Teatro Castro Alves
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Teatro Castro Alves (TCA) é um teatro brasileiro. É o maior e mais importante centro artístico de Salvador, capital baiana e está localizado no Campo Grande.
Índice |
[editar] História
Fruto das idéias desenvolvimentistas do Governador Antônio Balbino, a história do Teatro Castro Alves, que homenageia o "Poeta dos Escravos", possui momentos de grandes espetáculos, passando por dois incêndios que motivaram sua reforma.
O primeiro deles ocorreu antes mesmo de sua inauguração. Era a madrugada do dia 9 de julho de 1958 - cinco dias antes de sua inauguração - e a versão apurada oficialmente foi de que um curto-circuito havia destruído aquele que deveria ser o mais novo espaço cultural de uma cidade que jazia estagnada economicamente - numa decadência com poucos lapsos de crescimento econômico desde a tranferência da capital do país para o Rio de Janeiro.
Sua arquitetura modernista chocava a sociedade avessa a novidades, e sua grandiosidade incomodava políticos que almejavam o crescimento...
Balbino, que introduzira no governo do Estado uma mentalidade de planejamento e fomento econômico, enfrentava sem sucesso as forças conservadoras: e o incêndio foi a "prova" de que suas idéias estavam "erradas"…
Seu aparente fracasso fez com que as obras de recuperação, reiniciadas ainda em seu mandato, fossem abandonadas por Juracy Magalhães - seu opositor.
Situado na principal praça da capital - o Campo Grande - onde um belo monumento erguido pelo governador Rodrigues Lima evoca as lutas gloriosas da Independência da Bahia, o teatro foi praticamente reconstruído pelo governo Lomanto Júnior - recebendo entretanto, por parte da elite local já avessa ao ativismo cultural, grande ojeriza, que somente o tempo foi capaz de vencer.
Foi inaugurado, com a presença, além do próprio governador, do presidente Humberto de Alencar Castelo Branco, a 4 de março de 1967.
Ali se apresentam, para horror de uma sociedade atônita, Gilberto Gil e Caetano Veloso - iniciando a grande agitação cultural que iria - partindo da Bahia - revolucionar o Brasil, nos anos setenta.
Mas o TCA não resistiria incólume ao choque cultural... abandonado por anos a fio, chega aos anos 80 degradado e, finalmente, novamente arde em chamas...
Após ampla reforma, que lhe restituiu o vigor que originalmente havia imaginado Balbino, é reinaugurado mais uma vez em 1993 - desta feita numa cidade que despertara para sua grande vocação cultural, que já reconhecia a genialidade de seus "filhos" antes vistos com escândalo.
[editar] Instalações
Compõem o complexo cultural do TCA a Sala Principal, Sala do Coro e a Concha Acústica.
[editar] Projetos
Conta o TCA com três projetos permanentes:
- Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA);
- Balé do Teatro Castro Alves (BTCA);
- Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (NEOJIBÁ).
Além desses três corpos estáveis, possui ainda:
- Memorial do TCA (em implantação, objetiva a preservação da memória do Teatro, através de fotografias, filmes e registros dos eventos artísticos que ali tiveram lugar);
- Centro Técnico - com 15 funcionários, para o apoio aos eventos.
- Setor de Multimeios e Programação Visual, Documentação e Pesquisa e uma gerência.