Mira Schendel
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Mira Schendel ou Myrrha Dagmar Dub (Zurique, 7 de junho de 1919 — São Paulo, 24 de julho de 1988) foi uma artista plástica suíça radicada no Brasil.
Muda-se para Milão, na Itália, na década de 1930, onde estuda Filosofia na Universidade Católica e, a partir de 1936, também freqüenta a escola de arte. Entretanto, com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) acaba abandonando os estudos e, em 1946, muda-se para Roma. Finalmente, em 1949, obtém permissão para vir ao Brasil, onde fixa-se em Porto Alegre. Ali, além de pintar, trabalhar com cerâmica, estuda, publica poesias e dá também aulas de pintura.
Sua participação na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, lhe permite contato com experiências internacionais e a inserção na cena nacional. Dois anos depois, em 1953, muda-se para São Paulo e adota o sobrenome Schendel.
Na década de 1960 produz mais de dois mil desenhos com a técnica da monotipia em papel-arroz. Estes são divididos em subgrupos, apelidades de "linhas", "arquiteturas (linhas em forma de u), "letras" (alfabeto e símbolos matemáticos) e "escritas" (em várias línguas).
Em 1966, após a apresentação em Londres de sua série Droguinhas, elaborada com papel-arroz retorcido, conhece o filósofo e semiólogo Max Bense (1910-1990), que contribui para uma de suas exposições e com quem mantem correspontecia até 1975. As peças de acrílico datam de 1968, quando ela produz obras como Objetos Gráficos e Toquinhos.
Entre 1970 e 1971 realiza um conjunto de 150 cadernos, desdobrados em várias séries. Na década de 1980, produz as têmperas brancas e negras, os Sarrafos, e inicia uma série de quadros com pó de tijolo.
Após sua morte, muitas exposições apresentam sua obra dentro e fora do Brasil e, em 1994, a 22ª Bienal Internacional de São Paulo lhe dedica uma sala especial. Em 1997, o marchand Paulo Figueiredo doa grande número de obras da artista ao Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP).