Pai Cido de Oxum Eyn
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou seção precisa ser wikificado. Por favor ajude a formatar este artigo de acordo com as diretrizes estabelecidas no livro de estilo. (Fevereiro de 2008) |
O Babalorixá do Ilê Dará Axé Oxum Eyin, Pai Cido de Oxum Eyn nasceu no dia 10/08/1949 na Ilha de Madre de Deus, vizinha de Salvador na Bahia. Foi o quarto filho de nove irmãos, sendo dois casais irmãos gêmeos. O pai, Sr. Alcides Reis, marinheiro, falecido em 1954 de tuberculose, o que obrigou a mãe, Dna. Zilah Reis, e os filhos a uma vida bem mais modesta, passando humilhações e dificuldades.
Em 1964, num trágico acidente de ônibus Pai Cido perdeu dois irmãos. Dna. Zilah lamentou a morte dos filhos até o final de sua vida. A família Reis, depois desse triste episódio, resolveu deixar a ilha e mudar-se para Candeias, Bahia. Pai Cido, então com 15 anos, foi trabalhar como balconista num Café e Leite, caminhando diariamente 3 horas para ir e voltar do emprego.
As manifestações espirituais voltaram, o que o deixou muito mal psicologicamente. Procurou algumas casas para se curar, mas nada parecia dar certo. Decidiu então vir para São Paulo, para trabalhar e procurar um médico que o ajudasse. Chegou na cidade de São Paulo no dia 24 de dezembro de 1973, ficando hospedado na casa de amigos.
No dia 4 de janeiro de 1974 arrumou emprego como servente de obra no prédio esqueleto do Anhembi e, também, moradia no mesmo lugar. Foi aí que encontrou a famosa abelha de ouro com olhos de rubi, a qual mais tarde ofereceu a seu Santo Ibá d'Oxum. Passando alguns meses, saiu da obra e com o dinheiro da indenização fez o santo. Ficou trabalhando na casa até conseguir emprego num almoxarifado de uma firma. Então mudou-se para uma casa pequena e iniciou seus trabalhos como Pai de Santo, a pedido de Oxum, seu Orixá de cabeça.
Em 78, Pai Cido casou-se e em 79 nasceu Gabriela para sua filha. Em 81, completando os sete anos de feitura de santo, Pai Cido recebeu o cargo com o Pai Bobó de Inhansã, vindo do Ase Osumare da Bahia. Separou-se da esposa no ano seguinte, mas dois anos mais tarde Gabriela sua filha veio morar com ele. Gabriela já raspou a cabeça e se prepara para ser herdeira da casa do Pai. Dna. Zilah, que há alguns anos morava com o filho, faleceu em 1990.
Muito aprendeu em suas andanças pelo Brasil, Nigéria e Benin, conviveu com graduados Babalorixás, Iyalorixás e Babalawos, e, com sua experiência e atuação, tem contribuído significativamente para a real valorização do universo cultural afro-brasileiro, especialmente no que concerne a religião.