Siemens AG
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Tipo | sociedade por ações |
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Fundador | |
Fundada em | 12 de outubro de 1847 em Berlim, Alemanha |
Encerrada em | |
Sede | Munique, Alemanha |
Locais | |
Principais pessoas | Peter Löscher, Presidente & CEO |
Slogan | |
Cotada em | {{{cotação}}} |
Accionistas | {{{accionistas}}} |
Indústria | Equipamentos eletrônicos |
Produtos | {{{produtos}}} |
Lucro | €3,033 bilhões (2006) |
EBIT | |
Rendimento líquido | {{{rendimento_líquido}}} |
Faturamento | €87,325 bilhões (2006).[1] |
Nº empregados | 480,000 (2007) |
Sucessora | {{{sucessora}}} |
Página oficial | www.siemens.com |
Siemens AG (Siemens Aktiengesellschaft (NYSE SI) é a maior companhia de produtos eletrônicos do mundo com sede internacional em Munique, Alemanha. Siemens AG também está listada na Bolsa de Valores de Nova Iorque desde 12 de março de 2001. No mundo todo, Siemens e suas subsidiárias empregam 480.000 pessoas (2007) em 190 países, com um total de vendas global de cerca de 87,3 bilhões de euros no ano fiscal de 2006.
Atuava originalmente fabricando equipamento de telecomunicações e atualmente está também nas áreas de material elétrico, infra-estrutura do setor energético (elétrico e nuclear), transporte público (na construção de trens e metrôs), equipamento hospitalar, painéis solares, autopeças (Siemens VDO) e computadores (Fujitsu-Siemens). No passado, a empresa teve filiais para a montagem de carros (Siemens Protos) e componentes eletroeletrônicos (Icotron, entre outras). A primeira encerrou suas atividades e a segunda se tornou uma empresa independente, a Epcos. A Siemens também participa de várias joint ventures , principalmente na área de geração de energia. O grupo controla ainda várias outras empresas que não levam o nome Siemens, como a fabricante de lâmpadas Osram e a fabricante de turbinas Demag Delaval.
Seus produtos mais conhecidos do grande público são seus telefones fixos e celulares.
Índice |
[editar] História
Em 1847 os engenheiros alemães Werner von Siemens e Johann Georg Halske fundaram a Telegraphen-Bauanstalt Siemens & Halske para instalar linhas telegráficas e fabricar o produto que desenvolveram no ano anterior, o telégrafo de ponteiro. Diferente do telégrafo comum que exigia conhecimento do código morse para ser usado, o telégrafo de Siemens e Halske tinha uma tecla distinta para cada letra, podendo ser operado por qualquer adulto alfabetizado.
O primeiro contrato para a instalação de uma linha foi firmado com o governo da Prússia, para ligar as cidades de Frankfurt e Berlim, em 1848. Para que parte da linha pudesse ser subterrânea, Siemens criou a prensa de guta-percha, máquina que revestia os fios com material isolante. Antes disso, as linhas telegráficas eram todas suspensas.
A empresa correu risco de falir quando o governo prussiano cancelou todos os seus contratos, mas, numa nova virada, o governo russo contratou a companhia para a instalação de uma enorme linha, com mais de dez mil quilômetros, ligando a Finlândia com a região da Criméia. Este e outros contratos permitiram a expansão da empresa durante a década de 1850. Werner e seu irmão, Wihelm, instalaram na Inglaterra a Siemens Brothers, fábrica destinada a produção de cabos. Mandaram construir um barco no país, o Faraday, utilizado na instalação de cabos telegráficos submarinos.
Em 1870 a Siemens & Halske completou seu trabalho mais famoso: a Linha Telegráfica Indo-Européia, ligando as cidades de Londres a Calcutá, no leste da Índia. A essa altura, a empresa já estava bem estabelecida, com várias representações em países estrangeiros. Em 1879, com a transferência da sede de Berlim para Viena, começou uma nova fase de diversificação de objetivos. No mesmo ano, Siemens inventou o gerador elétrico a apresentou a primeira ferrovia elétrica. Em 1881, instalou a primeira rede de iluminação elétrica de rua da Europa e a primeira linha de bondes do mundo. No fim do século XIX foi criada a Siemens-Shuckertwerke dedicada à área de engenharia elétrica.
Em 1908, com Werner von Siemens já falecido, a Siemens-Schuckertwerke incorporou a Protos, fabricante de carros alemã. Os modelos da Protos já eram bastante requisitados pela elite européia, mas a Siemens decidiu diversificar projetando carros de corrida. No mesmo ano da compra, um modelo de corrida da Protos venceu a Corrida Automobilística Nova York-Paris. A fabricação de carros foi encerrada na década de 1920, com a Siemens se concentrando cada vez na produção de material elétrico e eletrodomésticos (muidos dos quais lançados sob a marca Protos).
