Porto Brandão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Porto Brandão é uma localidade da freguesia da Caparica, é banhada pelo rio Tejo é servida por carreiras de cacilheiros que partindo da Trafaria aqui fazem uma curta paragem para transportarem pessoas e mercadorias rumo a Belém (Lisboa).
[editar] Monumentos
Edifício do Lazareto, hoje em ruínas. Até à década de 1990 viviam neste edifício diversas famílias oriundas das antigas colónias portuguesas em África, em especial Cabo Verde. Na sequência da morte de duas crianças, a população que aqui vivia "hospedada" em péssimas condições foi realojada num bairro cuja posse é da Casa Pia de Lisboa.
[editar] História
Desde tempos muito antigos que este local da margem sul do Tejo se tornou obrigatório ponto de passagem. Foi testemunhada a presença de Romanos e os Árabes escolheram este pequeno porto do Tejo para o final da sua principal estrada. Neste local, separado de Lisboa pelo rio, construíram-se barcos de vários tipos.
[editar] Lenda
Segundo a lenda, Brandão, jovem robusto, com cerca de vinte anos, operário da construção naval, namorava, às escondidas, a filha do dono do estaleiro. Este só ambicionava a riqueza e o poder. Para conseguir os seus intentos, prometeu casar a sua filha Paulina com um poderoso comerciante que se encontrava na Índia, e, às escondidas de todos, preparou a partida de Paulina num navio.
Mas Brandão apercebeu-se de tudo. Quando o barco estava para sair, dirigiu-se, silenciosamente, numa pequena embarcação a remos. para o navio a fim de raptar a noiva. Contudo Brandão não teve sorte, foi descoberto e dado como ladrão. Tentou resistir, mas o comandante do barco mandou-o matar e lançar o corpo às águas do Rio Tejo. Cheia de medo e banhada em lágrimas, Paulina assistiu a este triste episódio. Depois de ver o corpo do seu namorado desaparecer nas águas do rio, decidiu acompanhá-lo na morte, atirando-se também ao Tejo.
Alguns dias depois, foram os seus corpos achados em praias diferentes; o de Paulina apareceu numa praia que recebeu o nome de Praia de Paulina ou Porto da Paulina, hoje chamado Lazareto e o de Brandão na que ainda hoje se designa por Porto Brandão.