Polemon I do Ponto
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Polemon I do Ponto (60-8 a.C.) rei do Ponto de 38-8 a.C. rei de Sophene de 33 a 30 a.C., e rei do Bósforo de 14–8 a.C.
Filho de Zenão, famoso orador de Laodicea, cidade de Caria. Foi um fiel apoiante da política de expansão romana levada a cabo por Marco António na Ásia Menor. Recebeu de Marco António, pelos serviços prestados por seu pai e pelos seus próprios, o governo de parte da Cilícia, sem título real, em 39 a.C..
Pouco depois trocava este principado pelo Ponto, com o título de rei (já o era em 36 a.C.) e cooperou com Marco António na campanha contra os partos, sendo derrotado junto a Appius Statianus e feito prisioneiro. Foi libertado em troca de um resgate.
Em 35 a.C., negociou a aliança do rei de Atropatene, Artavasdes, o que conseguiu fazer pela República Romana.
O triunvirato deu-lhe em agradecimento o reino da Pequena Arménia (sem perder o Ponto). Auxiliou Marco António e Cleópatra em Actium (31 a.C.), mas soube concluir a paz com Augusto, que o confirmou como rei do Ponto e da Arménia e mais tarde o qualificou de amigo e aliado do povo romano.
Em 16 a.C., Agripa encarregou-o de submeter o Reino do Bósforo, que à data da morte de Asandro tinha sido usurpado por Escribónio. O usurpador Escribónio foi assassinado pelos habitantes do Reino do Bósforo, antes da chegada de Polemon, que se autoproclamou rei, eliminando os que se lhe opunham. Agripa confirmou-o no trono e depois o próprio Augusto fê-lo também.
Depois da morte de Escribónio, terá ocupado com Dínamis, filha de Farnaces II e viúva de Asandro, este trono entre 14 e 8 a.C..[1]
O seu reino abrangia o Ponto e a Cólquida, e o Reino do Bósforo até ao rio Tanais (rio Don). A cidade de Tanais, que se rebelou para recuperar a sua independência, foi arrasada.
Casou-se com Pitodoris do Ponto, neta de Marco António, o qual havia reconstituído parcialmente para si o Reino do Ponto, que depois seria chamado Ponto Polemoníaco e sobre o qual reinaria de 38 a 8 a.C.. Teria que esperar até ao ano 26 a.C. para obter de Augusto a confirmação da sua autoridade sobre estes territórios.
Empreendeu uma expedição contra os aspúrgios, uma tribo sármata do norte da Fanagória, e foi derrotado, tomado prisioneiro e executado, em data desconhecida, mas em todo o caso posterior a 2 a.C., ano em que ainda governava.
[editar] Descendência
Com Pitodoris, que lhe sucedeu no trono, teve três filhos: Polemon II, que foi co-regente da sua mãe. O outro filho, Artaxias III Zenão, recebeu principalmente os territórios da Pequena Arménia. A sua filha Antónia Trifena casou com Cotis VIII, rei da Trácia. Com Dínamis não teve filhos.
[editar] Fontes
- Christian Settipani, Continuité "gentilice" et continuité familiale dans les familles sénatoriales romaines à l'époque impériale (2000). Addenda II (septembre-décembre 2001).
[editar] Notas
- ↑ Neta de Mitrídates VI, rei do Ponto e do Bósforo (108-79 a.C.) e filha de Farnaces II. Esteve casada, primeiro, com o estratega Asandro, sucessor do seu pai de 44 a 17 a.C., depois com o usurpador Escribónio (16 a.C.) e finalmente com o rei Polemon I do Ponto. Da sua primeira união nasceria Tibério Júlio Aspurgos (8-37), fundador da dinastia que reinaria sobre um Reino do Bósforo vassalo de Roma até ao século IV.
Precedido por Farnaces II |
Rei do Ponto 47 a.C. - 8 a.C. |
Sucedido por Polemon II |