Durante a Primeira Guerra Mundial a Protos praticamente abandonou a produção de carros de passeio, concentrando-se na construção de veículos para o exército alemão. Nessa fase fabricou caminhões de carga, caminhões-geradores e ambulâncias. Apesar destes contratos com o governo, a primeira Grande Guerra foi uma época de crise para todas as empresas do grupo Siemens. Os empreendimentos mais prejudicados foram os fortemente dependentes de importações, como os serviços de instalação elétrica industrial e construção de ferrovias. O fim da guerra iniciou um curto período de recuperação. Em 1919 Carl Friedrich von Siemens, filho mais novo de Werner, assumiu o comando da empresa. O novo ciclo de crescimento foi interrompido pela Quebra da Bolsa de 1929.
Com a deflagração da Segunda Guerra Mundial novamente as importações foram prejudicadas, e a produção regional tornou-se iminentemente necessária. Para manter os estoques, a Siemens montou várias oficinas de manufatura utilizando mão-de-obra escrava judia, voltadas para seu próprio consumo. A Siemens passou a produzir eletrodos, disjuntores e transformadores em lugares onde antes apenas os instalava.
A partir da década de 1950, o gerenciamento das companhias começou a ser centralizado. Antes disso, as três principais empresas do grupo – Siemens & Halske, Siemens Shuckertwerke e Siemens-Reiniger-Werke – eram administradas separadamente.
[editar] Organização
A empresa se reorganizou em unidades menores em 1989, descentralizando sua gerência e tornando cada filial responsável por seus próprios resultados. Na América do Sul essa estratégia foi parcialmente modificada quando as filiais da Argentina e Chile passaram a reportar à sede da Siemens Ltda., em São Paulo, originando a Siemens Mercosur.
Desde 1 de janeiro de 2008, a empresa é formanda por 3 setores, subdivididos em 15 divisões.[2]
- Setor Industry (industria)
- Industry Automation
- Drive Technologies
- Building Technologies
- Industry Solutions
- Water Technologies
- Mobility
- Osram
- Setor Energy (energia)
- Fossil Power Generation
- Renewable Energy
- Oil & Gas
- Service Rotating Equipment
- Power Transmission
- Power Distribution
- Setor Healthcare (médica)
- Imaging & IT
- Workflow & Solutions
- Diagnostics
A Siemens AG é proprietária, entre outras, das seguintes empresas:
- Krauss Maffei-Wegmann
- EnOcean
- Osram
- DASAN
- Indx Software
E sócia das seguintes joint-ventures:
- Fujitsu-Siemens
- Bosch Siemens Hausgeräte
As atividades de back office das empresas Siemens na América Latina são gerenciadas pela organização Shared Services Latin America, que é um programa interno da empresa visando a sua otimização de processos, melhorias na rentabilidade, maior qualidade nas operações da empresa e concentração e padronização nos processos de apoio das operações das áreas de negócios.
Como processos de apoio pode-se identificar as atividades de Finanças e Contabilidade, Logística, Compras, Viagens, Recursos Humanos, gestão dos recursos e sistemas em Tecnologia da Informação,entre outros, fundamentais para o desenvolvimento sustentável da empresa, mas que não fazem parte do núcleo de negócios da Siemens.
[editar] Empresas adquiridas recentemente
- Atecs Mannesmann AG (2001) incluindo Mannesmann Dematic, Mannemann Sachs, Mannesmann VDO Automotive, Mannesmann Demag Krauss-Maffei
- Danfoss Flow Division (2003)
- Bonus Energy (2004)
- Chrysler Group’s Huntsville Electronics Corporation (2004)
- USFilter Corporation (2004)
- Woodlands Technology (2004)
- Photo-Scan (2004)
- DASAN (South Korea - 2004)
- Alstom Industrial Turbine Business (2005)
- Jet Turbine Services (2005)
- Transmitton (2005)
- Shaw Power (2005)
- Chantry Networks (2005)
- Myrio (USA/Canada - 2005)
- CTI Molecular Imaging (2005)
- Evoline (2005)
- VA Tech Group (Austria - 2005)
- Power Technologies International (2005)
- AN Windenergie GmbH (2005)
- Bayer AG -Diagnostic branch (2006)
- Controlotron, USA (2004)
- Diagnostic Products Corp. (2006)
- Bewator AB (Sweden - 2005)
- Vai Ingdesi Automation (Argentine - 2007)
- Kadon Electro Mechanical Services Ltd. (2006)
- Kühnle, Kopp, & Kausch AG (2006)
- Opto Control (2006)
- UGS Corp. (2007)
- Dade Behring (2007)
- S/D Engineers, Inc. (2007)
- VistaScape Security Systems (2006)
Referências
- ↑ Siemens – Global network of innovation. Página visitada em 2008-05-11.
- ↑ New organizational structure of Siemens AG as of January 1, 2008. Página visitada em 2008-05-11.
- Siemens no Brasil: 100 anos moldando o futuro, publicação interna, ISBN 85-7234-320-2
[editar] Ligações externas