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Telê Santana da Silva - Wikipédia, a enciclopédia livre

Telê Santana da Silva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Telê Santana da Silva (Itabirito, 26 de julho de 1931Belo Horizonte, 21 de abril de 2006) foi um dos mais importantes treinadores da história do futebol brasileiro. Após perder duas Copas do Mundo no comando da Seleção Brasileira, amargou por muito tempo a fama de "pé-frio". Mas deu a volta por cima, anos mais tarde, comandando o São Paulo e conquistando duas vezes a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes.

Como jogador, é ícone do Fluminense pela intensa dedicação que ofereceu ao seu clube do coração — que valeu-lhe o apelido "Fio de Esperança" —, onde também começou a sua vitoriosa carreira de treinador de futebol.

Índice

[editar] Biografia

Esteve à frente da Seleção Brasileira nas Copas de 1982 e 1986. Encerrou a carreira no São Paulo, depois de ter levado o time a suas maiores conquistas na primeira metade dos anos 1990. Como jogador não chegou à Seleção Brasileira por concorrer com jogadores como Julinho Botelho e Mané Garrincha, nos anos 1950 e 1960.

Começou no Itabirense Esporte Clube, cuja sede situava-se próximo a sua casa, e depois jogou no América de São João del Rei de onde saiu para jogar no Fluminense.

[editar] Fluminense

Pelo Fluminense iniciou sua carreira sendo campeão de juvenis em 1949 e 1950 e promovido para os profissionais em 1951. A partir daí despontou seu melhor futebol e conseguiu suas maiores conquistas como atleta. Foi um dos primeiros pontas no futebol brasileiro a voltar para marcar no meio.[1]

A sua contratação pelo Fluminense se deu após fazer um teste contra o Bonsucesso e fazer cinco gols, referendada então pelo Diretor de Futebol do Fluminense daquela época, nada menos que outro ícone histórico deste clube, primeiro capitão e em 1930 o autor do primeiro gol da Seleção Brasileira em uma Copa do Mundo, João Coelho Netto, o Preguinho.

Com a camisa do Fluminense jogou 557 partidas e marcou 162 gols[2], sendo o terceiro jogador que mais atuou pelo clube tricolor e seu terceiro maior artilheiro.

Conquistou como jogador os seguintes títulos, entre os mais importantes: Campeonato Carioca de 1951 e 1959; Torneio Rio-São Paulo de 1957; e Copa Rio (Internacional) de 1952.

[editar] O Fio de Esperança

Quando Telê era jogador, tinha o apelido de "Fio de Esperança", que recebeu após um concurso entre os torcedores promovido pelo jornalista Mário Filho, diretor do extinto Jornal dos Sports.

O concurso tinha surgido como idéia do dirigente tricolor Benício Ferreira. Na época, Telê tinha os apelidos pejorativos de "Fiapo" e "Tarzan das Laranjeiras", em função de seu corpo franzino. O dirigente achava que o jogador merecia algo mais honroso e deu a idéia ao amigo Mário Filho, que criou o concurso com o tema "Dê um slogan para Telê Santana e ganhe 5 mil cruzeiros".

Ao seu final, mais de quatro mil sugestões tinham sido enviadas à redação do jornal. José Trajano conta que seu pai participou do concurso propondo o apelido "A Bola".[carece de fontes?] Três leitores acabaram empatados no primeiro lugar na votação final, com as alcunhas "El todas", "Big Ben" e "Fio de Esperança". Foi a última que caiu no gosto dos torcedores tricolores.

Telê deu mais uma demonstração de amor ao Fluminense, quando já no final de sua carreira como jogador, atuando pelo Madureira marcou o único gol de sua equipe na derrota por 5 a 1 para o Flu. Embora aquele gol não tenha influenciado no resultado, Telê chorou ao final da partida por ter feito um gol em seu clube do coração.

[editar] Treinador

Com um visão particular de futebol, formada nos muitos anos de trabalho no Fluminense, em que não acreditava em "ganhar por ganhar" ou "ganhar a qualquer custo", era um intransigente defensor de um futebol diferenciado e disciplinador exigente, que exigia de seus comandados uma postura profissional dentro e fora dos campos. Foi este futebol que transformou Telê em "Mestre", no comando do time do São Paulo que conquistou vários títulos no início da década de 1990. Ganhou um total de onze títulos, incluíndo um Campeonato Brasileiro, duas Libertadores da América e dois Campeonatos Mundiais.

Após encerrar a carreira como jogador, foi aproveitado como técnico e acabou marcando uma época de glórias e estigmas. Começou na categoria de juvenis (atual juniores) do Fluminense, sendo campeão carioca em 1968. Em 1969, foi promovido a técnico do time profissional, sendo campeão carioca e formando a base do time campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa de 1970. Lá também brigou pelos direitos de seus jogadores, que eram obrigados a entrar e sair do clube pela porta dos fundos. Depois de uma reunião à noite com dirigentes, pediu que abrissem a porta dos fundos para ele. Responderam que ele não era jogador e podia sair pela entrada social, mas Telê recusou-se e pulou o muro, porque não achou ninguém para abrir a porta dos fundos. "Eu disse que também fui jogador e que o aviso servia para mim também", contou, anos mais tarde.[3]

Curiosamente, o mesmo time do Fluminense disputou a final contra o Atlético Mineiro, na época dirigido por Telê, que seria campeão mineiro em 1970 e campeão brasileiro em 1971. Em 1972 passou pelo São Paulo, mas foi afastado ao entrar em conflito com os ídolos [Adhemir de Barros|Paraná]] e Toninho Guerreiro.

