Teletransporte
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O teletransporte ou teleporte é o processo de moção de objetos de um lugar para outro, em curto espaço de tempo, sem a passagem pelo espaço intermediário. (Ver transporte).
O teletransporte, há até pouco tempo, estava restrito ao campo de ficção científica e da ciência especulativa. Em 2004, todavia, ocorreu o primeiro experimento prático, no qual um grupo de cientistas teletransportou fótons em laboratório. Em 2006, o professor Eugene Polzik do Instituto Niels Bohr, na Universidade de Copenhague, Dinamarca, teletransportou um objeto de trilhares de átomos a uma distância de meio metro.
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[editar] Noções gerais
Para se entender as prováveis possibilidades do teletransporte, é necessário traçar um paralelo entre matéria e energia, espaço-tempo, e procurar enxergá-las sob o mesmo prisma relativístico.
Para localizar especialmente um objeto físico, são necessárias três medidas, o comprimento, a largura e a altura. Assim, com um eixo de três coordenadas, pode-se descrever a posição de um ponto no espaço. Para localizar um evento, que ocorre durante um intervalo determinado, exige-se a noção adicional de tempo. Assim, combinando o primeiro sistema, tridimensional, com a medida de tempo, chega-se à noção de espaço-tempo, tetradimensional.
O conceito de espaço-tempo, que relaciona duas categorias tratadas de forma independente pela física tradicional, foi postulado por Albert Einstein, na teoria especial da relatividade, de 1905, e na teoria geral da relatividade, de 1915.
Até então nunca havia sido admitida a conexão espaço-tempo. No século XIX, era uma verdade matemática que o espaço físico era um plano contínuo de três dimensões, o conjunto de todos os pontos possíveis, ao qual se aplicavam os postulados da geometria euclidiana, com isso, as coordenadas cartesianas pareciam naturalmente encaixadas nesse espaço. O tempo era visto como um contínuo separado, independente do espaço, o tempo era enxergado como totalmente homogêneo, de extensão infinita e unidimensional, portanto, qualquer ponto deste gráfico monodimensional e monodirecional era enxergado como ponto de origem a qualquer evento físico a este relacionado, chamado de momento atual.
O momento atual no tempo, tomado como origem, e se medindo seu transcorrer, para frente, ou para trás, poderia descrever qualquer fenômeno físico; portanto, este era uma das bases da mecânica clássica.
Quando a física começou a estudar a dupla natureza da matéria, corpuscular e ondulatória, notou-se que matéria e energia não são dissociadas e sim inter-relacionadas, logo, a idéia de espaço e tempo absolutos, sob o prisma relativístico, é incoerente, pois ao se tentar utilizar a mecânica e a eletrodinâmica para explicar os fenômenos atômicos, os resultados encontram-se em francas contradições com a experiência laboratorial.
Isto se vê mais claramente na contradição a que se chega ao aplicar a eletrodinâmica ordinária ao modelo de átomo em que os elétrons se movem em torno ao núcleo seguindo órbitas clássicas. Neste movimento, como em qualquer movimento acelerado das cargas, os elétrons deveriam irradiar continuamente ondas eletromagnéticas. Ao irradiá-las, os elétrons perderiam sua energia, e, conseqüentemente haveria a queda no núcleo atômico. Portanto, segundo a eletrodinâmica clássica o átomo seria instável, coisa que não se coaduna com a realidade prática.
A contradição entre a teoria e a prática atesta que a construção de uma teoria aplicável aos fenômenos atômicos, é dizer que os fenômenos que ocorrem com partículas de massa pequena e em regiões muito pequenas do espaço, exige uma alteração essencial das leis e das idéias clássicas fundamentais.
Existe um experimento prático chamado de experiência da dupla fenda, este é importante para demonstrar a dualidade da matéria, que pode suscitar uma pista sobre o teletransporte. Imaginemos que se faça passar um raio homogêneo de elétrons (partículas) através de um cristal, se observa uma figura constituída por máximos e mínimos de intensidade que se sucedem entre si análoga à figura da difração das ondas eletromagnéticas; ora, a matéria pelo senso comum, não difrata, não refrata e não reflete.
Assim, em certas condições, o comportamento das partículas materiais apresenta paralelos com os processos ondulatórios, e, nesta dualidade matéria energia, pode estar a chave do transporte de matéria através do espaço, daí ao teletransporte é um longo caminho mental, e prático. A contradição das idéias ordinárias sobre o movimento se revela com particular evidência neste experimento mental, que constitui uma idealização da difração eletrônica por um cristal, portanto, se é possível a nível de micro-universo detectar esta dualidade, estas leis podem se repetir a nível macro universo. A questão do teletransporte não é a teorização, mas sim a possibilidade prática de converter matéria em energia e reconvertê-la novamente em matéria, porém, sem perder suas propriedades físicas antes da primeira conversão.
[editar] Uso prático
Muito antes do teletransporte poder ser utilizado para a moção de pessoas e carga ele já poderá ser utilizado para diversos outros fins, abaixo alguns deles:
- Transmissão de dados: transportar dados sem fios e em grande escala tem levantado o interesse de grandes empresas como a IBM que vem investindo pesadamente nas pesquisas sobre o assunto.
- Medicina: outra utilidade seria poder realizar diagnósticos de doenças sem exames invasivos e em alguns casos até poderia a ser usado para cirurgias.
- Segurança de Dados: seria possível enviar dados de um lado ao outro com certeza absoluta de que ninguem interceptaria a informação.
- Máquina copiadora: Se um possível teletransporte, tivesse que escanear e armazenar informações relacionadas à posição dos átomos de um determinado corpo para quando fosse “reconstruí-lo” colocar os átomos na posição correta, conseqüentemente esse teletransporte, através da manipulação dos elementos, poderia "xerocar" tal corpo.