Sacramentos católicos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou secção possui passagens que não respeitam o princípio da imparcialidade. Tenha algum cuidado ao ler as informações contidas nele. Se puder, tente tornar o artigo mais imparcial. |
Esta página ou secção foi marcada para revisão, devido a inconsistências e dados de confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo. Considere utilizar {{revisão-sobre}} para associar este artigo com um WikiProjeto. |
Sacramentos da Igreja Católica. São 7 os sacramentos da Igreja Católica: Batismo, Confirmação do Batismo ou Crisma, Confissão, Eucaristia, Matrimônio, Ordem e Unção dos enfermos. O sacramento católico é um ato ritual destinado a conferir sacralidade a certos momentos e situações da vida cristã. São sete os sacramentos na Igreja Católica: batismo, crisma ou confirmação, confissão ou penitência, comunhão ou eucaristia, matrimônio, ordem e extrema unção ou unção dos enfermos. Esses sacramentos podem ser agrupados em duas categorias: os que imprimem caráter, e que, por isso, só podem ser ministrados uma vez a cada fiel, e os que, não tendo essa característica, podem ser ministrados reiteradamente. Imprimem caráter o batismo, o crisma, o matrimônio e a ordem que, segundo a doutrina, deixam marca indelével em quem o recebe.
Índice |
[editar] Os sete sacramentos
[editar] Batismo
Um dos sacramentos que imprimem carater, como o Crisma ou Confirmação, a Ordem e o Matrimônio.
Entende-se como o sacramento que abre as portas da vida cristã ao batizando. Que o incorpora à comunidade cristã e católica.
Embora possa ser ministrado a pessoas de qualquer idade que não tenham sido ainda batizadas, pode ser e, na maior parte dos casos, é recebido por crianças, que, portanto, não estão entrando na vida cristã por vontade própria.
É recomendado o batismo na mais tenra infância, ante o receio de que a pessoa que morre sem ter sido batizada é considerada PAGÃ, não tendo acesso ao céu. Essa linha de pensamento teológico, que implica em admitir que um recém-nascido possa perder a vida eterna como punição por uma falta que não cometeu por sua vontade, é entendida hoje como um risco, uma possibiliade, um receio e não uma fatalidade.
Por essa razão, recomenda-se aos católicos que façam tudo para evitar que uma pessoa não batizada venha a morrer em sua presença sem a graça do batismo. Assim, embora o sacramento deva ser ministrado por um sacerdote, diante de um moribundo não batizado, qualquer pessoa pode e -- segundo a Igreja -- deve batizá-lo, dizendo "Eu te batizo, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", enquanto, com o polegar da mão direita, desenha uma cruz sobre a testa, a boca e o peito do enfermo.
O fato de que o batismo é geralmente ministrado a crianças recém-nascidas explica que se requeira o recebimento de outro sacramento, o da CONFIRMAÇÃO ou CRISMA, por parte de pessoas batizadas quando cheguem a uma idade em que tenham discernimento suficiente para decidirem permanecer dentro da Igreja Católica ou não. Estarão, neste caso, confirmando a decisão um dia tomada em seu nome, quando os pais ou responsáveis pela criança levaram-na ao batismo. Entretanto, quem recebeu o sacramento do batismo, independente de que o confirme ou não através do sacramento do Crisma ou Confirmação, estará batizado para todo o sempre.
[editar] Crisma ou Confirmação
É um sacramento instituído para dar oportunidade a uma pessoa -- que foi batizada por decisão alheia e que tem, perante a Igreja, compromissos assumidos por outras pessoas em seu nome diante da pia batismal – de confirmar o desejo de ser membro da família cristã dentro da Igreja Católica e de reafirmar aqueles compromissos, depois de atingir a “idade da razão”.
Simplificadamente, a cerimônia consiste na renovação das “promessas do batismo”, mediante perguntas do Bispo, que em geral a preside, feitas em voz alta e do mesmo modo respondidas pelo crismando perante a comunidade.
Como o batismo, o Crisma também imprime caráter, podendo ser ministrado apenas uma vez a cada pessoa.
Por ser um ato de afirmação de compromissos, a pessoa pode jamais receber o crisma ou, indo participar da cerimônia, deixar de confirmar esses compromissos.
De qualquer modo, quem não foi crismado ou quem se recusou a renovar os compromissos do batismo, pode fazê-lo em qualquer tempo.
O Crisma é, portanto, um sacramento dependente, complementar ao batismo, já que não tem qualquer significação se ministrado a quem não tenha sido batizado.
[editar] Confissão ou penitência
É o sacramento que dá ao cristão católico a oportunidade de reconhecer as suas faltas e, se delas estiver arrependido, ser perdoado por Deus.