Em 1977, dirigiu o histórico time do Grêmio, levando-o a recuperar a hegemonia do Campeonato Gaúcho após oito anos de domínio do Internacional. Após ganhar fama de bom treinador de clubes, com mais uma passagem marcante, agora pelo Palmeiras, em 1979, quando fez um time sem estrelas realizar belos jogos, foi contratado para ser técnico da Seleção Brasileira.

Como treinador da Seleção na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, encantou o mundo com um futebol bonito e envolvente, aclamado como o melhor da época. Reconhecendo que privilegiava a técnica, escalou uma esquadra com jogadores como Zico, Sócrates e Falcão entre outros grandes jogadores. Nem assim sua seleção foi uma unanimidade, pois muitos — inclusive o humorista Jô Soares, que criou o bordão "Bota ponta, Telê!" — cobravam a presença de um ponta direita no time. "Eu me aborrecia um pouco com isso", contou Telê mais de vinte anos depois. "O time buscava ocupar o espaço ali na direita. Se eu tivesse um grande ponta, como o Garrincha, é lógico que ele iria jogar. Comigo sempre jogam os melhores."[4] Mesmo assim, não conseguiu o almejado título, deixando o comando da Seleção.

Retornou para a Copa do Mundo de 1986, no México, como grande esperança brasileira de levantar a taça. Desta vez, buscando valorizar a experiência, montou um time não tão vibrante, com jogadores remanescentes de 1982, alguns já em fim de carreira. Criticado anteriormente por não exigir muita disciplina dos jogadores, voltou mais vigilante, o que resultou no corte da principal revelação do time, o ponta-direita do Grêmio Renato Gaúcho, quando este chegou tarde à concentração, fato que levou o melhor amigo do jogador, o lateral Leandro, a pedir para também sair da equipe. Perdeu a Copa invicto, em uma disputa de pênaltis contra a França. Telê então foi marcado com a pecha de "pé-frio" por parte da imprensa brasileira, reforçada até por uma capa da revista Placar no ano seguinte, quando o Atlético-MG treinado por ele foi eliminado nas semifinais da Copa União depois de passar invicto pela primeira fase.

Chegou ao tricolor paulista em outubro de 1990 e encontrou um time que três meses antes tinha sido rebaixado de grupo no Campeonato Paulista, com seu principal jogador, Raí, no banco[5] e ocupando posição intermediária no Campeonato Brasileiro. O time recuperou-se a ponto de chegar à final, ficando com o vice-campeonato frente ao Corinthians, o que serviu para mais uma vez trazer à tona a fama de "pé-frio".[6] Mas com Telê Raí e outros jogadores, como o lateral direito estreante Cafu, foram ganhando confiança e evoluíram, ajudando o São Paulo a conquistar o Campeonato Brasileiro de 1991[7], enterrando de vez a fama de azarado.[8]

Com o título paulista conquistado no mesmo ano, passou a ser o único técnico brasileiro a ter conquistado os cinco principais campeonatos estaduais do Páis (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul).[9]

Após sofrer uma isquemia cerebral em janeiro de 1996, teve que abandonar o futebol e viu a sua saúde debilitar-se bastante, com problemas na fala e na locomoção, entre outros. Apesar de debilitado, acreditava que poderia voltar a trabalhar e nos dias de mau humor culpava a família por "impedi-lo".[10] No começo de 1997, chegou a fechar contrato para ser o técnico do Palmeiras, mas seus problemas de saúde impediram que ele assumisse o cargo.[11] No dia 21 de abril de 2006, depois de ficar por cerca de um mês internado devido a uma infecção intestinal, que desencadeou uma série de outras complicações, o "Mestre" Telê Santana faleceu em Belo Horizonte.

Em 15 de junho de 2007, o Fluminense inaugurou o Hotel Telê Santana no Centro de Treinamento que abrigará o futebol profissional do clube a partir de 2008.

[editar] Clubes

Jogador
Treinador

[editar] Títulos

Jogador
Treinador

Referências

  1. Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 356
  2. Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 356
  3. "Ainda brilha o fio de esperança", Luís Augusto Símon, Jornal da Tarde, 8/9/2003, Edição de Esportes, pág. 25
  4. "Ainda brilha o fio de esperança", Luís Augusto Símon, Jornal da Tarde, 8/9/2003, Edição de Esportes, pág. 23
  5. Alexandre da Costa, Almanaque do São Paulo Placar, Editora Abril, 2005, pág. 457
  6. Alexandre da Costa, Almanaque do São Paulo Placar, Editora Abril, 2005, pág. 457
  7. "Ainda brilha o fio de esperança", Luís Augusto Símon, Jornal da Tarde, 8/9/2003, Edição de Esportes, pág. 23
  8. Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 356
  9. Enciclopédia do Futebol Brasileiro Lance!, Areté Editorial, 2001, pág. 357
  10. "Ainda brilha o fio de esperança", Luís Augusto Símon, Jornal da Tarde, 8/9/2003, Edição de Esportes, pág. 22
  11. Celso Dario Unzelte e Mário Sérgio Venditti, Almanaque do Palmeiras Placar, Editora Abril, 2004, pág. 534

[editar] Ligações externas

Wikiquote
O Wikiquote tem uma coleção de citações de ou sobre: Telê Santana da Silva.

[editar] Livro sobre Telê Santana

Fio de Esperança - Biografia de Telê Santana, por André Ribeiro, Gryphus Editora, São Paulo (2000)

Precedido por
Cláudio Coutinho
Treinador da Seleção Brasileira de Futebol
1980 - 1982
Sucedido por
Carlos Alberto Parreira
Precedido por
Evaristo de Macedo
Treinador da Seleção Brasileira de Futebol
1985 - 1986
Sucedido por
Carlos Alberto Silva


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