Trio Nordestino
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Trio Nordestino | |
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Origem | Bahia |
País | Brasil |
Período | 1958 – atualmente |
Gênero(s) | Forró |
Gravadora(s) | |
Integrantes | Luiz Mário Beto Sousa Coroneto |
Ex-integrantes | Coroné Lindú Cobrinha Genário |
Página oficial | http://www.trionordestino.com.br |
O Trio Nordestino é uma banda de forró iniciada em 1958 na Bahia.
Forró pé de serra é a especialidade do Trio Nordestino que, desde 1958, bota os casais do país inteiro pra dançar coladinho. A história do Trio se confunde com a própria história do gênero, que surgiu com o saudoso Luiz Gonzaga e se consolidou com a ajuda de Coroné, Cobrinha e Lindú.
Índice |
[editar] História
Começaram a carreira fazendo o circuito de casas noturnas de Salvador. Quando estavam trabalhando para a boate Clock, conheceram o recém contratado Gordurinha, músico e compositor que iria abrir as portas do Rio de Janeiro. Com a promessa de gravar um disco, Gordurinha levou-os a Odeon Records e a RCA, onde não tiveram oportunidade. Numa nova tentativa, desta vez na Copacabana Discos, passaram no teste dirigido por Nazareno de Brito. Contratados, gravariam dali a dez dias um álbum completo com 12 músicas.
Em busca do sucesso, o Trio resolveu tentar uma participação no famoso programa O Trabalhador Se Diverte, da Rádio Mayrink Veiga, comandado por Raimundo Nobre. Ao chegarem no auditório do programa, encontram Luiz Gonzaga e imediatamente lhe pedem para que mostre o caminho das pedras no Rio de Janeiro. Gonzagão se recusa a dar ajuda e continua a ensaiar. Frustrados com o ídolo, apelam para Raimundo que, depois da insistência de Gordurinha, concordou com a apresentação de apenas uma música, Carta a Maceió, sucesso instantâneo entre o público do auditório, que aplaudia com fervor pedindo bis. A partir daí, tudo mudou, Raimundo pediu a Angela Maria, a atração seguinte, que cedesse para o Trio Nordestino cinco dos seus dez minutos de apresentação. Ela, que tinha adorado Carta a Maceió, aceitou o pedido e transformou-se na madrinha do Trio, que pôde apresentar mais dois números. Isso garantiu um contrato com a rádio para apresentarem-se em programas ao lado da própria Angela e de artistas como Luiz Gonzaga e Nelson Gonçalves.
Com o sucesso da canção e de Chupando Gelo, presentes no primeiro disco, o Trio passou a gravar um LP por ano, lançando vários sucessos. Famosos, partiram para o Nordeste junto com Luiz Gonzaga por 75 dias, para fazer a propaganda de uma marca de cachaça. Foi nessa ocasião que, jantando no Recife, Gonzagão relembrou o pedido de ajuda feito pelo Trio no auditório da Rádio Mayrink e disse: Se eu tivesse ajudado, vocês teriam se acomodado e hoje não teriam alcançado a marca de vendas que ultrapassa a minha. Desde então Gonzagão passou a ajudá-los e uma longa amizade foi selada. Depois de 11 obras na Copacabana Discos, migraram para a CBS em 1967. Em 1969, Lindú sofreu um acidente de carro que requeria mais de um ano de tratamento. Mesmo assim, a nova gravadora resolveu dar continuidade ao trabalho, levando o acordeão| de ambulância para os estúdios de gravação. Em 1970 saiu o disco, com a música Procurando Tu, de Antônio Barros, que se transformou no maior sucesso do Trio Nordestino, alavancando mais de 1 milhão de cópias vendidas e levando-os das paradas sertanejas para as rádios dos mais diversos segmentos em todo o país. O sucesso nacional levou o Trio a permanecer no primeiro lugar do programa Sílvio Santos, na TV, durante 90 dias e a receber da CBS o troféu Chico Viola pelo segundo lugar na vendagem de discos de 1970. O primeiro lugar foi de Roberto Carlos.
O sucesso continuou durante toda a década e trouxe Luiz Gonzaga e o forró de volta às principais rádios. Ainda foram responsáveis pelo enriquecimento do ritmo, introduzindo no forró de raiz (zabumba, triângulo, acordeão e voz) uma segunda acordeão e a bateria. Em 1982, já de volta a Copacabana Discos, Lindú morre devido a uma insuficiência renal. Decididos a continuar com o forró, em nome de um pacto feito quando tinham acabado de formar o Trio Nordestino, Coroné e Cobrinha encontram em Genaro o substituto para o acordeonista. Assim atravessaram a década de 80, até a saída de Genaro, no início dos anos 90, sendo substituído por Beto, afilhado de Lindú. Em 1994 o Trio Nordestino sofreu outra baixa. Dessa vez, um câncer de intestino levou Cobrinha e seu triângulo. Deprimido, Coroné quase abandona a zabumba. Porém, um sonho e a lembrança do pacto feito há mais de 30 anos em nome do forró o manteve na estrada. O substituto de Cobrinha foi encontrado em Luís Mário, que outrora era adepto do rock, mas que herdou a voz e o talento do pai, Lindú, e se bandeou de vez para o forró.
Pouco tempo depois, em 2000, confirmando a profecia de Gonzagão quando estava perto da morte, o forró voltou a ser sucesso nacional, alavancado por Gilberto Gil e os hits da trilha sonora do filme Eu, Tu, Eles e com o surgimento de grupos novos como o Falamansa e o Forróçacana. Isso permitiu que o Trio Nordestino voltasse às paradas com sua nova formação, prestigiada por um público renovado e jovem. Levados pela nova onda, foram quatro vezes à Europa, onde fizeram concorridos shows em Paris, no famoso restaurante Favela Chic, e em Londres, por intermédio do Bar do Luiz, freqüentado pela colônia brasileira.
[editar] Integrantes
[editar] Formação atual
[editar] Ex-integrantes
[editar] Discografia
- 1962 - Chupando Gelo
- 1964 - Pau-de-arara é a Vovozinha
- 1965 - Aqui Mora o Xaxado
- 1966 - O Troféu é Nosso
- 1967 - Vamos Xamegar
- 1968 - É Forró que Vamos Ter
- 1969 - Nós Estamos na Praça
- 1970 - No Meio das Meninas
- 1971 - Ninguém Pode com Você
- 1972 - Renovação
- 1973 - Primeiro e Único
- 1974 - Chililique
- 1975 - Forró Pesado
- 1976 - O Alegríssimo Trio Nordestino
- 1977 - Estamos Aí Pra Balancear
- 1978 - Os Rouxinhos da Bahia
- 1979 - Trio Nordestino e o Homem de Saia
- 1980 - Corte o Bolo
- 1981 - Ô Bicho Bom
- 1982 - Dia de Festejo
- 1983 - Amor Pra Dar
- 1984 - Com Amor e Carinho
- 1985 - Forró de Cima a Baixo
- 1986 - Forró Temperado
- 1987 - Forró de Categoria
- 1988 - Na Intimidade do Trio Nordestino
- 1989 - Festa do Povão
- 1990 - Trio Nordestino Somos Nós
- 1991 - Vale a Pena Ouvir de Novo
- 1994 - Vale a Pena Ouvir de Novo Vol. 2
- 1997 - Xodó do Brasil
- 1999 - Nós Tudo Junto
- 2001 - Balanço Bom
- 2003 - Baú do Trio Nordestino
- 2004 - Baú do Trio Nordestino Vol. 2
- 2006 - Meu Eterno Xodó
- 2007 - Nova Geração