O reconhecimento das faltas é a sua confissão a um sacerdote, que pode ouví-la em nome de Deus e conceder àquele fiel o Seu perdão.
Do ponto de vista formal, o confessante se ajoelha perante um sacerdote, o confessor, e a ele declara que pecou, que deseja confessar o que fez e pedir a Deus que perdoe os seus pecados.
Após ouvi-lo, cabe ao sacerdote oferecer as suas palavras de conselho, de censura, de orientação e conforto ao penitente, recomendando a penitência a ser cumprida.
O confessado deve rezar a oração denominada Ato de Contrição, após o que o sacerdote profere as palavras do perdão e abençoa o penitente, que se retira para cumprir a penitência que lhe foi prescrita.
A Igreja Católica considera o sacramento da penitência um ato purificador, que deve ser praticado antes da Eucaristia, para que esta seja recebida com a alma limpa pelo perdão dos pecados. Mas, entende-se também que esse efeito purificador é salutar, sendo benéfico para o espírito cada vez que é praticado.
Um dos mais rígidos deveres impostos ao sacerdote pela Igreja é o segredo da confissão.
O sacerdote é rigorosa e totalmente proibido de revelar o que ouve dos fieis no confessionário. O descumprimento desse dever é considerado um dos maiores e mais graves pecados que um sacerdote pode cometer e o sujeita a penalidades severíssimas impostas pela Igreja.
Nas últimas décadas, especialmente após o Concílio Vaticano II – e tendo em vista crescentes dificuldades decorrentes do número insuficiente de sacerdotes – a confissão individual vem sendo substituída por uma Confissão Comunitária, em que a narrativa dos pecados não é feita aos demais participantes, mas os erros cometidos são revistos silenciosamente por cada pessoa, antes de juntos todos orarem o “Ato de Contrição”.
[editar] Eucaristia e comunhão
É o sacramento culminante, que dá aos fieis a oportunidade de receber e ingerir fisicamente o que consideram como sendo o corpo de Jesus Cristo, em que se transformou o pão consagrado pelo sacerdote, assim como o vinho se transforma no Seu sangue.
No sacramento da eucaristia, a hóstia consagrada (o pão) é distribuída aos fieis, que a colocam na boca e ingerem lenta e respeitosamente.
Para receber a hóstia, o fiel deve estar em “estado de graça”, ou seja, deve ter antes confessado os seus pecados e recebido o perdão divino através do sacramento da Confissão ou Penitência.
A consagração não faz parte do sacramento da eucaristia. É um rito precedente e separado. É um ato que só os sacerdotes têm o poder de praticar.
Normalmente, a consagração acontece durante a celebração da Missa, rito também chamado de Santo Sacrifício. O sacrifício é precisamente o ato da consagração. Consiste na recriação, durante a missa, de um momento da Última Ceia dos apóstolos com Cristo, quando Ele serviu pão e vinho aos apóstolos, dizendo-lhes que aquilo era o seu corpo e o seu sangue.
A Igreja Católica sustenta que, quando o sacerdote pronuncia as palavras rituais “Isto é o meu corpo” em relação pão e “Isto é o meu sangue” em relação vinho, acontece um fenômeno chamado transubstanciação, ou seja, a substância material que constitui o pão se converte no corpo de Cristo e a que constitui o vinho se transmuda no Seu sangue.
O pão transubstanciado é distribuído aos fiéis que, ao ingerirem a hóstia estão ingerindo TODO O CORPO de Cristo.
A Eucaristia é considerada o sacramento da ação de graças, na acepção da palavra original grega eukharistia.
[editar] Matrimônio
O sacramento que, estabelecendo e santificando a união entre um homem e uma mulher, funda uma nova família cristã.
É um dos sacramentos que imprimem caráter, embora de forma distinta do batismo, do crisma e da ordem. Estes três últimos deixam no fiel que o recebe uma marca indelével que o acompanha por toda a eternidade. Quem foi batizado ou crismado, quem foi ordenado sacerdote terá essa condição independente de qualquer coisa, inclusive de que decida depois converter-se a outro credo religioso ou abandonar o sacerdócio.
O matrimônio imprime caráter sobre o casal, sobre o conjunto que os dois nubentes passaram a formar, e é, por isso, doutrinariamente indissolúvel. O caráter impresso pelo matrimônio se dissolve com a morte de um dos cônjuges. É um sacramento que só se consuma havendo dois participantes. A morte de um dissolve o casal, extinguindo o matrimônio.
Outra característica peculiar do sacramento do matrimônio é que não é ministrado pelo sacerdote, mas pelos nubentes que, realizando o sacramento perante a Igreja, pedem e recebem do sacerdote a bênção para a nova família que está nascendo.