004, quando enfrentou a primeira paralisação de funcionários e começou a ter problemas para abastecer suas aeronaves, a fatia de mercado da companhia aérea era de apenas 8% e dois meses depois, de 1,39% . A ocupação também foi péssima: as únicas 3 aeronaves da Vasp que voaram no mês saíram com 47% dos assentos vendidos.
A Vasp parou de voar no final de janeiro de 2005, quando o DAC cassou sua autorização de operação. Suas aeronaves hoje estão paradas por aeroportos de todo o país, testemunhas de mais uma triste história de nossa aviação comercial.
Índice |
[editar] Hoje em Dia
A companhia deixou de operar, e seus aviões estão apodrecendo ao relento, mas seu Centro de Manutenção contínua dando reparo a diversas companhias aéreas (como a VarigLog) mostrando a capacidade, e qualidade, de seus serviços e funcionários.
[editar] Recuperação judicial e volta aos ares
A empresa está em processo de recuperação judicial desde 1 de julho de 2005, para que tenha alguma possibilidade de retornar suas operações.
A VASP realizou em 26 de julho de 2006 uma assembléia de credores, quando foi aprovado o plano de recuperação da empresa, com previsão de retomar as atividades com cargas e passageiros dentro de um prazo de 8 a 10 meses, com 12 novas aeronaves, adquiridas por meio de leasing. O juiz homologou no dia 24 de agosto de 2006 o seu plano de recuperacao judicial, reafirmando a empresa retomar suas atividades dentro de um período de 8 a 10 meses.Mas isto não aconteceu até hoje.
[editar] Frota
A Vasp se orgulha de ser dona de sua própria frota e não ter despesas com leasing, mas quando esta frota começa a envelhecer, que é caso dos aviões da empresa de Wagner Canhedo, os problemas começam a surgir. A frota da Vasp é composta de 30 aviões: 19 Boeing 737-200, quatro Boeing 737-300 e três Airbus A300, além de quatro cargueiros 2 Boeing 727-200 e 2 737-200.
[editar] Acidente com o vôo 168
O Vôo VASP 168 foi um acidente aéreo ocorrido em 8 de junho de 1982, quando um Boeing 727-200 com destino a Fortaleza se chocou contra a Serra da Aratanha, próximo de Pacatuba, Ceará. Todos os 137 ocupantes do Boeing morreram na colisão, sendo esse o maior acidente aéreo da história da aviação brasileira até 2006. Este acidente foi superado pelo acidente com o Vôo Gol 1907, ocorrido em Setembro de 2006, que matou todos os 154 ocupantes e pelo acidente com o Vôo TAM 3054 que também matou todos os seus 187 ocupantes e mais 12 vítimas em terra (199 ao todo), em Julho de 2007. Tudo começou na aproximação final, quando a aeronave estava a 50 km da capital cearense. Houve uma perda de altitude que foi considerada excessiva pelos computadores do avião. Nesse momento, o Boeing da Vasp sobrevoava a região de Pacatuba. Seis alarmes soaram na cabine, mas o piloto os ignorou. O co-piloto achou estranho, disse que via morros logo a frente. Logo em seguida, às 02h45, o Boeing se chocou contra a Serra da Aratanha sem deixar sobreviventes.