Praça de D. Pedro IV
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Praça de D. Pedro IV, mais conhecida pelo seu antigo nome de Rossio, tem constituído o centro nevrálgico de Lisboa desde há seis séculos. Assistiu a touradas, festivais, paradas militares e também a autos-de-fé durante a Inquisição.
Hoje assiste a ocasionais comícios políticos, e os seus sóbrios edifícios pombalinos, estão ocupados por lojas de recordações, joalharias e cafés.
Em meados do século XIX a praça foi calcetada a preto e branco, com padrões ondulantes. Foi um dos primeiros desenhos desse tipo a decorar os pavimentos da cidade. No lado norte da praça fica o Teatro Nacional D. Maria II, que recebeu o nome da filha de D. Pedro, D. Maria II.
[editar] Estátua de D. Pedro IV
No centro da praça, ergue-se a estátua de D. Pedro IV, primeiro imperador do Brasil independente. Na sua base, as quatro figuras femininas são alegorias à Justiça, à Sabedoria, à Força e à Moderação, qualidades atribuídas ao Rei-Soldado.
Criou-se uma lenda urbana de que a referida estátua de D. Pedro IV na verdade teria sido, originalmente, concebida para o imperador Maximiliano do México. Como o imperador mexicano foi fuzilado em 1867, pouco antes da estátua ter sido finalizada para o envio, prontamente foi essa reaproveitada para o projeto de revitalização do Rossio, o que explicaria as semelhanças entre ambos os monarcas. Vários estudiosos, como o historiador José Augusto França em A arte em Portugal no século XIX, já se demonstravam contra essa teoria, visto que a peça apresenta claros sinais de se tratar duma figura nacional portuguesa: os escudos nos botões, o colar da Torre e Espada e a Carta Constitucional. Recentes descobertas na base da estátua em meados de 2001, durante obras de restauro, reafirmam tratar-se da figura de D. Pedro IV: dois frascos de vinte centímetros cada, contendo documentos e uma fotografia revelada em albumina, que estão a ser analisados pelo Instituto Português de Conservação.[1]