Rubens Farias Jr.
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Rubens Farias Jr. (São Paulo, SP, 1954 – ) é um engenheiro eletrônico e médium brasileiro.
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[editar] Mediunidade e acusações
Conhecido em todo o Brasil e no exterior por desenvolver atividade mediúnica ligada a curas espirituais desde 1984 (1986?), Rubens afirmou incorporar o Espírito conhecido como Dr. Fritz, assim realizando as chamadas "cirurgias espirituais".
O fenômeno chamou a atenção popular em meados da década de 1990, fazendo com que além do Rio de Janeiro, onde centenas de pacientes acorriam nos finais de semana ao bairro carioca de Bonsucesso, o médium também passasse a atender em São Paulo. Entre os seus pacientes famosos estariam, entre outros, o ex-presidente da República João Figueiredo (atendido em 15 de julho de 1997), o carnavalesco Joãosinho Trinta, o treinador de futebol Telê Santana, a cantora Alcione e o ex-ministro da Cultura Antônio Houaiss. Rubens afirmou também ter operado o ator estadunidense Christopher Reeve (o Super-Homem do cinema), que ficou tetraplégico ao cair de um cavalo.
As acusações formuladas contra o médium foram das mais graves: charlatanismo, exercício ilegal da Medicina, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação de impostos, homicídio doloso, lesões corporais e omissão de socorro.
Os problemas do médium agravaram-se a partir do desentendimento com sua esposa, Rita Costa, de quem o médium se separou. Segundo a versão de Rita, o motivo foi o comportamento adúltero de Rubens. Segundo a versão dele, as acusações seriam por conta da fúria de Rita por não mais ter acesso ao dinheiro que arrecadava com a sua atividade, no galpão da antiga fábrica do Curtume Carioca, no bairro da Penha, no Rio de Janeiro.
Por consulta, que podia demorar apenas trinta segundos, cada pessoa pagava R$ 20,00 (vinte Reais), além do aluguel de cadeiras para sentar-se na fila de espera (que se iniciava de madrugada e podia se estender até após a meia-noite) e de taxa de estacionamento dos carros. Rubens afirmara ainda que Rita e seu irmão cobravam pelas cirurgias realizadas e faziam esquemas com as senhas distribuídas aos pacientes.
Em meio à disputa conjugal surgiram novas acusações, como a história da morte de pessoas atendidas por ele (como a da menina paulista Vanessa de Biafi, portadora de leucemia, a cujos pais Rubens teria dito para que a menina parasse de fazer o tratamento médico adequado no Hospital das Clínicas e que apenas participasse das cirurgias que ele fazia sendo que, após um ano de tratamento espiritual, a menina veio a falecer em agosto de 1998), da sonegação de impostos e do envolvimento com pessoas ligadas ao tráfico de drogas, além de todas as outras já citadas.
À época, o médium estava proibido de deixar o país, por ordem do juiz Alcides Martins Ribeiro Filho, da 41ª Vara Federal. Estavam envolvidos na investigação a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro. Segundo a imprensa, o médium tentou o suicídio, utilizando-se do medicamento Isordil.
Faria Jr. também era acusado de ter se apropriado de forma ilícita do patrimônio de alguns dos pacientes, como forma de pagamento pelas consultas. O advogado de Faria Jr., Felipe Amodeo, entre outras coisas, dizia que "não há nada que dê suporte às acusações contra Rubens".
[editar] Técnica
Farias descreveu o Dr. Fritz como um homem forte, alto, de cabelos penteados para trás, barba ruiva, e que usa óculos. Nesta fase, o Dr. Fritz apresentou-se com um trato mais dócil, com foco na cura da matriz do corpo astral para que se pudesse processar a cura do corpo físico.
Todos os pacientes eram orientados genéricamente a manter silêncio e a confiar em Deus. Em muitos eram aplicadas injeções de uma substância, em cuja composição entravam álcool, tintura de iodo e terebentina. Do mesmo modo que com Zé Arigó, facas, tesouras, e agulhas hipodérmicas cegas também eram utilizadas rotineiramente.
[editar] Bibliografia
- SCHEMO, Diana Jean. The New York Times. New York, 12 jan. 1996.