Manuel Curros Enríquez
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Manuel Curros Enríquez nasceu em Celanova o 15 de setembro de 1851, na casa número 14 da rua de San Roque. Era filho do escrivão José Maria de Curros Vázquez (de Santiso-Melide) e de Petra Enríquez (de Vilanova dos Infantes). Casou em 1873 com Modesta Luisa Polonia Vázquez Rodríguez (natural de Puebla de Sanabria). Assistiu à escola de D. Manoel Rebollo e quando esteve preparado teve que ajudar a seu pai como escrevente. Em 1885 viajou a Madrid, à casa do seu irmão Ricardo, onde fez o Segundo Grau e começou a estudar Direito. Ingressa de escrevente no Concelho de Madrid e visita os círculos literários com a intenção de fazer ali carreira literária.
Em 1877 ganha um certame poético em Ourense com o poema "A Virge do Cristal". Esta vitória o determinou como poeta galego. Curros estabelece-se em Ourense e trabalha na Intervenção da Administração Económica. Em 1880 publicou Aires da miña terra.
Perante esse texto, o bispo de Ourense publicou um edicto condenando o livro de Curros por conter proposições heréticas, blasfemas e escandalosas. O julgado ordenou o seqüestro dos exemplares em poder do editor, os moldes foram desfeitos, e Curros foi processado por delito contra o livre exercício dos cultos. Foi condenado em Ourense e absolvido na Corunha. Perdido o posto de trabalho ourensano, volta a Madrid e ingressa na redacção de El Porvenir, jornal republicano.
Em 1894 decide emigrar para a América. Em Havana dirige um jornal, La Tierra Gallega e quando se suspendeu a sua publicação ingressou na redacção de El diario de las Familias e despois na do Diario de la Marina. Acolhido com entusiasmo na sua chegada, acabou indispondo-se com a maioria dos seus paisanos. Em 1904 viaja á Corunha, onde foi agasalhado pelos regionalistas. De volta a Havana, retoma as suas actividades no Diario de la Marina.
Curros Enríquez faleceu em 7 de Fevereiro de 1908 e os seus restos mortais foram embarcados para Galiza.
[editar] Obras
- A Virge do Cristal (1877)
- Aires da minha terra (1880)
- O divino sainete (1888)