Quinta de São José
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A Quinta de São José é uma antiga quinta senhorial sita em Sacavém – a única, das muitas que em tempos houve na freguesia, a chegar aos nossos dias. O seu alçado Norte dá para a rua Júlio Bruno da Costa Pereira, o Sul para a Praceta Augusto Ferreira Geirinhas e o alçado Oeste é fronteiro à auto-estrada do Norte (A1).
[editar] História
De origem seiscentista, a quinta foi foreira dos Duques de Bragança. O palacete data dos finais do século XVII ou inícios do século XVIII. No século XIX, foi comprada pelo 1.º Barão de Pomarinho (Estevão da Costa Pimenta de Sousa Menezes), e em 1940 adquirida por José Manuel Leitão. Em 1986 mudou uma vez mais de mãos e foi adquirida pela Câmara Municipal de Loures. -
Sem pretender desqualificar a informação aqui editada sobre a belíssima Quinta de S. José, Sacavém, será de toda a justiça referir que muitas mais quintas com este nome podem ser referenciadas em várias localidades de Portugal. Nomeadamente, como se escreve em http://dispersamente.blogspot.com/2008/02/quinta-s-jos-leiria.html
[editar] Características arquitectónicas
Implantada numa área de forte declive, o espaço da quinta cobre cerca de 3 hectares, repartidos entre o espaço habitacional, jardim, arcaria, vacaria, cavalariças e uma fonte. O palacete, construído num dos extremos da quinta, constitui ele mesmo um dos muros de suporte da quinta, situando-se na área de mais acentuada inclinação (voltada a Norte), tendo no exterior uma escada que dá acesso ao andar nobre. Possui tectos de madeira pintada e paredes revestidas com a azulejaria típica do século XVIII, bem como frescos neoclássicos, do final desse mesmo século.
O espaço sofreu obras gerais de remodelação na década de 1940, altura em que mudou de mãos; contudo, no final dos anos 80 estava em relativo mau estado de conservação, e sofreu obras de restauro, destinadas a devolver ao espaço a traça original, as quais foram promovidas pela Câmara de Loures, pouco após a aquisição do espaço.
Na segunda metade dos anos 90, por ocasião da elevação de Sacavém a cidade (1997), foram colocados seis painéis de azulejos na fachada voltada a Norte, na rua Júlio Bruno da Costa Pereira, evocativos de momentos históricos na vida da povoação:
Incêndio da ponte sobre o Trancão pelos revolucionários republicanos (1910) |
A «Greve dos Rapazes» de 1937 |
A «Marcha da Fome» encabeçada pelas mulheres sacavenenses (1944) |
Oficina de oleiro na Fábrica de Louça de Sacavém |
[editar] Utilização actual
Após a intervenção camarária, a quinta foi transformada num espaço multifuncional, aberto ao público, dispondo de um jardim, centro de dia da 3.ª idade, escola pré-primária, centro de juventude, sala de exposições, videoteca, teatro, piscina para crianças, e dois courts de ténis.