Rodolfo Teófilo
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Rodolpho Marcos Teofhilo (Salvador, 6 de maio de 1853 — Ceará, 2 de julho de 1932) foi um escritor brasileiro de estética literária regional-naturalista.
[editar] Biografia
Formado farmacêutico, desenvolveu por isso logo o pendor para o cientificismo característico na sua obra. Tomou parte dos movimentos literários do Ceará, tendo pertencido, desde 1894, à Padaria Espiritual, entidade de fins literários e artísticos que se fundara em Fortaleza, dois anos antes, com o nome de "padeiro" Marcos Serrano. Foi historiador e romancista. Pobre e órfão, foi educado pelo Barão de Aratanha. Em menino foi caixeiro.
Diplomado, dirigiu uma farmácia em Pacatuba, depois na capital. Foi mais tarde professor de ciências naturais na Escola Normal e membro de diversas sociedades culturais. Sua obra ficou marcada pelo exagero em que é mostrada a seca no nordeste e os tipos flagelados caracterizados com excesso. Empreendeu, sem apoio governamental, uma campanha de vacinação contra a epidemia de varíola que se alastrava na cidade. Por causa disso, foi perseguido durante o governo de Antônio Pinto Nogueira Accioli, do qual era opositor, acusado de desmoralizar a autoridade que estava totalmente alheia ao sofrimento do povo cearense. Foi membro fundador da Academia Cearense de Letras. É considerado um dos principais expoentes da literatura regional-naturalista do Brasil e um dos maiores nomes da literatura do Ceará. Em sua homenagem, o Centro Acadêmico de Farmácia da Universidade Federal do Ceará tem o seu nome.
[editar] Obras
- Compêndio de Botânica Elementar, Rio de Janeiro, 1878
- História da Sêca no Ceará, 1877-1880, Fortaleza, 1884
- A Fome, romance, Pôrto, 1890
- Monografia da Mucunã, Fortaleza, 1888
- Ciências Naturais em Contos, Fortaleza, 1889
- Campesinas, poesias, Fortaleza, (?)
- Os Brilhantes, romance, Fortaleza, 1895
- Maria Ritta, romance, Fortaleza, 1897
- Paroara, romance, Fortaleza, 1899
- Botânica Elementar (Com Garcia Redondo), São Paulo, 1898
- Violação, novela, 1899
- Varíola e Vacinação no Ceará, compêndio, 1905 e 1910
- O Cunduru, coletânea, 1910
- Memórias de um engrossador, Lisboa, 1912
- Telesias, versos, 1913
- Lira Rústica, 1913
- Libertação do Ceará, 1914
- O Reino de Kiato, 1922
- A Sedição de Juazeiro, 1922
- Sêca de 1915, 1922
- Sêca de 1919, 1922
- Os Meus Zoilos, artigos, 1924
- O Caixeiro, 1927
