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Paço da Ribeira - Wikipédia, a enciclopédia livre

Paço da Ribeira

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Paço da Ribeira foi um novo, moderno e luxuoso palácio real mandado construir em 1498 pelo rei D. Manuel I à beira do rio Tejo, no bairro conhecido por Ribeira de Lisboa, depois de tornada oficial a descoberta do caminho marítimo para a Índia, e de estabelecido o monopólio português do comércio das especiarias do Oriente com a Europa. Até então, a residência régia na capital era o medieval Paço da Alcáçova, longe do rio, fortemente defendido dentro do perímetro do velho castelo feudal de São Jorge. A inovadora e notável concepção moderna, centralizadora deste palácio, passou pela sua inclusão como centro de uma cadeia de edificações novas, integradas num complexo arquitectónico multivalente: residencial, áulico, naval, militar, comercial, administrativo e político.

É pois assinalável o facto de em toda a zona anexa ao novo Paço, e nalguns casos dentro do próprio complexo palaciano, no seu rés-do-chão, terem sido instalados em novos edifícios todos os principais organismos relativos à administração e à logística naval do Império Português.

Na Ribeira de Lisboa funcionavam com efeito desde há muito os principais estaleiros portugueses de construção naval, até então chamados de tercenas, e de finais do século XV em diante redenominados Ribeiras das Naus, ou apenas Ribeiras. E o novo paço foi construído sobre as tercenas de Lisboa, que o soberano mandou deslocar para Ocidente, de forma a renová-las e alargá-las.

Construído em estilo manuelino, este palácio quinhentista dispunha de uma linda torre sobre o rio, e de uma varanda em galilé de pedra rendilhada no primeiro andar que permitia ao rei, à corte e aos seus funcionários vigiarem a entrada e saída dos navios do comércio ultramarino no grande porto de Lisboa, no coração do Mar da Palha. Por debaixo do primeiro andar, funcionou a Casa da Índia, um dos mais importantes edifícios do complexo edificado, permitindo ao rei controlar apertadamente os bens e as riquezas das especiarias armazenadas, licitadas pelos comerciantes que de todo o resto da Europa ali acorriam, a fim de as redistribuir pelo resto do continente.

Integrada na estrutura rectangular de dois pisos do palácio, foi também construida a solene Capela Real, notável pela sua música litúrgica, confiada ao capelão-mor do Reino - que rivalizará em importância com a vizinha sé de Lisboa na organização e realização das grandes cerimónias religiosas em uso naquele tempo.

Diante do Paço e da sua capela, foi arranjado e alindado um enorme terreiro, atulhando-se a ribeira de Valverde que dera o nome ao local e que ali desemboca no Tejo, cuja foz passou desde então a ser subterrânea. Esta ribeira corre actualmente sob a Avenida da Liberdade e a Baixa de Lisboa. Ao centro desse terreiro, desde então denominado Terreiro do Paço, foi construida uma bela fonte chafariz. Nele se realizaram a partir de então a maior parte das cerimónias públicas de aclamação dos soberanos portugueses, quando juravam os foros do Reino ao herdarem a coroa, e outras festividades da capital portuguesa. O Terreiro do Paço logo se torna o local preferido de fidalgos, burgueses, populares e comerciantes em Lisboa, pela sua situação privilegiada, desafogo, comércio a todas as horas, e vizinhança do Paço.

O rei e a corte mudaram-se para este novo palácio em 1503, terminadas as obras, e o terremoto de Lisboa de 1531 veio a destruir quase inteiramente o antigo Paço da Alcáçova. Foram no entanto bem menores os estragos no novo palácio, tornado sede centralizada do Império Oceânico Português.

No século XVII, um palácio contíguo, nas traseiras do Paço da Ribeira, um dos mais ricos palácios particulares da cidade, o Palácio Corte Real, passou para a posse da Coroa, sendo desde então utilizado para residência do infante secundogénito da Família Real, e integrando-se neste complexo. O primeiro infante a ali habitar, reinando seu irmão D. Afonso VI, foi o infante D. Pedro, depois regente do Reino e finalmente rei com o nome de D. Pedro II.

Com a subida ao trono de Portugal dos Habsburgos, em 1580, D. Filipe I mandou efectuar grandes obras no Paço da Ribeira, destruindo na fachada a sua delicada feição manuelina, e impondo-lhe um mais pesado aspecto clássico, maneirista. Neste arranjo foi aumentado o seu volume e número de pisos, mantendo-se no entanto a grande torre sul, quadrada, como ponta do palácio, geometria que o edifício guardará aproximadamente até ao final da sua existência.

Com a singular distinção eclesiástica de Lisboa como patriarcado, no século XVIII, a capela do Paço da Ribeira foi provisoriamente elevada à subida dignidade de igreja patriarcal, enquanto se construía a nova basílica patriarcal, que depois veio a arder, ficando conhecida por Patriarcal Queimada. Para este efeito, Lisboa foi divida em Lisboa Ocidental, e Lisboa Oriental, ficando metade da cidade adstrita à Sé Catedral, e a outra sob a alçada da Capela Real Patriarcal do Paço da Ribeira, aonde passaram a desenrolar-se riquíssimas cerimónias litúrgicas e áulicas barrocas de imponente manifestação no quotidiano da corte e dos lisboetas.

O Paço da Ribeira ficou associado na História de Portugal a alguns dos seus mais marcantes acontecimentos, de que decerto o mais notável foi a sua tomada pela força armada dos quarenta fidalgos portugueses que na célebre manhã do dia 1º de Dezembro de 1640, perante o povo em delírio acorrido ao Terreiro do Paço, destronaram sem sangue a dinastia de Habsburgo, aclamando a de Bragança, e dando assim início aos vinte e oito anos da Guerra da Aclamação com o vizinho reino de Castela, nova frente de guerra que se veio inserir no quadro da prolongada Guerra dos Trinta Anos europeia.

O famoso e chorado Paço da Ribeira será totalmente destruido no terremoto de Lisboa de 1 de Novembro de 1755, o qual foi seguido de um ainda mais devastador maremoto sobre a zona baixa da cidade. Embora a Família Real estivesse ausente do palácio nesse dia, perderam-se para sempre os incalculáveis tesoiros de arte do seu recheio ali acumulados ao longo de duzentos e cinquenta anos, perìodo correspondente ao apogeu do poder e da riqueza portuguesas no mundo, nomeadamente dos reinados de D. Manuel I, e de D. João V.

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