Palais des Rohan de Strasbourg
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O Palais des Rohan é um palácio da França situado no centro da cidade de Estrasburgo, junto à Catedral de Nossa Senhora de Estrasburgo e do seu museu, o Musée de l'Œuvre Notre-Dame.
Representa um ponto alto da arquitectura barroca local, de acordo com uma opinião largamente consensual entre os historiadores de arte[1]. No seu interior encontram-se alojados três dos mais importantes museus da cidade desde o final do século XIX: o Museu Arqueológico (Musée archéologique, na cave), o Museu de Artes Decoratias (Musée des Arts décoratifs, no piso térreo) e o Museu de Belas Artes (Musée des Beaux-arts, no primeiro e segundo andares). A municipal Galerie Robert Heitz, também se encontra numa ala lateral do palácio.
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[editar] História
Este magnífico edifício setecentista foi construído entre 1728 e 1741[2] pelo arquitecto Robert de Cotte, por encomenda do Bispo Armand Gaston de Rohan-Soubise (1674-1749), para substituir o anterior palácio episcopal. O palácio recebeu visitas ilustres ao longo do século XVIII: Luís XV esteve no palácio, e em 1779 foi a vez de Maria Antonieta fazer uma visita[3]. Em 1805, 1806 e 1809, Napoleão Bonaparte permaneceu no palácio e algumas das salas sofreram alterações para satisfazer os seus gostos e os da sua esposa Joséphine)[4]. Entre 1872 e 1898, o palácio serviu como edifício principal da imperial Universität Straßburg, até à fundação e abertura da nova "Kaiser-Wilhelms-Universität". A colecção de arte da cidade (previamente guardada na Aubette, na Place Kléber, a qual havia sido incendiada pelo fogo de artilharia prússio no dia 24 de Agosto de 1870) sendo completamente destruída durante a Guerra Franco-Prússia. Em 1898, e durante o curso do restabelecimento da colecção de arte, o palácio tornou-se na sede dos museus imperiais de Estrasburgo. Em Agosto de 1944, o edifício foi danioficado pelas bombas inglesas e norte-americanas. O restauro ficou completo na década de 1990.
[editar] Arquitectura
O palácio foi construído sobre uma base quase quadrada a qual desce em direcção ao Rio Ill e é subdividida em volta de um pátio interior por uma galeria em três dos lados. A sul desta, existe uma ala principal para o Príncipe-Arcebispo, com as suas duas fachadas Neoclássicas de representação, a qual se estende por todo o comprimento do edifício. O mais estravagante e dominador elemento, de um ponto de vista geral, é a fachada que enfrenta o Rio Ill, com um pequeno terraçoplano com gradeamentos em ferro forjado estendendo-se à sua frente.
Penetra-se no Pátio de Honra através de um portal monumental em arco do triunfo, coroado por estátuas representando a Clemência e a Religião. O Pátio de Honra dá acesso, à esquerda e à direita, aos edifícios administrativos e utilitários do palácio. O corpo principal tem dois pisos. O piso térreo estava reservado ao Bispo e o primeiro-andar ao seu pessoal.
Os quartos do Príncipe-Arcebispo, os quais podem ser vistos actualmente no seu estado quase original, estão divididos entre o grande apartamento (grand appartement - salas de aparato frente ao rio) e o pequeno apartamento (petit appartement - salas de estar voltadas para o pátio), tal como no Château de Versailles. De ambos os lados das suites encontram-se as duas salas mais espaçosas do palácio, a galeria de jantar e a biblioteca, com ambos a estenderem-se ao longo de todo o eixo longitudinal da ala. A biblioteca serve igualmente como nave da muito pequena capela palaciana.
[editar] Museus
O palácio abriga, actualmente, três museus diferentes que se sobrepõem ao próprio palácio, permitindo a visita aos apartamentos e às salas de aparato. São eles:
- o Museu de Artes Decorativas, que apresenta uma colecção de cerâmicas, de ourivesaria e de mobiliário;
- o Museu de Belas Artes, que apresenta uma série de pinturas dos séculos XIV a XVIII;
- e o Museu Arqueológico, instalado a partir do final do século XIX no subsolo do Palácio Rohan. Este museu é um dos mais ricos da França dentro do seu domínio, o das "Antiguidades Nacionais". Reaberto em 1992 depois de um completo rearranjo museológico das suas colecções, propõe uma descoberta ao passado mais longínquo da Alsácia, da a pré-história (desde há 600.000 anos) aos tempos áureos da Idade Média (ano 800 d.C.).
[editar] Referências e fontes
Referências
- ↑ Recht, Roland; Foessel, Georges; Klein, Jean-Pierre: Connaître Strasbourg, 1988, ISBN 2-7032-0185-0
- ↑ P.J. Fargès-Méricourt, Description de la ville de Strasbourg, Levrault, Strasbourg, 1840, p.57.
- ↑ A sala canópia
- ↑ A sala Napoleão