Operação Viriato
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Operação Viriato foi uma operação militar portuguesa.
[editar] RIO LIFUNE/PONTE DE ANAPASSO
FRONTEIRA DO "REINO DE NANBUANGONGO"
A UPA havia-se instalado no chamado “Reino de Nambuangongo”, cuja fronteira Sul era definida pelo Rio Lifune, depois de destruída a Ponte sobre o mesmo rio, em Anapasso. O aparecimento nos meios internacionais da notícia da existência do “REINO DE NAMBUANGONGO”, provocou em Luanda e Lisboa grande perturbação ao nível mais alto do poder político. Em consequência o Comando Chefe ordenou a imediata ocupação de Nambuangongo e os estrategas começaram a delinear as tácticas e as manobras operacionais, no sentido de conseguir o desiderato do poder político. Foi assim estabelecido um plano de ocupação de Nambuangongo, (OPERAÇÃO VIRIATO), que seria conseguida do seguinte modo: 3 forças autónomas avançariam sobre Nambuangongo por 3 itinerários convergentes naquela povoação, a saber: a primeira,(BC 114), com base na região de Caxito/Mabubas, avançaria por Anapasso, Quicabo, Balacende, Quissacala, Beira Baixa, Bela Vista, Onzo, Nambuangongo; a segunda, (BC 96), com base em Úcua e contornando a célebre Pedra Verde, avançaria por Pedra Boa, Quibaxe, Quitexe, Mucondo, Muchaluando, Onzo, Nanbuangongo; a terceira,(CC 158+), com base na região de Ambriz, avançaria na direcção nascente por Zala, Onzo, Nambuangongo. No dia quatro de Julho de1961, o 3º Pelotão da CC 115, estacionada no Caxito, recebe a missão de explorar/abrir o itinerário até ao Rio Lifune, garantindo segurança ao Tenente Varela, Engenheiro Comandante da Companhia de Sapadores, que, em Anapasso, avaliaria do estado e danos sofridos pela Ponte ali existente, elaborando o projecto para a sua recuperação, pois era uma obra essencial para o atravessamento do rio Lifune e progressão para norte na direcção de Quicabo-Nambuangongo. O Rio Lifune era mesmo considerado pelos “terrotistas”, como então se chamava aos combatentes independentistas da UPA, a fronteira Sul do “REINO DE NAMBUANGONGO”. Depois de um percurso de 15 a 20 Km por uma picada inexplorada, cheia de abatises, felizmente de pequeno porte por a mata naquela zona ser tipo savana, chegados a Anapasso, ali encontrámos a procurada Ponte com o tramo central do tabuleiro caído, cortando completamente a possibilidade de passagem de viaturas entre as margens do rio. À entrada da Ponte , na margem esquerda, estava colocada uma grande tabuleta em madeira, com os seguintes dizeres: “REINO DE NAMBUANGONGO - DAQUI PARA DIANTE NÃO PASSA PÉ DE BRANCO - TUDO O QUE PASSA MORRE”. Enquanto o Tenente Engenheiro procedia ao estudo da Ponte e lhe era garantida a segurança, uma parte da força explorou os arredores, nomeadamente a Fazenda Maria Amélia, em Anapasso, localizada junto à Ponte, e que era essencialmente constituída por um imenso pomar de laranjeiras ao longo do Rio Lifune, na margem esquerda.