Palolo
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Palolo é o nome dado ao ente reprodutor de alguns anelídeos poliquetas que passam por modificações morfológicas acentuadas aquando da sua maturidade sexual. Estes anelídeos, que vivem em habitats marinhos profundos, não têm o corpo adaptado à natação. No entanto, os seus hábitos reprodutivos obrigam-nos a vir à superfície, em determinadas datas (talvez sob a influência das fases da lua, ainda que não se saiba bem por que meios, já que parece provado que nem as marés lunares nem o luar têm influência no comportamento dos palolos), onde libertam os gâmetas. Nessa altura, invadem as águas dos locais onde vivem, em quantidades assombrosas, chegando a alterar a cor do mar (a estes conjuntos chamam-se enxameamentos).
Os organismos que passam por estas transformações têm, por isso, duas formas distintas:
- a forma átoca – que corresponde ao organismo jovem, sexualmente imaturo;
- a forma epítoca – que corresponde ao organismo cujos órgãos reprodutores já estão maduros, além de apresentarem órgãos locomotores que lhes permitem nadar até à superfície das águas, onde se reproduzem.
Enquanto que alguns destes organismos se modificam totalmente (o que levou os biólogos a pensar, durante muito tempo, que constituíam espécies diferentes) durante o processo de maturação sexual, outros modificam apenas uma parte do seu corpo que fica, assim, dividido em duas partes: a antiga, não modificada, ou parte átoca; e outra, nova, designada por parte epítoca, sexualmente diferenciada.
Entre as poliquetas que se reproduzem através de palolos, podemos contar:
- Eunice viridis
- Eunice fucata
- Lysidice fallax
- Tylorhynchus heterochaetus
- Platynereis dumeridii
- Nereis limbata
- Pionosyllis lamelligera
- Eusyllis blomstrandi